“Porque as armas da
nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir
fortalezas” (2Co 10.4).
A guerra espiritual é uma realidade na vida de todo verdadeiro crente. Os embates da milícia são verdadeiros e muitas vezes abalam a estrutura espiritual. Paulo disse na primeira carta que o que pensa estar em pé veja que não caia (1Co 10.12). Entretanto, nós possuímos armas, só que elas não são carnais, não temos que lutar contra o sangue e a carne, ou seja, contra pessoas humanas. Nossas armas são de natureza espiritual e são poderosas em Deus para destruir fortalezas. Aqui, Paulo não fala da luta contra demônios, como ele disse aos efésios. Ele fala da luta de nós contra nós mesmos, nossos pensamentos anticristãos devem ser derrotados e subjugados para Cristo.
Para destruir esses castelos, Paulo diz que devemos primeiro destruir sofismas. Os sofismas são argumentos, são raciocínios. Mas o apóstolo não está nos ensinando aqui a não usarmos o raciocínio. O que ele nos ensina é que nosso raciocínio humano, fora da Escritura deve ser destruído. Essa é a explicação do apóstolo no v. 5. Ele diz que devemos anular toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus. Para uma verdadeira vitória na batalha espiritual, devemos pensar com a mente de Cristo. Se raciocinarmos com a mente humana, certamente seremos derrotados.
Segundo, Paulo diz que devemos levar cativo todo pensamento à obediência de Cristo. Aqui há uma sequência. Primeiro nós destruímos os raciocínios e todo orgulho humano, depois pegamos tudo isso, ou seja, nossa razão e consciência e levamos cativos, conduzimos como reféns. Mas para onde? Para a obediência de Cristo. Não adianta raciocinarmos com a mente bíblica se não estivermos levando nossos pensamentos em cativeiro para a obediência. Vamos pensar certo e agir errado!
Terceiro, ele diz que temos que punir a desobediência assim que nossa submissão estiver completa. No grego, estas duas palavras se contrastam. Desobediência é andar ao lado, quando deveríamos andar por baixo (esta é a palavra submissão). Se somos submissos a Cristo não devemos andar ao lado de Sua Palavra e sim debaixo dela.
É somente assim que as armas espirituais terão valor e serão
poderosas em Deus. Muitas vezes pensamos em batalhas contra demônios e com
certeza eles também são ferrenhos inimigos. Mas na maior parte dos casos,
nossas derrotas estão descritas aqui. Quando pensamos com nossa lógica e não a
de Deus; quando orgulhosamente nos levantamos contra o conhecimento de Deus,
que é Sua Palavra; quando não levamos cativos nossos pensamentos a obedecerem a
Cristo; e quando não vingamos nossa desobediência, obrigando-a a andar por
baixo e não ao lado da Palavra! Eis aí onde se deflagra a nossa derrota!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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