segunda-feira, 14 de abril de 2025

A VIDA EM FAMÍLIA - PARTE 15 (MULHER CRISTÃ x MARIDO NÃO-CRISTÃO)

 


A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata a derruba com as próprias mãos” (Pv 14.1)


No contexto de uma vida a dois, onde a mulher é crente e o marido não é, temos a recomendação bíblica do apóstolo Pedro, onde ele diz que o dever da submissão continua normalmente, ainda que seu marido não seja crente (1Pe 3.1). Ou seja, o dever cristão de glorificar a Deus não muda por causa de uma mudança na aparência familiar. Não se ordena que as irmãs sejam submissas a seu marido somente se ele for crente, antes, como o objetivo da submissão é a glória de Deus, elas devem exercer isso independentemente da condição espiritual de seu marido.

O raciocínio é o seguinte: Deus instituiu a autoridade. Esse é um fato indiscutível na Escritura. Toda autoridade, por mais fiel que ela seja, sempre incorrerá em erros, o que mostra que há somente uma autoridade perfeita, que é a do próprio Deus. As autoridades infiéis não deixam de ser autoridade porque são infiéis. Elas continuam sendo autoridade. Rebelar-se contra ela é pecado contra o Deus que a instituiu (Rm 13.1,2). Somente quando ela entra em choque com a autoridade máxima é que estamos isentos de obedecê-la.

Assim também com o marido. Ele foi instituído como autoridade e, mesmo que ele não seja crente, a esposa cristã deve-lhe submissão, pois a questão da autoridade dele não é condicionada ao fato de ele ser crente e sim ao fato de ele ser marido. Enquanto ele estiver sendo marido, ele é autoridade, e a irmã, só não lhe deve mais submissão, estritamente naquele aspecto em que sua autoridade entra em choque com a autoridade divina, caso contrário, ela deve proceder em respeito e sujeição à autoridade dele. Exemplo de choque de autoridade é quando uma autoridade nossa nos ordena a pecar. Logo, não estamos mais obrigados a essa sujeição.

Por aqui percebemos a sabedoria com a qual a mulher edifica sua casa. A sabedoria é obedecer à Palavra de Deus. Certamente não se diz “casa” aqui como se referindo às paredes e ao teto, e sim ao lar, à união familiar que, no que depender da mulher cristã, ela agirá com a sabedoria do que a Bíblia diz, a fim de que seu lar não seja destruído. Não é exatamente isso que Pedro diz? Que seu marido observará o comportamento honesto e cheio de temor de sua mulher e, possivelmente, virá a Cristo, sem que ela use palavra alguma (1Pe 3.2)?

Assim procede a mulher crente que tem marido incrédulo. O objetivo dela é a glória de Deus, como é o objetivo de todo crente. E, quando a glória de Deus é refletida por ela, sua casa é edificada e não destruída, seu marido é influenciado por sua santificação, seus filhos são guardados pela graça de Deus que está sobre ela e, quem sabe, ela consiga trazer toda sua casa aos pés de Cristo?

Quando o objetivo não é a glória de Deus, há dois erros: ou ela insiste insensatamente para que ele se converta e torna a vida do homem um fardo, ou ela busca pretextos para se separar. Em ambos os casos ela está sendo tola, e o fim é o que diz o provérbio: “mas a que não tem juízo o destrói com as próprias mãos” (NTLH).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

Nenhum comentário:

Postar um comentário