“Pois nem a
circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura” (Gl 6.15).
Ao combater os judaizantes que tentavam perverter o evangelho na região da Galácia, o apóstolo Paulo lutava, entre outros motivos, mais especificamente contra o rito da circuncisão. Como sabemos, a circuncisão foi instituída por Deus a Abraão, como sinal de Sua aliança com o povo de Israel (Gn 17).
Mas se era sinal da aliança e foi instituída por Deus, o que levou Paulo a combater fortemente este ritual?… A questão é que tudo que pertencia à antiga aliança apontava para Cristo. Todas as coisas ali instituídas eram sombra. Uma vez Cristo já chegado, todas as sombras deveriam ficar para trás. Os símbolos antigos não podem fazer sombra sobre Cristo.
Os judeus confiavam em ritos externos. A circuncisão era uma marca exterior, um corte feito no prepúcio, um sinal externo. Era tudo simbólico, apontava para Cristo. Ele sim, era o verdadeiro sinal da aliança. Não teve somente Seu prepúcio cortado quando nasceu, mas todo Seu corpo cortado e dilacerado quando morreu! Aquele era o verdadeiro sinal da aliança com Deus, cortes profundos que esgotaram todo Seu sangue derramado em favor de nós! Por isso Paulo diz no v. 14: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo”.
A revelação de Deus é progressiva. Os ritos do AT eram apenas apontamentos para uma realidade futura que se encaixavam perfeitamente na Pessoa do Filho de Deus. Quem não compreendesse isso jamais poderia desfrutar da verdadeira liberdade cristã. Por isso é que as sombras ficaram para trás. Em Cristo, todas elas se cumprem e se encerram. Cristo é a satisfação de Deus, porque cumpre perfeitamente Sua santa vontade infalivelmente! Por isso, frequentemente a voz do Pai dizia: “Este é meu Filho amado em quem me comprazo”!
Então, Paulo diz que a circuncisão não é nada e a incircuncisão nada é, mas sim o ser uma nova criatura. Ou seja, o fato de ser judeu, o fato de ser um não-judeu, não significa absolutamente nada para a salvação de um indivíduo. Mas uma coisa é requerida: nascer de novo! Seja judeu ou gentio, se não nascer de novo não pode ver o reino de Deus (Jo 3.3).
A pergunta não é se temos alguma marca externa que nos
sinaliza como pertencente a esta ou àquela religião. Não é se passamos por
rituais, ainda que significativos no cristianismo, mas a pergunta é se nascemos
de novo! A verdadeira circuncisão, diz Paulo aos romanos, é aquela que é do
coração (Rm 2.29).
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém!
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