Teolatria

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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0298 - NOSSA FÉ FOI UMA "SORTE" DIVINA!

 


Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo (2Pe 1.1).


Ao escrever a sua segunda carta para os crentes que estavam dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia (cf. 1Pe 1.1), o apóstolo Pedro, já no cabeçalho de sua carta, mostra algumas verdades que precisamos nos atentar.

Apesar de ele se apresentar como apóstolo de Jesus Cristo, ele se mostra primeiramente um servo. Na primeira carta, ele havia dito apenas “apóstolo”, mas agora se coloca mais humildemente como um servo antes que um apóstolo.

Ao se dirigir aos seus destinatários, Pedro diz que eles alcançaram juntamente “conosco” fé igualmente preciosa. Esse “conosco” são os judeus, obviamente, ou no mínimo, os apóstolos. Pedro está falando para cristãos em geral, misto de judeus e gentios, mas especialmente gentios.

Ele diz que “alcançaram”, algumas versões dizem “obtiveram”. A palavra grega dá a entender “que tiveram a sorte”, ou que “alcançaram por determinação divina”. Ao contrário do que muito ouvimos falar, que a fé provém da livre vontade do homem, Pedro está dizendo que ela foi dada por determinação divina!

Ele diz que a fé foi dada aos crentes pela justiça do nosso Deus! O termo grego é “na justiça”. A doutrina da justiça de Deus que salva o que crê, que tão bem desenvolvida e argumentada foi pelo apóstolo Paulo, agora faz parte do escrito de Pedro, para que os crentes tenham consciência de que sua fé lhes é dada na justiça de Deus e não na sua própria.

Por fim, Pedro diz quem é esse Deus – Ele é o Salvador Jesus Cristo! Ele não diz “do nosso Deus e do nosso Salvador Jesus Cristo”, mas ele diz “do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo”. No grego isso é significativo. Quer dizer que o Salvador Jesus Cristo é Deus. Como se dissesse: “do nosso Deus, que é o Salvador Jesus Cristo”! Acontece essa forma de escrita em outros lugares no NT: “pastores e mestres”; “apóstolos e profetas”; “água e espírito”; sempre com este significado, ou seja, que ambas as palavras se referem à mesma ou às mesmas pessoas.

Somente em seu versículo inicial, o apóstolo Pedro dá aos seus leitores várias certezas de seu cristianismo. Sua fé não é diferente da dos judeus crentes nem da fé dos apóstolos; foi uma, digamos, “sorte” ter esta fé, pois foi um presente de Deus para eles; e, finalmente, que isto lhes foi concedido na justiça de Deus, que é o nosso Salvador Jesus Cristo. Não há fé que possa agradar a Deus se for baseada em nossa justiça. Mas na justiça dEle mesmo, como presente dEle mesmo, Ele recebe nossa fé como agradável diante dEle.

Como dizia Agostinho: “trazemos a Ele os dons que dEle próprio recebemos e a Ele devolvemos” (A Cidade de Deus).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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