terça-feira, 8 de abril de 2025

A VIDA EM FAMÍLIA - PARTE 09 (TENTAÇÃO FEMININA)

 


Levantei-me para abrir-lhe a porta... Eu abri, mas o meu amado se fora; o meu amado já havia partido. Eu quase desmaiei de tristeza! Procurei-o, mas não o encontrei. Eu o chamei, mas ele não respondeu” (Ct 5.5,6).


Há muita coisa para ser dita sobre os perigos que cercam homens e mulheres casados. Não podemos entrar em todos os detalhes, devido ao quase infinito número de casos distintos e situações peculiares de cada casal. Portanto, ao falar sobre os riscos que envolvem as mulheres, iremos nos deter em algo mais subjetivo, a saber, a sua sensibilidade emocional.

Há muitos perigos externos que envolvem as mulheres, como já dissemos, como abusos, agressões, separações, contendas, abandono de marido e filhos, etc. Mas vamos falar sobre o perigo emocional, pois este é bem característico e está bem presente nas pessoas de nossa geração, principalmente nas esposas.

No geral, as mulheres têm a sensibilidade mais aguçada e isso as faz guardarem mais as mágoas e rancores em seu coração. Este perigo subjetivo é muito mais arriscado do que alguns riscos externos, pois o ressentimento destrói a pessoa por dentro, até que ela seja completamente exterminada pela amargura.

A mulher cristã precisa entender que todas as mágoas que lhes foram desferidas não podem ser depositadas num canto do seu coração, pois elas apodrecerão e serão usadas no fim contra ela mesma. Como já disse alguém, a falta de perdão é um veneno que você toma, esperando que o outro morra. Libertar-se do ressentimento é algo urgente que a mulher cristã precisa para lavar sua alma.

Sem dúvida alguma, as esposas são muito mais atingidas por palavras do que os maridos. Claro que não há licença para ninguém se ferir, mas elas são mais afetadas. Algo ruim que é dito a elas é guardado por meses e até por anos, até que um belo dia, ela joga na cara! Se aquilo tivesse sido conversado e perdoado desde que aconteceu, não teria necessidade de exumar o cadáver do mau trato e espalhar seus ossos fétidos sobre a mesa da relação.

O tratamento para isso chama-se perdão. Não há outro remédio. A palavra grega usada na Bíblia para “perdão” tem a mesma raiz da palavra “libertar”. Sim, quem não perdoa, mantém o outro preso a si, ainda que o outro não saiba. Talvez a pessoa acorde, se levante, se arrume, vá trabalhar e volte sem saber de nada por longo tempo, enquanto a pessoa magoada dorme pensando sobre o assunto, pensa nisso em primeiro lugar quando acorda, envolve-se com tarefas, mas a cada folga, aquilo lhe volta ao coração, enfim, essa pessoa não tem paz!

Portanto, a palavra é “perdoar”, “libertar” esse alguém de você mesma! Deixe-a ir livremente, para que você também não carregue o peso desnecessário de um assunto que nem mesmo passa na mente do seu cônjuge! Fale sobre isso se necessário, mas siga um princípio bíblico: mesmo que ele não venha lhe pedir perdão, mantenha seu coração aberto para isso. Quando isso acontecer, você verá que não está presa nem o mantendo preso.

O perdão, para a Bíblia, deve ser administrado sem prazo de vencimento. Se cada mágoa você guarda como troféu para depois jogar na cara, na verdade, você se torna um depósito de lixo, onde quem morre é você mesma. Experimente abrir a porta de seu coração antes que seu amor se vá!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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