Teolatria

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segunda-feira, 2 de outubro de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0203 - A DISCIPLINA ECLESIÁSTICA

 


“Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.20).


Jesus pronunciou estas palavras num contexto em que falava sobre o assunto de disciplina eclesiástica. Na verdade, este versículo é a conclusão de um ensinamento que Jesus dá sobre o assunto, que começa no v. 15. O processo disciplinar começa com uma repreensão feita em particular (v. 15). Com a recusa do faltoso, a repreensão é feita na presença de uma ou duas testemunhas, que mais tarde serão os presbíteros da igreja (v. 16). Por fim, na insistência da falta, o indivíduo é notificado perante a igreja e excluído da comunhão com ela (v. 17).

Frequentemente, nós usamos este versículo de forma isolada deste contexto para dizer que não importa o número de pessoas que esteja presente num local, desde que se reúnam no nome de Jesus, Ele estará ali. Sem dúvida isso também é verdade, mas não pode ser provado por esse texto.

Aqui Jesus está falando claramente de disciplina eclesiástica, de afastar o faltoso impenitente da comunhão da igreja. Esse termo “dois ou três” está se referindo ao que chamou a atenção do faltoso e às testemunhas presentes. Jesus está também presente como que aprovando a decisão de disciplinar o irreverente.

Obviamente a questão vai muito além. Vemos, por exemplo, no v. 21 que Pedro pergunta: “Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes”? Mas Jesus diz que não até sete, senão que setenta vezes sete (v. 22). Ou seja, a intenção da disciplina é sempre o perdão, a restauração do faltoso, claro, desde que venha arrependido (Lc 17.4).

Outra questão que está trazendo um prejuízo para a ordem da igreja do Senhor é a banalização da doutrina da disciplina eclesiástica. Algumas igrejas já nem mesmo usam a aplicação da disciplina no sentido corretivo, ficando apenas na instrução (quando têm); outras punem seus membros por motivos banais e sem razão bíblica para isso; muitos membros já não se submetem mais à liderança eclesiástica e consequentemente à disciplina.

João Calvino afirmava que as características da igreja verdadeira são: a pregação da Palavra, a administração dos sacramentos e a disciplina eclesiástica (obviamente de forma verdadeira). O que vemos hoje, todavia, é que há muito tempo a Palavra não é mais pregada nos púlpitos, os sacramentos estão sendo banalizados e extintos e a disciplina eclesiástica é motivo de zombaria e deboche entre os cristãos.

Não é de se espantar que Jesus esteja do lado de fora da igreja, batendo e dizendo: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei e ele comigo” (Ap 3.20). Tais igrejas que baniram esta doutrina de sua prática, certamente dizem para Jesus que Ele não é bem-vindo entre os dois ou três que estão ali reunidos, pois não estão no nome dEle!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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