“Então, Pilatos,
querendo contentar a multidão, soltou-lhes Barrabás; e, após mandar açoitar a
Jesus, entregou-o para ser crucificado” (Mc 15.15).
O egoísmo psicológico é a característica do egoísmo que manifesta nossa empatia por pessoas que se parecem conosco. Não necessariamente porque estejamos realmente pensando na pessoa, mas pelo fato de vermos nela um retrato nosso.
Por exemplo, não temos compaixão de um estuprador assassino e achamos justo se acontece sua morte, mas outro estuprador assassino não acharia sua morte justa. Da mesma forma como não achamos justa a morte de alguém que não seja tão mau assim, porque em última análise, achamos que também não somos tão maus assim. Estamos pensando em nós e não no outro. Isso é o egoísmo psicológico.
Na condenação de Jesus, as pessoas têm seus interesses em particular. Pilatos quer manter-se no poder e acalmar os ânimos dos revoltosos, os principais sacerdotes querem eliminar o incômodo chamado Jesus e a multidão tem um egoísmo psicológico, ao pedir que Pilatos solte Barrabás.
A multidão pensava ter-se identificado com Jesus, no entanto, a principal expectativa popular não foi realizada por Jesus. Ele não Se revoltou contra o império, Ele não Se insurgiu contra a opressão romana, Ele não usou Seu poder em benefício político ou religioso e, para ser honesto, não era com isso que a multidão se identificava.
Ela se identificava com Barrabás, um revolucionário, um que dava a cara a tapa diante das revoltas levantadas contra o governo romano, um assassino, não se sabe de quem, mas bem provável que tivesse matado um romano, mostrando que almejava a libertação de Israel. Quando a multidão pede que lhe solte Barrabás, está pensando em si, não nos dois prisioneiros, mas pede que solte o que mais se parece com ela, que se aproxime de seus anseios.
Hoje, Jesus tem inúmeros seguidores. Barrabás não foi mais falado na História. A fama de Jesus por haver ressuscitado, por haver uma religião que leva Seu nome, conquista cada vez mais adeptos em todo lugar do mundo. Mas a pergunta é: quantos destes seguidores, na realidade, pensam em si mesmos e não em Jesus? Será que para muitos, seguir a Jesus não é apenas uma questão de identificação? Não seria um egoísmo psicológico?
Jesus não pode ser usado como um reflexo do nosso espelho egoísta. Nós é que temos que nos parecer com Ele e não achar que Ele Se parece conosco. Seguir a Jesus não pode ser fruto de egoísmo psicológico, pois há muita coisa nEle e em Suas palavras que nós rejeitamos. Às vezes construímos uma imagem de Jesus em cima do nosso ídolo Barrabás e adoramos a nós mesmos na imagem de Barrabás travestido de Cristo!
Que Deus nos livre de estarmos olhando para o espelho
chamado Barrabás, vendo a nós mesmos e achando que nos identificamos com Jesus!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém! Temos que ser como Jesus em qualquer área da nossa vida, voltado sempre para Ele, amém.
ResponderExcluirAmém! Ele é nosso padrão eterno
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