Prosseguiu Jesus: Eu
vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem
se tornem cegos. Alguns dentre os fariseus que estavam perto dele
perguntaram-lhe: Acaso, também nós somos cegos? Respondeu-lhes Jesus: Se
fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos,
subsiste o vosso pecado (Jo 9.39-41).
Há um ditado popular que diz que o pior cego é aquele que não quer enxergar. Porém, se seguirmos a fala de Jesus aqui para os fariseus de Sua época, o ditado ficaria melhor assim: “o pior cego é aquele que pensa que enxerga”.
De fato, não há como curar alguém que pensa que não está enfermo. A humanidade é assim longe de Deus. Ela pensa que está tudo bem. Não admite jamais a sua cegueira e distância espiritual em que se encontra perante a Deus.
Quando Jesus curou o cego de nascença, todos ficaram admirados, pois nunca se tinha ouvido dizer que algum cego de nascença pudesse ter sido curado (v. 32). Jesus fez lodo da terra com a saliva, passou nos olhos daquele cego e o mandou se lavar no tanque (vs. 6,7). Mas quando aquele homem voltou vendo, Jesus não estava mais por ali (v. 12).
A inveja dos fariseus foi tamanha, que começaram a dizer que Jesus era um pecador, porque havia curado aquele homem num dia de sábado (vs. 14,16). Questionaram os pais daquele homem (vs. 18-21), questionaram o próprio cego (vs. 15,24), acusando Jesus de pecador. Mas aquele homem dizia: “Se é pecador não sei; uma coisa sei: eu era cego e agora vejo” (v. 25).
Finalmente, quando os fariseus expulsaram aquele homem da sinagoga, Jesus o encontrou e lhe perguntou se ele cria no Filho de Deus. Como ele ainda não tinha visto Jesus, ele perguntou quem era o Filho de Deus (vs. 34-36). Jesus então abriu os olhos espirituais daquele homem e lhe revelou Sua santa identidade: “Já o tens visto, e é o que fala contigo” (v. 37). Prontamente, o homem confessou a Jesus e O adorou (v. 38).
Os fariseus se sentiram ofendidos por Jesus ter dito que veio ao mundo para juízo. Mas o grande problema da humanidade é este. Os homens não querem admitir que estão na escuridão. Mas Jesus não deixa dúvida: se alguém se reconhece pecador, então sua cegueira espiritual será desfeita e ele verá a luz; mas se alguém se justifica de qualquer maneira, então é cego e permanece em seu pecado!
O pior cego não é o que não quer enxergar, mas o que pensa
que enxerga. Admitir a cegueira espiritual é a única maneira de ser liberto do
pecado. Quem pensa que sabe demais na sabedoria deste mundo, para Deus,
continua em trevas e escuridão. Bem-aventurados os pobres de espírito, os
falidos e demolidos espiritualmente, porque deles é o reino dos céus!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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