Sempre dou graças a
[meu] Deus a vosso respeito, a propósito da sua graça, que vos foi dada em
Cristo Jesus (1Co 1.4).
A igreja de Corinto foi a mais complicada na época primitiva da igreja. Era uma igreja contenciosa, partidarista, insubmissa, avarenta, promíscua, desigual, arrogante e tantas outras características que soam as piores possíveis quando se trata de qualificar uma igreja!
Mas quando Paulo vai orar por ela, ele agradece a Deus sobre a graça que fora dada a esses irmãos! Ele diz nos vs. 5-7: “Porque, em tudo, fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento; assim como o testemunho de Cristo tem sido confirmado em vós, de maneira que não vos falte nenhum dom, aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Quem diria que sobre uma igreja com essas características, Deus iria derramar graça tão abundante, enriquecê-la em tudo, em palavra, em conhecimento, confirmando o testemunho de Cristo, dando-lhe dons, acendendo-lhe a esperança da parousia?
Mas observe que tudo isso lhe fora dado em Cristo Jesus (v. 4). Não foi distribuída graça alguma sobre a igreja de Corinto (ou sobre qualquer outra igreja) a não ser por meio de Cristo Jesus! Observe o que o apóstolo ainda diz no v. 8: “O qual também vos confirmará até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo”. Não é a igreja que se confirma, mas o próprio Senhor da igreja a confirma para ser irrepreensível, incensurável, na Sua vinda!
Então Paulo conclui essa introdução com o v. 9, que diz: “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor”. Ele está lembrando à igreja que não são os crentes que são fiéis, a ponto de, por causa disso, serem chamados à comunhão com Jesus. Deus é que é fiel. Foi Deus quem chamou os crentes para terem comunhão com Seu Filho e isso por causa de Sua própria fidelidade, não a dos que Ele chamou!
Por isso Paulo chama os coríntios de “santificados em Cristo Jesus” (v. 2). Por meio de Cristo é que somos feitos santos. Para isso fomos chamados, “para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (v. 2). A graça de Deus nos conduz à santificação, jamais as nossas obras. Se não for a graça de Deus sobre Sua igreja, tudo que ela fizer não passará de trapo de imundícia aos olhos do Senhor.
É aquilo que Cristo fez que é atribuído àquele que nEle crê.
Não é aquilo que o homem faz, ainda que piedoso, que o qualifica como santo nem
merecedor da graça que Deus derrama. É justamente porque Deus deu que se chama
graça. Se fosse por mérito se chamaria recompensa! Desfrutemos da graça de Deus,
pois não somos melhores que os coríntios!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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