Por: Mário Gardini
“Todos nós herdamos um temperamento dos nossos pais. Ele é a combinação de características congênitas que consciente ou inconscientemente, afetam nosso procedimento. Estas características do temperamento podem e devem ser controladas, mas também podem durar algum tempo ou até uma vida inteira. Tudo depende da intensidade de como lidamos com o nosso temperamento”.
O certo é que podemos ter os quatro temperamentos, contudo um deles vai prevalecer em nosso procedimento.
Sanguíneo, fleumático, melancólico e colérico, eis os quatro temperamentos na classificação do médico grego Hipócrates, na sua forma de entender o organismo humano e a personalidade.
Vou tentar ilustrar a reação de cada temperamento, caso tenhamos que enfrentar um perigo.
Por exemplo, num incêndio: está pegando fogo numa casa. Chega o sanguíneo e começa a gritar: “Fogo! Vamos fazer alguma coisa para apagar o fogo e salvar pessoas”.
E lá vai o sanguíneo com toda a sua energia e fôlego para ajudar. Porém, quando vê as labaredas e o perigo real, desiste. Diríamos que todo o alarde e ímpeto no sanguíneo era “fogo de palha”, motivado apenas pela emoção e não pela razão.
O fleumático vê o incêndio e diz: “Gente, alguém já fez alguma coisa? Chamaram o corpo de bombeiros? É preciso resolver a situação, alguém pode morrer”. E o fleumático permanece ali, inerte, preocupado, mas sem ação. Espera que os outros façam algo.
O melancólico corre pressurosamente e invade a casa para tentar salvar pessoas. Sua atitude é de pouca conversa, mas está pronto para o sacrifício de si mesmo. Ao contrário do sanguíneo e do fleumático, vai fazer todo o esforço para ajudar e, enfrenta o perigo.
Já o colérico tem semelhanças com o temperamento do melancólico. Também não é de muita conversa e age, não pela emoção, mas analisa e planeja. Persegue seus alvos e na nossa ilustração, vai se envolver com o problema e fazer a sua parte na solução.
Cada temperamento tem qualidades e defeitos – o sanguíneo é muito comunicativo mas, às vezes, age sem pensar e cria problemas.
O fleumático raramente explode em raiva e é muito equilibrado, mas é indiferente e não age quando necessário.
O melancólico é analítico e abnegado. Seu defeito é ser perfeccionista. Enclausura-se e pode ser extremamente hostil.
O colérico é prático e voluntarioso, mas não tem paciência e nem compaixão.
A nossa “têmpera” precisa ser controlada. Podemos realizar muitas coisas boas e ao mesmo tempo ficamos surpresos com o nosso descontrole.
A “têmpera” humana, se não for trabalhada pela graça de Deus, sempre estará fora de controle e do centro do equilíbrio.
O fruto do Espírito de Deus é gerado em nós pela graça para controlar o nosso temperamento neste mundo. Diz a Palavra indestrutível: "Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei" (Gálatas 5:22-23).
Mário Gardini é
advogado, jurista e
escritor. Colabora
com artigos no Teolatria.
De um temperamento colérico, o Espírito de Deus tem trabalhado em minha vida para um caráter semelhante ao de Cristo (ainda tá longe, mas de glória em glória...).
ResponderExcluirEu discordo do melancólico entrar na casa e salvar as pessoas já que ele e egoista e pessimista, agora o colérico sim porque ele e corajoso e sem medo o mesmo Temperamento de Paulo o apostolo.
ResponderExcluirVerdade, Donizette. A mim me parece que o melancólico sofreria demais com a situação, mas também não faria muita coisa para ajudar. Obrigado por participar... Deus te abençoe. Acesse meu canal no YouTube: prcleilson
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