"Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, porque semelhante remendo rompe a roupa, e faz-se maior a rotura" (Mateus 9:16)
Por: Mário Gardini
O eterno piloto brasileiro deixou em todos nós a saudade de um campeão nas pistas de Fórmula 1. A sua gana de vencer e a sua humildade chamavam muito a nossa atenção. Foram muitas vitórias nas pistas e nos campeonatos mundiais (GP).
Mas o que aconteceu em Ímola (Circuito de San Marino), na Itália no dia 1º de maio de 1994, fato que interrompe para sempre a brilhante carreira do nosso memorável piloto?
Horas antes da corrida daquele dia que nos deixou tristes, Ayrton percebeu uma falha mecânica em seu carro Williams. Era um problema na barra de direção do carro, detectado pela equipe de mecânicos da imbatível escuderia Williams. Trocar o carro por um reserva, ou consertar o defeito no carro que já estava preparado para a corrida? Os mecânicos decidiram que o problema poderia ser resolvido com um simples remendo de solda no lugar que apresentava o defeito no carro principal. E assim foi.
Durante a corrida, fomos surpreendidos atônitos pelo acidente na curva de Tamburello, na pista de San Marino, no país italiano. Ayrton Senna perdeu o controle e perdeu a vida. Motivo: o remendo soltou, a barra de direção do carro quebrou e levou o nosso astro das pistas à morte.
Um remendo, um pequeno remendo abalou uma nação, e já não vemos mais o constante brilho de um brasileiro vencedor no automobilismo de Fórmula 1. A emoção da narração do Galvão, nessa modalidade esportiva, ficou ofuscada, juntamente com a música inesquecível, tocada mesmo em dias chuvosos ou obumbrados, quando o nosso piloto vencia.
O Eterno Livro afirma: "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4:12).
Deus não aceita remendos na obra de Cristo. É fatal e desastroso pretender acrescer alguma coisa para sofisticar o que o Salvador já fez. Qualquer sacrifício, oração, obras, caridades ou esforço pessoal, na busca da nossa salvação eterna, é inútil e uma traição a Deus, e pode levar-nos a uma eterna fatalidade.
Tudo já foi feito. Diz a Palavra: "E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito" (João 19:30).
Consumado é o mesmo que concluído, acabado. Em resumo, não há mais nada a ser feito! A obra na cruz foi suficiente e não precisa de remendos.
Admiro a paciência das mulheres quando se arrumam, se embelezam ou se vestem em ocasiões especiais. Repetidas vezes voltam a se olhar no espelho e refazem o plicado do cabelo, os ajustes na roupa e a arrumação do cosmético, conferindo se estão perfeitos.
Quando sou convidado para uma refeição na casa de alguém, ouço a dona da casa dizer: a comida está pronta. Não ouso duvidar, pois seria falta de educação de minha parte a dúvida neste momento. Vou à mesa e, sem nada perguntar, degusto a comida.
A Palavra diz: "Está pronto, acabado, consumado". Mas insistimos em duvidar e acrescemos outros temperos ou remendos no que Cristo fez.
Apropriar-se da obra de Cristo, plena e suficiente, em nosso favor, é apenas uma questão de fé, na qual descansa o nosso coração, pois está seguro na âncora do que a Palavra de Deus afirma: “Está consumado”.
Mário Gardini é escritor
e colabora com artigos
no Teolatria.
Remendos... tristemente esta é a realidade do ser humano. Tenta usar durepoxi e super bonder em tudo pra ver se agrada a Deus... Não confia na originalidade do Criador e Redentor...
ResponderExcluirA verdade é que o homem tenta fugir da simplicidade do evangelho.
ResponderExcluirWesley A.Peronica
Eu chamo isso de orgulho, e esse sentimento deveria ser varrido do coração dos cristãos, pois, são pessoas que não conseguem admitir que são salvos sem que tenham feito algo para contribuir, isso é tentar ofuscar o brilho da obra de Cristo e dar às obras do homem a eficácia que elas nunca tiveram.
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