Ora, os dons são
diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o
Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem
opera tudo em todos (1Co 12.4-6).
Toda igreja de Jesus Cristo acredita que o Espírito Santo adorna o povo de Deus com dons espirituais. Mas há algumas diferenças no entendimento de como Ele faz isso e até mesmo quais são os dons que ainda permanecem em atividade no seio da igreja. Alguns creem que todos os dons permanecem ativos e disponíveis para todos os crentes, enquanto outros pensam que há dons que já cessaram.
Antes dessas questões serem consideradas, há algumas coisas que precisamos ponderar sobre esse texto paulino. O apóstolo quer ensinar à igreja para que ela não seja ignorante sobre o assunto dos dons espirituais (v. 1). Uma nota sobre o v. 2 é interessante, porque os coríntios eram gentios naturalmente, pois não eram judeus, embora houvesse crentes judeus ali. Mas Paulo, dizendo aos coríntios, afirma: “quando éreis gentios”, ou seja, agora eles são espiritualmente o “Israel” de Deus.
Então, ele entra com o papel essencial do Espírito Santo. No v. 3, ele diz que alguém só pode confessar Jesus como Senhor se for pelo Espírito de Deus! Ao contrário dos ídolos mudos, que não levavam os coríntios a confessarem nada, o Espírito de Deus os leva agora a dizerem o gérmen da confissão cristã: “Jesus é Senhor”! Vemos que o interesse primordial de Paulo era mostrar antes da distribuição dos dons, o papel convencedor do Espírito no pecador, levando-o a confessar verdadeiramente a Cristo como Senhor de sua vida.
Nos vs. 4-6, o apóstolo mostra à igreja a unidade do trabalho da Trindade. Observe que no v. 4, ele fala do Espírito, que é o Deus Espírito Santo; no v. 5, ele fala do Senhor, que é o Deus Filho; e no v. 6, ele fala de Deus, que é o Deus Pai. Paulo também distingue os trabalhos nestes 3 versículos: ao Espírito, ele associa os dons (gr. chárisma); ao Senhor Jesus, ele associa os serviços (gr. diakonía); e a Deus Pai, ele associa as realizações (gr. enérgeia). Isto quer dizer que o Espírito nos dá com o quê trabalhar, Jesus é para Quem trabalhamos e Deus é Aquele que nos faz trabalhar, Ele é Quem opera tudo em todos.
Finalizo essa primeira parte da nossa reflexão, mostrando que o Espírito de Deus não apenas nos convence do pecado para a salvação em Cristo, para sermos crentes inativos. Ele nos chama para o evangelho em uma vida de trabalho e, para isso, nos concede as ferramentas necessárias! Não temos desculpas para sermos “crentes de banco” (ou, atualmente, “de cadeira”), visto que a obra dEle em nos fazer confessar a Cristo como Senhor, automaticamente nos transforma em servos.
Acima de tudo, a Trindade está empenhada nessa tarefa de nos
fazer trabalhar. Se declaramos que somos crentes, então nossa vida de atividade
espiritual deve comprovar isso, caso contrário, dizemos que “Jesus é
anátema”!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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