“Você tem esposa? Não
procure separar-se. Você está solteiro? Não procure esposa” (1Co 7.27).
Quando se trata de casais crentes, ambos devem viver seu casamento para a glória de Deus. Ambos devem colocar à frente de tudo sua nova criatura para agir, pensar e falar, e não sua velha criatura. Em nada a velha criatura glorifica a Deus, a nova, todavia, busca glorificá-lo em tudo! Toda desavença, infidelidade e qualquer outro motivo que leva ao divórcio, sempre foi porque ambos, ou pelo menos um dos dois, desejou sua própria glória antes que a de Deus.
Onde há a busca da glória de Deus, o casal pode até errar, mas haverá perdão. Ainda que no caso de infidelidade, onde o infiel morreu para aquele casamento, o perdão ainda é um dever do cônjuge vitimado. Mesmo que neste caso o divórcio seja um direito, quando se divorcia, se enterra o infiel, mas quando se perdoa e retoma, o ressuscita! Nem todos estarão colocando sua nova criatura à frente para agir assim. A maioria vai optar pela cláusula de exceção, que é o divórcio.
Há casais que se divorciam por causa de infidelidade, mas o cônjuge traído provocou todos os meios para que houvesse a traição. Claro que não justifica o ato de adultério, porém, houve participação e consentimento. Mulheres ou homens que não cumprem seu dever marital, que tratam mal seu cônjuge, que o desdenha ou o expõe à humilhação, cônjuges agredidos, seja verbal, física ou psicologicamente, tantos exemplos poderíamos multiplicar, porventura não estão empurrando seu consorte para uma possível traição e consequentemente o divórcio?
Portanto, tudo se resume em apenas uma coisa: se o casal vive realmente para a glória de Deus. Quando isso acontece, ambos procurarão obedecer à Palavra, cumprindo seus deveres um para com o outro, perdoando-se mutuamente quando um errar, buscando aconselhamento, reconciliação quando se ferirem, enfim, um casal que vive para a glória de Deus não fará aquilo que sua velha natureza deseja e, mesmo que algum dia isso aconteça, logo a nova natureza porá tudo em ordem novamente através da restauração mútua.
Se, em algum momento, aquela característica da velha natureza tomar a decisão crucial do divórcio (pois a tal característica da velha natureza é a dureza do coração), então, realmente o casamento se desfez e, por ter sido algo contrário à vontade preceptiva de Deus, o irmão ou a irmã precisam se arrepender diante de Deus e devem prosseguir sua vida. Se almejar um novo casamento, saiba que haverá restrições, mágoas, frustrações, traumas e medos que podem ser transferidos para esta nova relação e seu novo cônjuge precisa saber disso para se dispor a ajudar. Caso contrário, não envolva alguém em sua vida complicada.
Lembre-se de que no novo relacionamento surgirão
praticamente as mesmas coisas que no primeiro e você pode amargar o pensamento
de que poderia ter permanecido e resolvido, em vez de começar tudo de novo com
outra pessoa, encarando os mesmos problemas. Se agora resolve encarar e
corrigir, por que não fez isso antes? E se agora resolve fazer o mesmo erro do
primeiro, por que se casou de novo?
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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