“Compareceu o
primeiro e disse: Senhor, a tua mina rendeu dez. Respondeu-lhe o senhor:
Muito bem, servo bom; porque foste fiel no pouco, terás autoridade sobre dez
cidades. Veio o segundo, dizendo: Senhor, a tua mina rendeu cinco. A
este disse: Terás autoridade sobre cinco cidades” (Lc 19.16-19).
Quando Jesus conta a parábola dos trabalhadores que estavam desocupados e foram contratados pelo senhor para trabalhar na sua vinha em Mt 20.1-16, ali nosso Mestre está nos ensinando sobre a isonomia da salvação, isto é, no que diz respeito à salvação, ela é igual para todos os salvos, pois é pela graça soberana de Deus. O ex-ladrão na cruz é tão salvo quanto Paulo, que foi o maior cristão de todos os tempos. Não há diferença.
Mas nesta parábola de Lc 19.11-27, nosso Senhor trata de galardões. Esta parábola se parece com a dos talentos, de Mt 25. Mas a diferença é que lá, o Senhor dá os talentos a cada um segundo sua capacidade (v. 14). No reino de Deus uns recebem mais e outros menos. Cada um conforme apraz ao Espírito Santo (1Co 12.11). Em Mt 25 é cobrado dos servos a fidelidade com que executaram seus dons. O que recebera 5 talentos granjeou 100% totalizando 10; o que recebera apenas 2 granjeou 100% também, totalizando 4. Ambos, apesar de terem capacidade diferente, granjearam igualmente 100%.
Agora aqui em Lc 19, é dada uma mina a cada um dos servos. Uma mina valia 3 meses de trabalho. Aqui não se trata de capacidade e sim de oportunidade. 10 servos recebem 10 minas, uma para cada. No entanto, com apenas uma mina, o primeiro servo a fez render 10. O outro servo, tendo a mesma oportunidade, fez render apenas 5. Não sabemos quanto renderam os outros 6 servos. Apenas 3 são relatados. Todavia, o que aprendemos aqui é que a recompensa foi proporcional ao trabalho. O que rendeu 10, ganhou autoridade sobre 10 cidades; o que rendeu 5, sobre 5 cidades e assim por diante, dando-nos a entender que galardões são recompensas de autoridade e hierarquias distintas no novo céu e na nova terra.
O que aprendemos sobre o galardão? Primeiro, que ele é diferente da salvação. Esta é igual para todos os salvos, mas o galardão é proporcional ao trabalho que eles realizam enquanto estão aqui. Segundo, que a negligência no trabalho do Senhor nos tirará parte da recompensa na glória eterna. Por várias vezes Jesus disse “já receberam a recompensa”, “não tereis galardão”, “de modo algum perderá o seu galardão”, etc. (Mt 6.1,2,5; 10.42; etc.).
Paulo também diz que nossas obras determinarão qual será nosso galardão. Se for madeira, feno e palha, não resistirão à prova do fogo, embora o indivíduo ainda seja salvo; mas se for ouro, prata e pedras preciosas, com certeza receberá galardão (1Co 3.12-15). O autor aos Hebreus recomenda que os crentes não abandonem a fé, pois ela tem grande galardão (Hb 10.35). E o apóstolo João diz em sua 2ª carta: “Acautelai-vos, para não perderdes aquilo que temos realizado com esforço, mas para receberdes completo galardão” (v. 8). Ou seja, enquanto salvação não se perde, galardão contudo, pode ser perdido sim.
Há crentes que não trabalham para Deus porque julgam que já
estão salvos. Dizem que ainda que não tenham galardão algum, o fato de estarem
salvos já é suficiente. Mas salvação não é por esforço, o galardão sim. E normalmente,
o esforço que fazemos aqui pelo galardão lá, costuma ser uma das provas de que
a salvação foi-nos dada. Nem todo que trabalha é salvo, mas todo salvo
trabalha!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Esse é o meu pastor, que palavra hein, NÚ !
ResponderExcluirHahaha... Já até sei quem é!
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