Por: Rev. Wellington Miguel
Nossa caminhada no Caminho é marcada pela contínua e desafiante lida com o pecado. A questão é até bíblica. Em muitos casos de vida é até angustiante em função da aparente e suposta dificuldade, fraqueza, vício. Eu mesmo atravessei anos lidando com fraquezas que nunca foram superadas e/ou vencidas, mortificadas. O conflito era tal, que difícil era acreditar em João, o apóstolo, que dizia: “os mandamentos do Senhor NÃO SÃO PENOSOS”.
Não obstante nosso miserável estado pecaminoso, sempre observei uma frágil estrutura interior para melhor assimilação, tomada de decisões, medo do novo e estranho, desventurado coração e tantas outras fragilidades que só agora estão sendo superadas e o novo está sendo aprendido e apreendido em meu ser.
Então, empreendi uma busca por janelas da vida. Janelas que me ajudassem a olhar para dentro e para fora. Muitas vezes o fiz de forma ofegante, desesperado, como alguém que está sendo asfixiado e, na loucura, procura lugar para um novo ar. Notava que essa procura se dava em razão de um clamor interior que dizia: "Há um caminho embora estreito, suave e leve, prazeroso, deleitoso, inefável, revigorável"...
Como quem está encontrando luz no fim do túnel, saí ao encontro daqueles fachos reluzentes da chamada Graça. Graça essa que decorreu do muito AMOR. E, desse muito AMOR, decorreu misericórdia. Tal é essa misericórdia, amados, que nem o juízo a subestima. Antes ela triunfa. Notei que o meu ser se silenciou ante tal FEITO, inigualável paciência. Não a paciência do que compactua, mas a paciência da espera paciente de quem respeita o tempo e a reconstrução do caos pecaminoso presente no cerne humano. A paciência da espera paciente daquele que disse um dia: “Tenho muito que lhes dizer, mas não o podem suportar agora”. Lenta e gradualmente, a espera paciente da Graça que abundou, fez abundar em plenitude a nova vida do Cristo da Vida.
Notei que a abundante Graça fez abundar o AMOR. E a presença estranha desse amor simplesmente começou a alterar os modos. E o pecado? Passei a não me preocupar com ele, pois, simplesmente o AMOR decorrente da graça como um fluxo contínuo percorre constantemente o ser, não o dominando, mas orientando-o.
Compreendi que “aquele que ama seu próximo tem cumprido a Lei, pois, os mandamentos, não furtarás, não adulterarás, não matarás, não cobiçarás e qualquer outro mandamento, TODOS se resumem neste preceito: ame o seu próximo como a si mesmo. O AMOR NÃO PRATICA O MAL CONTRA O PRÓXIMO... NEM CONTRA DEUS, nem contra mim mesmo” – Rm 13.8-10
Apenas ame...
Pois, quem é amado do Pai, por este amor viverá. Tornar-se-á amor vivencial-prático. Terá a totalidade do ser tomado, simplesmente porque Deus derramou o seu AMOR em nossos corações, por meio do Espírito que Ele nos CONCEDEU. Derramado está, de forma que não sou eu mais, mas o eu nEle reconfigurado, que no caminho do Caminho caminha em paz e livre na liberdade de AMAR como uma naturalidade da vida. E o pecado? Subjugado pela prevalência do AMOR encarnado, derramado e concedido como forma e Graça de libertação.
Apenas ame....
Forte abraço e boa caminhada no Caminho em graça, amor, paz, quietude, serenidade...
Wellington Miguel, servo de Deus e vosso.
verdadeiras palavras irmão!!!!
ResponderExcluirSe não fosse pela graça e pelo amor de Deus para conosco, pelo amor que temos pelo nosso Senhor Deus e aos nossos irmãos não sobreviveríamos neste mundo tão complexo e cheio de injustiças.
"Quão grande é o Senhor e imenso o seu amor".
Sim minha amiga Marlene.
ExcluirTomados por este amor, em amor andaremos; em consequência, como Ele seremos; não vivendo mais eu, mas Ele em mim.
Forte abraço!