“Então, ele
respondeu: Que fazeis chorando e quebrantando-me o coração? Pois estou pronto
não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor
Jesus” (At 21.13).
Quando a vida de uma pessoa é transformada desde sua raiz pelo encontro verdadeiro com Cristo, ela passa a não ver mais a sua vida como preciosa a seus olhos. O amor que ela passa a ter pelo evangelho e pela Pessoa de Cristo, a leva a não mais considerar os valores terrenos como grandiosos e sim os valores celestes.
Quase todos os dias recebemos mensagens de pedidos de oração por missionários que têm suas vidas postas em risco nos campos missionários onde eles se encontram, seja por prisão, por ameaças de morte, condenação, restrições, atentados, torturas, violência, imposição governamental, etc. Os pedidos de oração são feitos para que estes irmãos sejam livres dessas ameaças e para que nenhum mal lhes aconteça.
No entanto, quando se conversa com eles, a maioria absoluta destes missionários não tem a sua vida por preciosa. Eles dizem que não querem orações que os livrem da morte, da prisão, seja lá do que for, porque eles não querem amar a sua vida mais do que a Cristo e Seu evangelho. Eles não são como nós. Eles não têm medo de ter seu sangue derramado por amor de Cristo. Aliás, para eles, isto é uma honra sem tamanho! Na verdade, se Deus ouvisse positivamente a todas essas orações, não haveria nenhum mártir do evangelho...
Um profeta chamado Ágabo havia dito a Paulo que se ele fosse a Jerusalém, os judeus o amarrariam e o entregariam nas mãos dos gentios. Os irmãos, com receio, pediram a Paulo que não fosse a Jerusalém. Foi aí que Paulo deu essa resposta: “Por que estão chorando? Acham que ser preso é demais? Isso pra mim não é nada... Estou pronto até mesmo a morrer pelo meu Senhor”! Vendo que não o convenceriam, os discípulos desistiram (v. 14).
De fato, ele foi espancado em Jerusalém e só foi salvo da mão dos seus perseguidores porque o comandante romano enviou suas tropas para livrar Paulo (vs. 30-32). Mas ali estava ele, pronto para sofrer e testemunhar do seu amor por Cristo a quem quer que fosse, dentro ou fora de sua pátria.
E nós? Por que ainda
desejamos orar para que os missionários não sejam martirizados? Será que amamos
a vida física deles mais do que eles amam a eterna? Ou o martírio deles nos
envergonha porque nada estarmos fazendo para o crescimento do evangelho? Ou
será ainda que pensamos que podemos ganhar a vida eterna salvando essa aqui?
Lembramo-nos do que disse Jesus, que quem amar a sua vida a perderá? E que quem
aborrecer a sua vida, esse a achará?
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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