Teolatria

No Teolatria você encontra diversos estudos bíblicos em slides (power point) para baixar, além de muitas pregações, sermões expositivos, textuais, temáticos em mp3, dos pregadores da IMVC - Vilhena/RO: Pr. Cleilson, Pb. João, Pb. Alex, Pb. Wesllen Ferreira, irmã Clair Ivete e pregadores convidados.

segunda-feira, 4 de março de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0306 - OS POBRES SEMPRE TEMOS CONOSCO!

 


Estando Jesus em Betânia, na casa de Simão, o leproso, aproximou-se dele uma mulher com um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro. Ela o derramou sobre a cabeça de Jesus, quando ele se encontrava reclinado à mesa. Os discípulos, ao verem isso, ficaram indignados e perguntaram: Por que este desperdício? Este perfume poderia ser vendido por alto preço, e o dinheiro dado aos pobres (Mt 26.6-9).


Na América Latina existe uma teologia, tanto na ala católica quanto na evangélica, que se concentra no cuidado dos pobres. Toda interpretação bíblica é feita debaixo desse prisma. A escravidão de Israel no Egito representa o pobre socialmente oprimido, os leprosos representam os excluídos sociais, os endemoninhados que Jesus libertou apontam para uma geração oprimida psicologicamente, etc. Pra essa teologia, o inferno é aqui mesmo, pois, segundo eles, não existe um inferno pior do que esse em que o pobre já vive em nossa sociedade desigual.

Muitos burgueses abraçam essa teologia e se identificam com igrejas que a proclamam. Também se engajam em trabalhos sociais, fazem caridade, combatem os ricos, embora muitos deles o são também, na sua maioria são contra dízimos, alegando que dar o dízimo é coisa do AT e que no NT o que manda é a generosidade, aquilo que você faz pelos pobres.

É interessante que os discípulos de Jesus também pensaram isso quando viram o “desperdício” de Maria, que derramou seu caríssimo perfume de mais ou menos 10.000 reais (em nossa moeda atual) na cabeça de Jesus! Eles disseram, incentivado por Judas, que aquele perfume poderia ser vendido e o dinheiro dado aos pobres.

O apóstolo João desmascara esse pensamento, embora quando o fato ocorreu, ele também pensasse assim. Veja o que ele diz no seu Evangelho: “Ele não falou isso por se interessar pelos pobres, mas porque era ladrão” (Jo 12.6). O interesse, não só de Judas, mas dos 12, não era realmente os pobres, mas seu coração ganancioso, que não suportava que uma oferta tão generosa fosse dada apenas para Deus.

As pessoas, geralmente dessa classe de teologia social, que não concordam com as contribuições, ainda que aleguem que não concordam apenas com o dízimo, mas sim com as ofertas, em geral suas ofertas não são mais que a décima parte do que ganham. Também não ofertam com frequência. Usam o pobre apenas como meio piedoso de fugir de uma oferenda generosa somente para Deus.

Jesus diz que o que esta mulher fez é que seria contado em todo lugar onde o evangelho fosse pregado e não a assistência à pobreza (v. 13). Atender ao pobre é um dos pontos do Cristianismo, mas seu ponto principal é a pregação do evangelho. Nós não fomos chamados para tirar os pobres da pobreza, mas para retirar os cativos do diabo para o reino de Cristo.

Não adianta encher a barriga de um pecador faminto e ele continuar indo para o inferno, só que agora, de barriga cheia. Não foi essa a mudança que Jesus nos chamou para fazer. Ele nos chamou pra pregar o evangelho que salva, ainda que o salvo sofra privações. Os pobres sempre teremos conosco, mas é melhor que eles tenham fome e sede de justiça, para que, justificados de seus pecados pela fé em Cristo, sejam realmente fartos.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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