“Filho meu, guarda o
mandamento de teu pai e não deixes a lei de tua mãe” (Pv 6.20).
Quando se trata do dever dos pais para com seus filhos encontramos basicamente três perigos nesta relação. O excesso disciplinar, a falta e o individualismo. Como o livro de Provérbios trata de muitos assuntos, inclusive de família também, devemos nos atentar para as colocações do autor sagrado neste ponto. Ele diz sobre “o mandamento do pai”, mas também ressalta a “lei da mãe”. Com isto, o que ele quer dizer? Que pai e mãe têm a mesma autoridade sobre os filhos.
Este é o erro do individualismo, quando o pai ou a mãe querem tratar da educação, da disciplina e até mesmo do amor a seus filhos sem a parceria do seu cônjuge. Isso é a destruição da família. Quando o pai ou a mãe são individualistas no trato para com seus filhos, eles os arrebanham para si, criando na mente dos filhos um enorme desvalor do outro! Filhos arrebanhados pela mãe passam a desprezar, desmerecer e até odiar o pai e vice-versa.
No individualismo, se um deseja corrigir o filho, o outro entra e retira sua autoridade; no individualismo, o pai ou a mãe mantém segredinhos com seu filho com o desconhecimento do cônjuge! Alguns até de propósito! Mas não sabem o quão maligno é isto para a completa ruína de sua casa! Jamais faça isso, pai! Jamais faça isso, mãe! Jamais! Repito: Nunca mesmo! Tenha parceria com seu cônjuge sobre a criação de seu filho. Vocês são autoridade igualmente sobre os filhos, exatamente por isso, precisam estar combinados acerca de tudo, absolutamente tudo o que devem tratar sobre eles.
Outro perigo é o da falta de disciplina. Pais que veem seus filhos se desencaminharem, mais tarde poderão testemunhar sobre o imenso arrependimento que terão por não terem aplicado a vara da correção sobre seus filhos desde sua tenra idade! De fato, a Bíblia caminha na contramão do pensamento humano decaído. Enquanto o pai e a mãe acham que estão amando o filho e por isso deixam de corrigi-lo, a Escritura diz exatamente o contrário: “O que retém a vara odeia o seu filho; quem o ama, este o disciplina desde cedo” (Pv 13.24 – NAA).
Ao dizer isto, porém, os pais não devem tomar tal versículo como uma licença para agredirem seus filhos, seja verbal, física ou psicologicamente. A Escritura diz: “Corrija o seu filho, enquanto há esperança, mas não se exceda a ponto de matá-lo” (Pv 19.18). Embora saibamos que há pais ímpios que matam seus filhos, todavia, como falamos para crentes, então o sentido aqui é que haja serenidade e não excesso. Enquanto a falta de disciplina faz o filho morrer pelos de fora, o excesso os mata pelos de dentro de casa.
Portanto, os pais precisam compreender que acima de tudo que
se relaciona a respeito de seus filhos, eles devem falar a mesma linguagem,
seja para concessões ou para proibições. Nenhum manda nos filhos mais que o
outro. Ambos, pai e mãe, sobre os filhos, possuem a mesma autoridade, porém,
para que esta reflita a glória de Deus, precisa soar em uníssono, jamais em
dissonância! Pais que vivem em discórdia jamais mostrarão a glória de Deus e em
pouco tempo verão o sombrio extermínio de seu lar.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Nenhum comentário:
Postar um comentário