"Por isso, o SENHOR esperará, para ter misericórdia de vós; e por isso se levantará, para se compadecer de vós, porque o SENHOR é um Deus de equidade; bem-aventurados todos os que nele esperam" (Isaías 30:18).
Por: Mário Gardini
Na Itália havia um juiz numa pequena comarca, muito admirado por suas decisões. Mas havia um comentário na comarca onde o juiz atuava que começou a incomodar o tribunal. Comentava-se que as decisões do juiz eram feitas com base no que o seu papagaio dizia.
Por óbvio, a Corte “convidou” o magistrado para dar explicações. Perante os desembargadores, o juiz foi inquirido no assunto do papagaio, e então perguntaram ao juiz: “É verdade, excelência, que na Comarca onde o senhor trabalha, suas decisões são proferidas com base no que o seu papagaio diz?”. Serenamente, respondeu o juiz: “É verdade, senhores desembargadores”.
Atônitos, os desembargadores pediram explicação. O magistrado, com calma, disse: “Egrégia Corte, todas as vezes que me levanto pela manhã, ouço o meu papagaio dizendo: buongiorno, doutore, justitia e misericordia. Assim, ao prolatar minhas decisões me lembro das palavras do meu papagaio: ‘justiça e misericórdia’”.
A justiça e a misericórdia andam sempre juntas. A justiça é um ideal a ser perseguido sempre, mesmo que nós, seremos humanos, não consigamos realizá-la.
Misericórdia é uma das formas de virtude – virtude de fazer o bem e de demonstrar, para com o sofrimento alheio, empatia.
Mas o caráter da misericórdia não dispensa a justiça, mas a realiza (justiça) com um coração abrandado e que perdoa.
O juiz da nossa história não era um injusto, mas nos casos em que julgava, estaria aplicando a virtude da justiça, contudo olhava para a misericórdia sabendo que somos falhos e podemos errar quando buscamos o ideal de justiça.
Deus é o grande Juiz. Sua justiça é perfeita. É em razão da justiça divina que iremos enfrentar um Juiz duro e severo. Estaremos no “fiel” de Deus e Sua balança vai pesar com o peso de Sua Justiça.
Não haverá escape. O julgamento será de condenação, no crivo da perfeita justiça de Deus.
Veja que Adão e Eva cometeram apenas “um pecado”. Ambos o casal não cometeram adultério, homicídio, ou crimes e pecados graves. Foi somente um pecado e Deus os expulsou para sempre do Jardim do Éden.
Imagine: vamos dar conta apenas de um pecado? Acho que você é inteligente e não preciso dizer que cometemos inúmeros, incontáveis pecados em nossa vida.
Graças a Deus – há o peso de Sua justiça, mas há o equilíbrio de Sua misericórdia, pois o coração de Deus nos ama e nos perdoa.
Diz a Palavra Eterna: "Piedoso é o SENHOR e justo; o nosso Deus tem misericórdia" (Salmos 116:5).
Mário Gardini é escritor
e colabora com artigos
no Teolatria.
Tiago diz que a "misericórdia triunfa sobre o juízo". Graças a Deus que Sua misericórdia nos alcançou quando Sua justiça foi aplicada em Cristo.
ResponderExcluirComo é bom saber que pelos méritos de Cristo, somos alcançados pelas ricas misericórdias de Deus!
ResponderExcluirWesley A.Peronica