Teolatria

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sábado, 4 de maio de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0347 - PREMISSAS, CONCLUSÕES E FALÁCIAS SOBRE O SOFRIMENTO

 


Ao aflito livra por meio da sua aflição e pela opressão lhe abre os ouvidos” (Jó 36.15).


O problema do sofrimento tem sido um dos grandes incômodos da humanidade em todas as épocas. De um modo bem seco e rústico, as coisas poderiam ser assim: que o mal aconteça com os maus e que o bem aconteça com os bons. Este era o silogismo dos amigos de Jó:

·         Premissa 1: O mal sempre acontece com os maus;

·         Premissa 2: O bem sempre acontece com os bons;

·         Premissa 3: O mal veio a acontecer a Jó;

·         Conclusão: Jó se tornou mau!

Para que qualquer silogismo seja verdadeiro, as premissas precisam ser verdadeiras. Se alguma das premissas estiver errada temos aquilo que chamamos de “falácia”, ou seja, um erro de pensamento lógico, uma conclusão equivocada por ter sido baseada numa afirmação errada. No exemplo citado, a premissa 3 é verdadeira: “O mal veio a acontecer a Jó”. O problema está nas premissas 1 e 2. O mal sempre acontece com os maus? O bem sempre acontece com os bons? Se houver algum erro ou imprecisão nestas afirmações, então haverá uma falácia na conclusão.

Incrivelmente, as pessoas ainda são afetadas por esse raciocínio. Talvez na ânsia de querer que as coisas fossem assim, tão retas e planas, nos esquecemos de que vivemos num mundo torto e desigual.

Entretanto, as palavras de Eliú nos dizem algo que as premissas rasas não podem captar. Ele diz que Deus livra o aflito por meio da sua aflição. O verbo hebraico aqui é dedutivo. Um dos significados é que Deus “entrega” o aflito em sua aflição, claro que com o intuito de livrá-lo. É interessante observar que geralmente Deus livra o aflito na aflição e nem sempre da aflição. Noé e sua família foram um dos muitos exemplos disso, como também Israel na travessia do mar. Eles foram livres no mar e não do mar.

Eliú também diz que Deus abre os ouvidos do aflito por meio da opressão. Em geral, quando estamos oprimidos, nós abrimos a boca, queremos pedir, falar... Mas Deus quer nos abrir os ouvidos! Foi assim com Elias, quando se meteu numa caverna e desejava morrer. Sua opressão (que basicamente se tornava em depressão) foi um meio que Deus usou para abrir os ouvidos do profeta à Sua palavra! E, de fato, abriu mesmo, pois Deus falou a ele por um sussurro suave e tranquilo; diante da agitação da qual vinha Elias, realmente seus ouvidos tiveram de ser abertos para ouvir a voz mansa de Deus!

É assim conosco. Ficamos tão agitados na aflição, que não percebemos que Deus quer nos livrar. Queremos falar tanto, que não O ouvimos. Queremos sair logo da opressão sem sabermos o que Ele quis dizer a nós nem fazer em nós. Poderíamos ver que as aflições são apenas correntezas de um rio caudaloso que Deus usa para nos levar à margem de pastos verdejantes? Poderíamos nos inclinar e abrir nossos ouvidos debaixo da opressão, para ouvirmos as palavras de sabedoria que Deus tem para nós, ao invés dos nossos lábios para dizer tolices para Ele? Certamente nossas premissas seriam corretas e nossas conclusões sobre o sofrimento não teriam tantas falácias.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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