A criança ainda tenra, não concebe noção de perigo...
À mercê de sua ingênua inocência, carece de abrigo.
A proteção que vem do pai cerca-lhe de cuidado,
Enquanto o pequeno e indefeso ser alegra-se à volta
Pensando ainda que está à solta...
Desfruta de uma liberdade, ainda que cercado.
Vai e vem, não entende que sua simplicidade traz preocupação
Àquele que com forte mão
Protege-o por amor. E com doçura cobre-o de ternura
E faz sonhar o que veio ao mundo
Numa existência de amor fecundo
Que faz aquecer daquele que lhe protege o coração...
Assim vejo Deus... guiando por Sua mão
Seus filhos que com muito amor
Gerou, por certo
Entregando a eles uma liberdade, uma noção
De que os quer por perto
Enquanto tais filhos se distanciam dessa bela vida
Qual prole perdida, que pensa que está crescida
Mas se vê em breve futuro sob laços de escuridão
Pena e morte, talvez que seja o ladrão
A roubar-lhe a felicidade que antes tinha
Ainda que pensasse que sua liberdade era daninha
Melhor era estar nos braços de Deus
Que tudo vê e sabe onde os Seus
Devem colocar seus pezinhos
A fim de não vê-los entre espinhos
De uma culpa, um lampejo
Um arrependimento, um desejo
De estar de volta, uma vergonha
Receber-me-á meu Pai de forma risonha?
Ali estava Ele, abertos os braços...
Por que foi se afastar, filho, para aqueles laços?
Sua pergunta tem carinho
Tem perdão, tem recomeço
Porque a criança não sabe
Não concebe noção de perigo
À mercê de sua ingênua inocência
Carece de abrigo...
Dia tēs písteōs.
Pr. Cleilson
Pr. Cleilson
Tenho dúvidas acerca de mim mesmo. Tenho medos, principalmente do meu papel e do meu lugar no Reino de Deus! Procuro, mas não sei se é o bastante. Estou ainda em confusão, não do que diz respeito a Cristo, mas sim especificamente da minha caminhada, da minha trajetória...das minhas ações. Quero muito conseguir me desvencilhar do que não é Santo. Escrevi e escrevo sobre tudo; um texto simples e limitado, algumas crônicas, poemas e impressões. Lendo este post, notei que não havia pensado em escrever um poema (poesia) sobre Deus! E isso me fez crer que o meu amigo, pastor e companheiro está certo e convicto de sua caminhada e missão, vivendo com a intensidade de quem tem certezas absolutas quanto á soberania, magnitude, misericórdia e benevolência de nosso Senhor Jesus Cristo! Que Deus seja sempre presente assim em sua vida.
ResponderExcluirMeu querido amigo e irmão. Nossos medos são semelhantes e as dúvidas nos fazem crescer. À medida que eles se solvem, nossa confiança no Pai cresce. Embora isso ainda não queira dizer que já estamos plenos de confiança nEle... na verdade são degraus. Nos primeiros, Deus queria que nós confiássemos nEle e pulássemos em Seus braços. Mas depois, Ele acredita em nosso crescimento. Podemos galgar sozinhos os degraus para a eternidade. Não que realmente estejamos sozinhos! Longe disso! Nem sequer é plano dEle! Ele quer que nossa companhia seja crescente uns para com os outros e para com Ele mesmo.
ResponderExcluirJá tenho algumas "certezas" e com o tempo elas têm se mostrado "absolutas", sim. Mas, como você, ainda tenho dúvidas que procurarei solvê-las a fim de provar mais e mais da "misericórdia e benevolência de nosso Senhor Jesus Cristo"!
Muito obrigado pelo incentivo. Nós nos encontramos pelo Caminho!
A propósito, você é muito mais poeta e cronista do que eu...
ResponderExcluirAbraços.