sexta-feira, 18 de abril de 2025

A VIDA EM FAMÍLIA - PARTE 18 (PAIS CRISTÃOS x FILHOS NÃO-CRISTÃOS)

Porque o desvio dos tolos os matará, e a prosperidade dos loucos os destruirá” (Pv 1.32).

Para os pais cristãos, a maior alegria é ver seus filhos andando na verdade por toda sua vida. Mas não é essa a realidade em todas as famílias cristãs. Infelizmente, há casos de pais que vêm a Cristo bem mais tarde, quando seus filhos já são grandes e, por si mesmos, não desejam o Salvador. Porém, há outros casos em que os filhos são criados na presença de Deus e, mais tarde, vêm a rejeitá-lo e se apostatar da fé, apesar do empenho de seus pais.

Para ambos os casos, uma coisa tem que ficar bem clara dentro de casa: os pais têm autoridade e esta não pode ser afrontada por filho nenhum, seja crente ou incrédulo. Os filhos têm o dever de honrar e obedecer a seus pais enquanto viverem sob o mesmo teto. Os pais cristãos não podem abrir mão de sua autoridade sobre seus filhos porque estes não concordam com sua religião. Antes, os filhos lhe devem sujeição e obediência, pois todas as religiões e até não religiões ensinam esse preceito bíblico por bom senso.

Enquanto os filhos são crianças, os pais devem levá-los pelo caminho de Cristo independente da vontade deles. Filhos crianças não podem determinar o que querem para seus pais. Mesmo que os pais venham a Cristo mais tarde, se seus filhos ainda forem crianças, devem trazê-los consigo. Após a idade legalmente responsável, sobre os filhos rebeldes contra Deus, não devem ser mais impostas as obrigações cristãs. Todavia, a autoridade de pai e mãe permanece intocável.

Isto quer dizer o seguinte: se o filho em idade responsável não deseja mais ser crente, os pais não devem obrigá-lo; essa fase já passou – a obrigação era cobrada em sua infância. Porém, enquanto ele estiver morando com seus pais cristãos, deve-lhes sujeição, obediência e honra. Por exemplo, não quer ir à igreja, mas tem hora de chegar em casa. Não quer orar ou ler a Bíblia, mas em casa não entram vícios nem música profana. Não quer a companhia de crentes, mas suas amizades em casa serão selecionadas e assim por diante.

Caso o filho viva em constante rebeldia contra a autoridade dos pais, ele não pode mais conviver na mesma casa. Ele não pode ser autoridade na casa de seus pais e, portanto, não deve também se opor a ela. Um filho rebelde, na antiga aliança, era punido com a morte, depois de várias tentativas de reconciliá-lo com os pais (Dt 21.18-21). Como não existe essa punição na nova aliança, os pais, após terem tentado de todas as formas levar seu filho pelo caminho de Cristo e não obtendo êxito, sendo ele já de maior idade, devem dar-lhe a única alternativa: ou se submete ou não more mais com os pais.

Há várias formas de filhos causarem tristeza em seus pais e, embora nenhuma delas justifique que sejam convidados a se retirarem de casa, exceto a rebelião contra a autoridade deles, os pais devem ficar alertas quanto às outras formas dessa rebelião. Como já dissemos anteriormente, não criamos filhos para o mundo e sim para Deus. No caso de filhos abertamente rebeldes, mantê-los acobertados desta forma é desonrar a Deus. Ainda que cause dor terrível no coração, colocá-los para fora é entregá-los a Deus, debaixo de oração, mas sabendo que Deus fará deles o que quiser.

Día tēs písteōs.

Pr. Cleilson

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