Teolatria

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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A CONSCIÊNCIA DO MATUTO E O DILEMA DO PROMOTOR


"O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece" (1Co 13.4).

Por: Mário Gardini

Nos dias atuais, o Ministério Público é constantemente procurado pela população, trazendo problemas e conflitos não resolvidos na sociedade.

Há promotores sérios e usados por Deus para reparar lesões e pacificar os ânimos acirrados de pessoas “beligerantes” ou que cometem condutas que devem ser corrigidas.

Mas ouvi uma história de um matuto (pessoa simples e sem cultura) que procurou um promotor numa determinada comarca.

O matuto entrou na sala do promotor e disse: “Doutor, tenho um problema. Andam falando mal de mim. Meu filho cometeu um crime e foi preso. Colocaram a foto dele no jornal e disseram que a família também é responsável pelo crime. Disse que o pai não criou corretamente o filho e que esse pai não passa de um sem vergonha e sem caráter”. “Doutor”, continuou o matuto, “Dei tudo aos meus filhos. Fui exemplo e jamais ensinei os meus filhos no caminho do crime”.

O promotor ouviu e deu um tapinha nas costas do matuto e disse: “Não se preocupe. Isso não é nada. Tenho muitas coisas para fazer. Se me chamarem de sem vergonha, não vou me importar. Não me atinge, pois sei da minha dignidade”.

Uma semana depois, o matuto voltou, entrou na sala do promotor e disse: “Doutor, meu problema continua. Não me alimento direito e não tenho dormido. Minha consciência é limpa e não devo. Não aceito ser chamado de sem vergonha”. O promotor, calmamente, aconselhou: “Disse ao senhor que não se preocupe. O que o senhor está passando não é nada. Volte para casa e esqueça tudo”.

Duas semanas depois, o mesmo promotor denunciou o matuto por homicídio praticado contra o autor da matéria no jornal.

Que dilema! Podemos resolver um problema, mas as nossas tarefas e ocupações tapam os nossos ouvidos para ajudar alguém e depois testemunhamos uma tragédia ou um conflito de consequências danosas.

Não vai aqui nenhuma crítica ao promotor da nossa história. São homens ocupados e trabalham com a sujeira e as mazelas sociais.

Contudo, precisamos ter sensibilidade e devemos agir para resolver e ajudar pessoas que nos procuram. Um “tapinha nas costas” ou “vai ficar tudo bem”, é uma evasiva para nos livrar do problema que uma pessoa nos conta, precisando da nossa ajuda.

Olha, eu e você não precisamos sair por aí como conselheiros, tentando expor a nossa sabedoria para equacionar problemas. Mas se alguém chegar até nós e contar a sua crise e seu problema, não diga simplesmente que “vai ficar tudo bem”. Deus pode usar você para encontrar uma solução. Quando alguém nos procura, pode ser o próprio Deus que o enviou a nós para oferecer ajuda.

Já procurei ajuda de amigos. Ouvi “vai ficar tudo bem” e fugiram da minha presença.

Seja um instrumento de Deus para ajudar. A sua religião e o seu credo, com certeza, fala em amor ao próximo e amar é fazer sacrifícios (parar para ouvir e agir).

Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia (Mt 5.7).

Mário Gardini é escritor
e novo colaborador de
artigos no Teolatria.

2 comentários:

  1. O Cristão não deve virar as costas para nas necessidades alheias.É nosso dever socorrer aos que precisam de ajuda, pois um dia podemos ser nós o que precisaremos de uma mão estendida.

    Wesley A.Peronica

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  2. Verdade, irmão Wesley. Vemos isso acontecendo dentro das igrejas...

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