Teolatria

No Teolatria você encontra diversos estudos bíblicos em slides (power point) para baixar, além de muitas pregações, sermões expositivos, textuais, temáticos em mp3, dos pregadores da IMVC - Vilhena/RO: Pr. Cleilson, Pb. João, Pb. Alex, Pb. Wesllen Ferreira, irmã Clair Ivete e pregadores convidados.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A 2ª VINDA DE CRISTO - ESCLARECIMENTOS

Que Cristo virá pela 2ª vez todos os cristãos concordam (pelo menos deveriam). Entretanto há alguns esclarecimentos que precisam ser feitos com relação ao modo de como se dará esta vinda do Senhor. Há muitas interpretações na Escatologia a respeito deste evento futuro e glorioso, que estão distribuídas entre os vários grupos denominacionais do nosso Brasilzão e também mundo afora. Mas neste artigo, o que veremos é que a maior parte destes grupos está sem base bíblica para defender o ponto de vista que chamamos pré-tribulacional, ou seja, aqueles que defendem que a igreja não passará pela grande tribulação não têm base bíblica hermeneuticamente correta para defender seu ponto de vista. E é incrível que a maioria dos crentes no Brasil defenda essa teoria!

O argumento pré-tribulacionista, ou dispensacionalista, nos informa de que a qualquer momento haverá o arrebatamento da igreja. Os seus defensores chamam isso de "vinda iminente" de Cristo. Segundo este argumento, nenhum olho verá o Senhor. Ele virá invisivelmente e arrebatará a igreja. Mas só os que estiverem preparados. Há muitas pessoas na igreja que não serão arrebatadas. Essas pessoas vivem uma vida meio igreja, meio mundo, então não subirão no arrebatamento. O ensinamento diz que essa é a 1ª etapa da 2ª vinda de Cristo, que se dará antes da manifestação do anticristo.

Continuando, assim que o arrebatamento acontecer, seguir-se-ão 7 anos. Nesses 7 anos duas coisas acontecerão, uma no céu e outra na terra. No céu, a igreja arrebatada receberá o seu galardão e participará das bodas do Cordeiro, como uma festa de casamento. Na terra haverá 7 anos da manifestação do anticristo, em que 3 anos e meio serão de falsa paz, onde o anticristo fará seus milagres e conquistará a admiração do mundo, e nos outros 3 anos e meio, ele revelará sua verdadeira identidade, rebelando-se contra Deus e infligirá dura perseguição contra Israel e contra aqueles que não quiseram receber o sinal 666. Esse período é chamado de "a Grande Tribulação".

Eles chamam esse período de "segunda oportunidade". Ou seja, se alguém que não foi arrebatado resolver não receber a marca da besta, então poderá ser salvo ainda, caso dê seu próprio sangue por amor a Cristo.

Ao findar estes 7 anos, então Cristo virá outra vez (2ª etapa da 2ª vinda), só que desta vez virá visivelmente, com Seus anjos e com aquela parte da igreja que Ele arrebatou 7 anos antes, para destruir o anticristo e seus aliados, fazer o julgamento das nações, quem foi a favor ou contra Israel (Mt 25) e instalar o reino milenar na terra. Ainda há controvérsia sobre o que acontecerá ao corpo daqueles que deram sua vida por Cristo durante a grande tribulação, se serão arrebatados (um 2º arrebatamento?), se serão glorificados para reinar no milênio (uma 2ª glorificação da igreja?), enfim, não se tem um acordo sobre isso (e nem base bíblica).

Pois bem. Vamos agora ao que a Bíblia diz.

Jesus disse que algumas coisas deveriam acontecer antes de Sua 2ª vinda. Ela não seria iminente. Encontramos estes sinais da vinda de Cristo em Mt 24 e refs. paralelas. Entre os sinais, encontramos o surgimento de falsos cristos, engano, guerras e rumores de guerras, fome, pestes, terremotos, perseguição, escândalos, traições, ódio, surgimento de falsos profetas, multiplicação da iniquidade, esfriamento do amor e pregação do evangelho para testemunho a todas as nações (Mt 24.5-14). Só então virá o fim, disse Jesus. Veja que nesse texto nada se fala de duas etapas da 2ª vinda. Apenas uma resposta clara de Jesus acerca da pergunta que Seus discípulos Lhe fizeram: "Que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?" (v. 3). Esses, portanto, são os sinais.

Jesus prossegue profetizando acerca da destruição de Jerusalém, a qual ocorreu no ano 70 d.C. através do General Tito. Mas nessa profecia (como era costume das profecias antigas), Jesus mescla os acontecimentos da Sua época com a grande tribulação do tempo do fim. Ele diz que a tribulação seria a pior que já existiu. Mas fala de uma abreviação. Diz Ele que esses dias da grande tribulação serão abreviados "por causa dos escolhidos", senão "ninguém seria salvo" (v. 21,22). É notável aqui nesse texto quem são os escolhidos. Não pode ser Israel, segundo dizem, pois no v. 24 e no 31 Jesus volta a falar dos eleitos. Ele diz que se fosse possível, os falsos profetas enganariam até os eleitos, então não pode ser Israel, uma vez que os próprios dispensacionalistas dizem que Israel acreditará no anticristo. No 31 Ele diz que Seus anjos reunirão Seus escolhidos dos 4 ventos, de uma à outra extremidade dos céus, ou seja, não pode ser Israel. Os eleitos a que se refere Jesus são Seus escolhidos que estiverem vivos nesta época, ou seja, a igreja (seja Israel ou gentio).

Até aqui não vimos nada de 2ª vinda invisível. E Jesus prossegue no v. 29 dizendo que "logo depois" da tribulação daqueles dias... Ele virá! Então está mais do que claro que Jesus vem depois e não antes da grande tribulação. Estaria o próprio Cristo enganado?

No v. 30 Ele diz que aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem! Agora Jesus fala que virá visivelmente. Eu fico impressionado! Parece que as pessoas não leram esse texto! Jesus disse que todos os povos da terra se lamentarão e verão a Sua 2ª vinda! E essa teoria pré-tribulacionista diz que Jesus virá sem que ninguém O veja! Incrível! O texto ainda diz que os anjos virão com "grande clangor de trombeta", ou seja, intenso barulho! O que tem de invisível e secreto nisso?

Até aqui tenho usado apenas o que Jesus falou sobre Sua 2ª vinda. Ainda não usei os argumentos do apóstolo Paulo, Pedro e João, o que farei em outra ocasião. Basta por enquanto, o que o próprio Mestre falou. É incontestável!

Dia tēs písteōs


Pr. Cleilson

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Mais do que comida! (Jo 4.32,34)


Comida é uma necessidade básica do ser humano. Viver sem comer é impossível até para quem acha que não precisa de nada nem ninguém, mas precisa de comida, entre outras coisas. Jesus tornou-se homem; e como tal ficou sujeito às limitações próprias da humanidade. Teve fome, sede, sono... tornou-se dependente do que o homem é dependente.

Era quase meio-dia, Jesus já havia andado mais de 40 km de Jerusalém até chegar perto de Samaria, à cidade de Sicar e, com absoluta certeza tinha sede, pois pediu de beber a uma mulher que havia ido ao poço de Jacó tirar água (v. 7). É certo que também estava com fome, pois além de ser a hora da refeição, ainda tinham ido os discípulos comprar comida (v. 8).

Depois daquele diálogo no qual Jesus evangeliza aquela mulher, revelando-Se a ela como o Messias, ela sentiu-se impactada pelas palavras de Jesus, que era "varão profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo povo" (Lc 24.19). Mas ela não foi somente impactada, ela foi transformada! E a maior prova de sua transformação, além de fazer uma verdadeira confissão de sua vida perante Jesus, ainda demonstrou o que todo convertido deveria demonstrar: deixou ali mesmo seu cântaro e partiu para a cidade a fim de proclamar a todos os moradores que havia encontrado o Messias tão esperado desde os dias do Antigo Testamento!

Os discípulos de Jesus viram-nO conversando com aquela mulher quando voltaram com a comida, mas não falaram nada, apesar de "ficarem atônitos" (expressão grega), pois não se esperava jamais de um rabino que ele conversasse com uma mulher. Samaritana, pior ainda! Mas quando eles chegaram, a conversa já estava no fim. Aquela mulher tinha algo mais importante para fazer do que carregar sua água para casa. Deixou ali seu cântaro e foi pregar o Messias em sua cidade (v. 28,29).

Jesus pode ter Se admirado daquela ação. Deixar algo básico (água), por causa da alegria do Evangelho... isso mexe com qualquer evangelista!

Os discípulos, então, oferecem comida a Jesus: "Rabi, come!" A resposta de Jesus? Bem semelhante à ação daquela mulher: "Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis." (v. 32). Enquanto os discípulos se perguntavam se alguém tinha trazido comida para Jesus, Ele explicava: "A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra." (v. 34).

Essa é uma das frases mais profundas e tocantes do Novo Testamento! Jesus seria capaz de deixar de lado a coisa mais básica da vida humana (comida), para dedicar-Se a fazer a vontade do Pai, realizando Sua obra! Isso é fantástico!

Mas ao mesmo tempo, isso é constrangedor para nós! Observe. Nós não abrimos mão de coisas supérfluas para fazer a obra de Deus... Jesus abria mão da coisa mais básica da vida humana!

Para um exemplo prático, darei o que segue: gastamos nossa renda em muita coisa supérflua, como aquisição de móveis, eletrodomésticos e outros bens quase sempre desnecessários, às vezes até mais caro do que nosso orçamento pode cobrir, enquanto a obra missionária padece de esquecimento e de mesquinhez voluntária da nossa parte! Damos mais tempo às coisas passageiras desta terra do que à obra de Deus e outros exemplos mais poderiam ser multiplicados, mas estes dois bastam para nos envergonhar!

Quando é que seremos transformados pela Palavra que dizemos ter nos impactado, a ponto de abrirmos mão do supérfluo (para começar) em prol da obra de Deus? Chegaremos algum dia a abrir mão do básico, se do supérfluo não abrimos?...

Dia tēs písteōs


Pr. Cleilson

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O conselho de Gamaliel (At 5.33-39)


É muito comum o uso da frase célebre do rabino Gamaliel nos dias de hoje. As pessoas dizem: "Se tal igreja for de Deus, então ela não perecerá, mas se não for, vai acabar". Será que esta frase faz sentido?

Gamaliel foi um dos mais famosos rabinos de seu tempo. Era membro do sinédrio, da seita dos fariseus e doutor da lei tido em grande reputação pelos judeus. Foi professor de Paulo (At 22.3) e, de acordo com o Talmude, Gamaliel era neto do célebre rabino Hillel, que foi o líder de uma das duas grandes escolas de interpretação legal judaica. A outra era a escola de Shammai.

O que tinha acontecido foi o seguinte: o sumo sacerdote, na época dos apóstolos (Caifás, que já estava no final do seu sacerdócio) se ajuntou com os saduceus e, cheios de inveja prenderam os apóstolos, porque estes operavam muitos sinais e prodígios, de modo que o povo lhes admirava (At 5.12s).

Mas de noite, um anjo do Senhor abriu as portas do cárcere, dando-lhes a liberdade e recomendando-lhes que continuassem pregando o Evangelho. Quando amanheceu, Caifás mandou que buscassem os apóstolos na prisão para serem apresentados no sinédrio, mas não os acharam! Eles estavam livres, pregando no templo de novo...

Ao serem levados pelos guardas para o sinédrio a fim de serem  interrogados (sem violência, desta vez, porque tinham medo do povo), os apóstolos deram a resposta que até hoje usamos para basear o limite da nossa obediência à lei: "Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens" (At 5.20).

Enquanto os saduceus queriam se ver livres da acusação de terem matado a Cristo, os apóstolos testemunhavam com fervor Sua ressurreição e Seu domínio desde os céus, o que levava os membros do sinédrio a querer matá-los!

É aqui que entra a figura de Gamaliel. Pediu que retirassem um pouco os apóstolos e disse aos membros do sinédrio: "Israelitas, atentai bem no que ides fazer a estes homens. Porque, antes destes dias, se levantou Teudas, insinuando ser ele alguma coisa, ao qual se agregaram cerca de 400 homens; mas ele foi morto, e todos quantos lhe prestavam obediência se dispersaram e deram em nada. Depois desse, levantou-se Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e levou muitos consigo; também este pereceu, e todos quantos lhe obedeciam foram dispersos. Agora, vos digo: dai de mão a estes homens, deixai-os [agora entra a famosa frase]; porque, se este conselho ou esta obra vem de homens, perecerá; mas, se é de Deus, não podereis destruí-los, para que não sejais, porventura, achados lutando contra Deus" (At 5.35-39).

As pessoas usam estes versículos para ficarem caladas diante de uma situação crônica em que a igreja está atolada! Não sei qual a razão, mas não querem denunciar falsos profetas, não querem mostrar os erros doutrinários de igrejas que estão enganando as pessoas, tudo isso porque não podemos julgar... e se for de Deus? É o medo de tais pessoas.

Em primeiro lugar, a fala de Gamaliel demonstra um ponto de vista louvável, muito bem equilibrado, diga-se de passagem, mas que está registrado não como uma doutrina, mas um pensamento humano, baseado em fatos que haviam ocorrido no passado. Ou seja, se esse fato se repetisse com os apóstolos, estaria provado que aquele nada mais era do que mais um fogo de palha entre os judeus.

Em segundo lugar, Atos é um livro histórico, do qual não se pode formular doutrina para a igreja. Ali Lucas relata o que aconteceu, e não que aquilo que aconteceu tem que se tornar regra para a igreja de todos os tempos (as cartas sim, fazem isso).

Em terceiro lugar, Gamaliel considerou apenas um ponto de vista, sem levar em consideração o outro ponto. O que ele levou em consideração foi o cuidado de Deus para preservar Sua verdade. Mas deixou de observar a permissão de Deus em que falsos ensinos se alastrem. Deus protege Sua verdade, sim, mas permite que o erro cresça também, sem contudo fazê-los perecer diante de nossos olhos. Temos visto, por exemplo tantos erros e heresias (inclusive seitas) que continuam a grassar no mundo, inclusive no meio da igreja, algumas delas com longos séculos de existência e nem por isso vêm de Deus!

No entanto, temos que considerar a palavra de Gamaliel no seguinte sentido: não podemos arrancar essas falsidades que surgem, pois, como disse o próprio Cristo na parábola, arrancaríamos o trigo junto. Mas podemos denunciá-las, combatê-las e tirar do meio delas algumas pessoas que estiverem na dúvida!


Dia tēs písteōs


Pr. Cleilson

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

30 RESPOSTAS AO AMARGURADO QUE BUSCA O LIVRE ARBÍTRIO PERDIDO


Então, eu o respondi assim:

1)      Não foi João Calvino que começou a doutrina da predestinação. Para maior desespero dos desesperados, o termo já se encontra na Bíblia mesmo antes de Calvino existir.
2)      Não são “eles” que dizem que Deus dá a salvação pra quem Ele quer. É Deus quem diz (Rm 9.15,16), porque a salvação é dEle, Ele dá pra quem Ele quer mesmo (Jn 2.9).
3)      Jesus é quem falou em Jo 10 que Ele dá Sua vida pelas ovelhas. Ele não dá Sua vida pelos bodes. Não ia adiantar Jesus morrer por bode. Bode não vira ovelha, assim como joio não vira trigo.
4)      O fato de morrerem 5000000... de pessoas no mundo não é culpa de Cristo. É o salário do pecado (Rm 6.23) e todos pecaram (Rm 3.23). Se elas morrem sem ouvir falar de Cristo, não é culpa de Cristo, mas do povo que se diz de Cristo que não prega o Evangelho de Cristo (Rm 10.14).
5)      O povo da Índia adora aquelas porcarias, porque rejeita o Evangelho, não porque não conhece. Tem muito missionário lá. Agora, usar o texto de Judas que diz para salvar alguns arrebatando-os do fogo como base para evangelismo é demais! O texto é claro que ali se refere a retirar “alguns” que estão na dúvida com relação aos ensinos dos falsos profetas. Então, temos que denunciá-los e ver se conseguimos arrebatar algumas pessoas das mãos destes falsos mestres.
6)      Todo mundo tem a chance de conhecer a Deus, ainda que ninguém pregue pra ele. A natureza e a consciência do homem revelam a existência do verdadeiro Deus (Rm 1.20-23; 2.14-16). O Evangelho revela mais de Deus, mas, enquanto o povo de Deus não O anuncia, a natureza e a consciência não param de gritar que Deus existe.
7)      Ninguém que prega a predestinação ensina que o que tiver de ser salvo o será ainda que ninguém pregue pra ele. Isso é conversa de arminiano sem argumento. A pregação é o meio que Deus usa pra levar Seus eleitos a um fim, que é a salvação (1Pe 1.3,9 – leia mesmo estes vs.).
8)      Como também ninguém que prega a predestinação diz que Deus joga no inferno aqueles que buscam Seu perdão. É óbvio que se os pecadores buscarem o perdão do Senhor é porque já foram quebrantados por Ele (Rm 2.4 – leia mesmo este v.).
9)      Jesus mandou pregar o Evangelho por 2 motivos principais entre outros:
a)      Um meio de salvar os eleitos ( o que nEle crê);
b)      Para que ninguém tenha desculpa de havê-lo rejeitado (Jo 12.48).
10)  Jesus não predestinou somente quem iria ser salvo, mas predestinou o meio pelo qual eles seriam salvos, através do Evangelho, portanto, devemos pregar o Evangelho, mesmo porque nem sabemos quem vai ser ou não salvo. Só Deus sabe, mas pra você, parece que nem Deus sabe. Se ninguém pregar, Deus vai dizer: “Oh, meu filho, você frustrou meu plano em relação àquela pessoa. Eu queria salvá-la, mas você não pregou pra ela, agora vou ser obrigado a mudar de plano e condená-la... Ah, e vou aproveitar a ocasião e vou retirar a salvação que Eu tinha lhe prometido...” Absurdo!
11)  No final, eu explico os versículos apresentados como prova de que Deus quer salvar a todos... Por enquanto faço uma pergunta: Pode Deus ser justo se condenar as pessoas que mataram o Filho dEle, uma vez que Ele mesmo tinha determinado isso (At 4.27,28 – leia mesmo estes vs.)???
12)  Você disse que reconhece que a salvação é pela graça, muito bem, mas disse que o homem é capaz de rejeitá-la. Façamos um silogismo aqui:
a)      Uns aceitam a graça de Deus e são salvos, porque aceitaram.
b)      Outros rejeitam a graça de Deus e são condenados, pois rejeitaram.
c)      Logo, os que aceitam são melhores que os que rejeitam = salvação por mérito e não por graça, ou seja, CONTRADIÇÃO, meu amigo! Ou é graça, ou é merecimento. Decida! Até João Batista, que viveu na transição da Lei para a Graça entendia mais da graça do que você (Jo 3.27 – leia mesmo este v.).
13)  A explicação de Rm 8.29 que você deu está exegética e hermeneuticamente incorreta.
a)      Você desconsidera o termo grego para “conhecer”. Ali não está falando “saber que decisão alguém vai tomar”. Significa “ter um relacionamento íntimo”, ou seja, ali fala que Deus conheceu pessoas, não as decisões das pessoas (embora isso Ele conheça também).
b)      Você se esqueceu de que na Bíblia não existe nenhum versículo que prova que somos salvos por causa da nossa fé. Nós somos salvos por meio da fé. Não se confunda e nem aos outros. Lembre-se: a fé é o meio da salvação, não a sua causa. A causa é a graça de Deus. Se Deus escolhe alguém porque este alguém viria a crer, continua sendo salvação por méritos [ainda que futuros]. Se a razão da salvação estiver baseada em outra coisa que não seja a graça de Deus, é mérito humano e não graça divina.
c)      Você desconsiderou a regra mais básica da hermenêutica que é a lei do contexto (imediato 1º, depois o mais amplo). O v. 30 diz que os mesmos que Ele conheceu, também predestinou, chamou, justificou e glorificou. São fatos. Não possibilidades. Não há condições estabelecidas ali. “Aos que predestinou, se aceitarem lhes chamará; se quiserem lhes justificará e se perseverarem lhes glorificará”. Obviamente não é isso o que se vê escrito ali.
d)     Finalmente, o v. de Isaías 46.10 que você citou para lhe apoiar, na verdade lhe puxa o tapete. Se Deus anuncia o que há de acontecer desde o princípio, não resta escolha humana. É o que Ele determinou que vai acontecer! Se acontecer diferente, então Deus não tem controle sobre o universo...
14)  O texto de Efésios 1 você começa interpretando bem. É a Igreja mesmo que é eleita em Cristo. Ninguém diz o contrário. Mas depois você escorrega e diz: “Na verdade, quem foi eleito, quem foi escolhido, foi Jesus”. O texto diz “nos elegeu” (v. 4) e “nos predestinou” (v. 5). Não diz “elegeu Ele”, mas diz, “nos elegeu nEle” (v. 4), e diz “nos predestinou... por Jesus Cristo” (v. 5) e não “predestinou Jesus Cristo”. Cuidado com a leitura. Para interpretar corretamente, é preciso ler corretamente.
15)  Você precisa entender o plano de Deus na Bíblia toda. Deus enviou Jesus para resgatar o que era dEle. Até o que era dEle caiu no pecado, foi por isso que Jesus precisou morrer. Jesus não morreu por quem já merecia salvação, morreu para resgatar do pecado aqueles que o Pai Lhe deu. Até o anjo Gabriel sabia disso (Mt 1.21). “Ele salvará o Seu povo dos seus pecados”.
16)  Você deu a impressão de que aqueles que não creem frustram o plano de Deus de salvar a todos. Deus não quer salvar a todos? Ele não tem poder pra salvar a todos? Se tem, por que não salva, então, já que Ele quer? É por que eles não creem? Então, por que nós cremos? Somos melhores do que eles? A incredulidade deles é maior que o poder e o querer de Deus?
17)  Você usa o v. 32 de Rm 8 pra dizer que Jesus morreu por todos nós. Mas você não tinha dito que Romanos foi escrito para os salvos? Então Jesus morreu por todos os que Ele havia de salvar.
18)  Você usou Rm 11.32 de novo sem respeitar a lei do contexto. Acho que você quer comprar seus leitores. Ali Paulo fala sobre a oliveira da qual foram retirados os galhos originais (judeus) para enxertar galhos de zambujeiro (gentios). Aqueles, porque desobedeceram. E estes para com eles usar de misericórdia. Aí Paulo diz aos romanos que mesmo antes sendo eles desobedientes, conseguiram misericórdia por causa da desobediência dos judeus, para que os judeus, agora desobedientes, alcancem a mesma misericórdia que foi demonstrada aos romanos (vs. 30,31). Isso significa que “todos” a que Paulo se refere são judeus e gentios. Os judeus não podem mais se gloriar, pois desobedeceram ao Evangelho. Os gentios não precisam sentir-se rejeitados, pois foram enxertados na oliveira (mas não devem orgulhar-se disso). Aí o sentido do v. 32. Todos desobedeceram, e todos se tornaram participantes da misericórdia divina. Todos dentre judeus e gentios. Não todos sem exceção!
19)  Cuidado ao usar Tito 2.11. Se ali quer dizer que a graça trouxe salvação a todos os homens, então o versículo é uma mentira, porque nem todos são salvos. Se ali quer dizer que a graça se manifestou de forma salvadora, aí sim, porque a todos é manifesto que a graça de Deus salva.
20)  Jesus disse que atrairia todos a Si na Sua morte. De fato, todos são atraídos. Os calvinistas não dizem que só os salvos são atraídos, pois isto seria contradizer o próprio Jesus. Paulo explica essa atração em 1Co 1.18.
21)  Se o apóstolo João diz que Jesus é a propiciação pelos nossos pecados e também pelos do mundo inteiro, deve ter uma explicação que não seja contradizente. Pois se Jesus fez com que Deus fosse propício ao mundo inteiro, então o mundo inteiro deve ser perdoado. E uma vez perdoado, já não resta condenação. Então por que ainda há condenação no mundo? Não venha com conversa dizendo que é porque eles não creem, pois isso já foi refutado na resposta nº 16.
22)  Você deu a entender que todos já têm a salvação e por não crerem a perdem. “Entretanto, quem não crer, está rejeitando a graça de Deus e perde a salvação”. A Bíblia ensina que todos pecaram e estão afastados da glória de Deus (Rm 3.23). Ninguém tem salvação. Portanto, ninguém perde o que não tem. Só ganha ou deixa de ganhar. O salvo ganha a salvação, o ímpio deixa de ganhar. Ele não pode perder o que nunca teve.
23)  Jesus disse em Jo 6.39 que a vontade do Pai é que Jesus não perca nenhum daqueles que Lhe foi dado pelo Pai. Se o salvo perde a salvação, esse Filho de Deus foi muito irresponsável: “Olha, Pai, desculpa! Bem que Eu quis mantê-lo salvo, mas ele escolheu desviar... não pude fazer nada, pois como o Senhor sabe, depende da escolha dele, né?”... Advertências para nos mantermos firmes na fé preenchem a Bíblia inteira. Tais advertências servem para que nós tenhamos convicção daquilo que nos foi dado. Observe 2Tm 2.19. Deus já conhece quem é dEle. Mas se nós queremos saber se somos dEle, afastemo-nos da iniquidade.
24)  O texto de 2Reis não diz que Ezequias estava em pecado. Você falou que “Por causa do pecado de Ezequias Deus já havia PRATICAMENTE determinado que ele iria morrer”. Pelo contrário, a oração dele foi vindicando seu justo caminhar perante a face de Deus. E Deus acrescentou mais 15 anos de vida porque Ele quis reagir à oração do Seu servo de modo complacente. Assim como em outras ocasiões Deus reagiu de modo condizente com a mudança que houve no povo, ou em certas pessoas. Mas isso não quer dizer que Deus tenha mudado de ideia. Apenas reagiu de forma condizente com a mudança ocorrida nas pessoas que ouviram Sua mensagem (Ver 1Re 21.20-29; Jn 3; etc.)
25)  O texto de Josué 24.15 que você usou, mostra exatamente o que dá deixar a escolha na mão do homem. Resultado, o povo escolheu outros deuses, como se vê em Juízes. Se Deus deixasse a escolha na nossa mão, nem nós seríamos salvos, como os arminianos dizem erradamente, pois “o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co 2.14).
26)  Mais uma vez você nega a lei do contexto para citar o texto de Jr 18. Todo mundo sabe que o profeta falava sobre ir ou não para o cativeiro babilônico. Leia os vs. 1-17. Se o povo se arrependesse não iria para o cativeiro. E o que eles fizeram? Intentaram matar Jeremias. Olha o que dá deixar a escolha na mão do homem... Veja a continuação da profecia no cap. 19. Está falando do cativeiro. No cap. 21 o rei manda perguntar para o profeta se haveria solução para eles contra Nabucodonosor. E Jeremias responde que não. Já estava decretado o cativeiro!
27)  A comparação que você fez da pessoa que é chamada por uma empresa não procede. Quando vou trabalhar em uma empresa, sou escolhido entre muitos que foram à entrevista. É uma eleição. Porém sou avaliado por minha inteligência, experiência e conhecimento adquirido (merecimento). Totalmente diferente da relação de Deus com o ser humano. Quando Deus elege, Ele também capacita. Ou seja, “as coisas velhas já passaram e eis que tudo se fez novo”. A pessoa passa por um processo de formação espiritual, que é gerada pelo Espírito, desde o início, onde a pessoa adquire a fé pelo ouvir da palavra. E isso não é pela inteligência, experiência e conhecimento (méritos), pois existem tantas pessoas inteligentes e boas que não são eleitas como também desprezam a palavra de Deus. Isso é exclusividade da graça.
28)  Você diz: Como ser escolhido por ele? É muito simples, viva uma vida correta perante Deus”. Meu amigo, para viver uma vida correta perante Deus, só se o Espírito de Deus habitar na pessoa. E para o Espírito habitar em alguém, ele tem que nascer de novo (Jo 3.3,5,6). De novo você prega salvação pelas obras. A Bíblia diz que a inclinação da carne é inimizade contra Deus, por isso os que estão na carne não podem agradar a Deus. Mas nós não estamos na carne e sim no Espírito, mas só se o Espírito de Deus habitar em nós. O que isso quer dizer? Quem não tem o Espírito de Deus é carnal e nunca vai conseguir viver uma vida correta como você disse. Nem nós que estamos no Espírito vivemos uma vida tão correta assim, a ponto de que Deus veja isso como mérito para nos salvar. É Sua misericórdia que nos salva.
29)  Os versículos usados no início têm que provar alguma coisa. Ou eles provam que Deus vai salvar o mundo todo porque deseja que todos sejam salvos, ou prova que Deus, mesmo querendo isso, não vai conseguir. Mas não provam que a incredulidade do homem é maior que a vontade ou o poder de Deus (Jó 42.2; Is 43.13; Jo 10.28,29). A Bíblia não pode se contradizer. O fato de Deus desejar que algo fosse assim, não significa que Ele determinou que fosse assim. Ele pode desejar a salvação de todos e não determinar isso.
30)  Finalmente, não quero dizer que o homem não tenha capacidade de escolha, o que é diferente de liberdade de escolha. Isso ele tem também, mas não num sentido ilimitado. A liberdade de escolha do homem tem uma esfera de limite. Deus culpa o pecador por rejeitar Seu Evangelho, porque o pecador fez isto de vontade própria, por sua capacidade de escolha. Mas dizer que o homem é livre para escolher a salvação é antibíblico, porque a Bíblia diz que o homem é escravo do pecado (Jo 8.34) e, portanto, não é livre para escolher. O escravo não tem liberdade. Só escolhe o que seu senhor lhe manda. É por isso que o mérito é de Deus. Porque estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)”. Ef 2.5. Um morto não consegue se ressuscitar. Agora leia João 5.25.Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão”. Aqui é garantido que os que ouvirem a voz do Filho de Deus viverão. Não diz “se crerem viverão”, ou coisa parecida. É certo que viverão. Mas isso só acontece com aqueles a quem Ele chamar pelo nome (vide Lázaro).

Amado, perdoe-me alguns termos que possam ter-lhe causado antipatia. Prometo que não quero convencer-lhe do que estou dizendo. Apenas defendo a fé que aprendi da Palavra de Deus. Já fui arminiano e desisti não porque eu quisesse ser menos racional, pois a minha mente humana ainda não consegue responder a certos questionamentos contra o calvinismo. Só desisti por falta de consistência com a Bíblia. Em outras palavras, humanamente eu quero ser arminiano, mas biblicamente eu tenho que ser calvinista. Espero poder ser seu amigo apesar desta diferença.

Dia tes písteos.

Pr. Cleilson

Arminianos buscam resposta para o "livre-arbítrio perdido" - Questionamentos

Peguei um texto da internet em que um arminiano diz assim:

"PREDESTINAÇÃO" Uma verdade ou uma doutrina sem fundamentos?

Este ensinamento sobre a predestinação começou com João Calvino, portanto primeiramente vamos ver o que ensina a doutrina calvinista.

1- Eles ensinam que Deus dá a salvação pra quem Ele quer e está acabado.
2- Dizem que a predestinação é o "decreto" de Deus, através do qual Ele decidiu quem seria ou não salvo mesmo antes de nascer
3- Ensinam que Cristo veio, não para morrer por todos, mas para aqueles que fazem parte da Sua Igreja, ou seja ele morreu apenas para os cristãos.
Então baseado nestas teorias é fiz o estudo a seguir, vamos a ele?

Por dia 55 MIL PESSOAS NO MUNDO morrem SEM aceitar A JESUS e aproximadamente 20075000 pessoas morrem por ano sem aceitar o nosso Deus, isto significa que nos últimos 12 anos já morreram 120899988 pessoas sem salvação, em outras palavras mais de 95% das pessoas morrem sem seguir ao verdadeiro evangelho de Jesus cristo e parte delas nunca nem ouviram falar de Jesus e nem em qualquer outra coisa a respeito de Deus. Só em países como a Índia sua população adoram mais de 3 milhões de deuses, dentre estes deuses estão baratas, ratos, vacas, arvores, eles adoram tudo menos ao Deus verdadeiro, o Deus Jeová, isto é acontece pelo fato de não haver quem pregue a eles.

Agora pense junto comigo, será mesmo que Deus criou 12089998800 pessoas nos últimos 120 anos já predestinado ao inferno? Isto é o cálculo aproximado de 100 anos, agora some o numero de 20075000 vezes os 4 mil anos da existência da raça humana. Fazendo este cálculo você vai chegar ao numero de 80300000000 que morreram sem aceitar o Deus verdadeiro sobre suas vidas, criaria Deus este numero assustador de almas já condenadas para o inferno sem a chance de mudar o seu destino como eles afirmam?

As pessoas que defendem a predestinação para salvação respondem esta pergunta dizendo que não, ou melhor dizendo, eles afirmam que os que são para serem salvos serão salvos ainda que ninguém pregue a eles, mas se a pessoa não for de salvação não tem jeito, esta pessoa vai mesmo para o inferno e isto já é predestinado antes mesmo de alguém nascer, eles afirmam que por mais que eu e você pregue a alguém ou chore pela salvação de alguém se a pessoa não for de salvação ela irá para o inferno e não há quem possa mudar isto, em outras palavras anulam o poder do espírito santo que é de convencer o pecado do homem. Com outras palavras eles explicam que se você tem membros de sua família e eles não são de salvação todo o seu esforço para ganhá-lo para cristo será em vão, você poderá chorar, orar, pedir a Deus com todas as suas forças que de nada adiantará.

Eles usam os textos na bíblia como Mateus 22:14 que diz:  Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos. e Rm 8:29 - "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes a imagem de seu Filho.

Baseados em capítulos como este eles afirmam que Deus é quem escolhe quem vai ser salvo, ou seja o numero aproximado de 80300000000 mil pessoas que morreram sem a salvação nos últimos 4 mil anos foram pessoas rejeitadas para a salvação, nasceram para ir para o inferno e não tinha quem mudasse os destino destas almas.

Será que Deus cria pessoas para morte sendo Ele pai criador de todas as coisas? Não é Satanás o homicida e o Destruidor? Será que Deus havia rejeitado para a salvação mais de 80300000000 pessoas?

Não amigos, para isto Jesus morreu na cruz, ele morreu para que todos tivessem o direito da salvação, Jesus pagou o preço pelas milhares de almas que não tinham o direito de salvação, mas foram comprados pelo sangue de cristo.

Judas 1:23 e salvai-os, arrebatando-os do fogo; e de outros tende misericórdia com temor, abominação até a túnica manchada pela carne.

Arrebatar do fogo é tirar com força as almas que até o momento se morrerem estão condenadas ao inferno, arrebatá-las do fogo é pregar o evangélho da salvação mudando a condição destas pessoas que até o momento caminha em passos largos para o inferno.

Outra ordem que Deus deixou através de sua palavra foi:

Marcos 16:15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura.
Agora a pergunta que deixo aos que acreditam em predestinação é a seguinte: Porque Jesus deixaria esta ordem de pregar ao mundo se a pessoa que esta predestinada ao inferno não existe mais volta? Não seria uma ordem de um homem sem sabedoria que faria as pessoas perderem o seu tempo indo de casa em casa anunciando o evangelho?

Agora deixo uma pergunta aos "predestinados"

Porque existem países que morrem milhares de pessoas sem nem ouvir falar de Jesus? Será porque estão predestinados a irem para o inferno? Ou estão morrendo sem salvação porque não há quem preguem a estas almas? A resposta a esta pergunta é obvia e esta na bíblia

Romanos 10:13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? assim como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam coisas boas!

Nenhuma destas almas estão predestinadas a perderem a salvação, se eu e você deixarmos o conforto de nossa casa e irmos em busca destas almas nestes países a fora salvaremos muitos deles, neste caso estaremos arrebatando pessoas do fogo. (Judas 1:23.)

ACREDITAR EM PREDESTINAÇÃO PARA SALVAÇÃO É DESFAZER A ORDEM DE JESUS, É BATER DE FRENTE COM O TRABALHO DE MISSÃO MUNDIAL, POIS SE AS ALMAS ESTÃO PREDESTINADAS NOSSO EVANGELHO SERÁ PREGADO EM VÃO.

A palavra de Deus diz que ele deseja que todos sejam salvos. 1 Tm 2:4: "O qual deseja que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade".

Tt 2:11 - "Pois a graça de Deus se manifestou trazendo salvação a todos os homens"

At 2:21 - "E todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo"

Rm 5:18 - "Assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens, para condenação, assim também por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para justificação e vida".

2 Pe 3:9 - "O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia. Ele é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se".

Jo 3:16 - "Porque Deus amou o mundo de tal maneira..."

Mt 25:41 - "Então o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: "apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos".
Sabemos, no entanto, que a salvação é pela graça, é dom de Deus, conforme Ef 2:8. Mas cremos que o homem pode resistir a graça de Deus optando por outro caminho.

Agora vamos esclarecer o versículo muito usado por eles para defender o termo predestinação.

- Rm 8:29 - "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes a imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos".

Vamos compreender melhor este versículo! Primeiramente precisamos esclarecer para quem Paulo estava dizendo essas palavras (veja Rm 1:7 - "A todos os amados de Deus que estais em Roma, chamados para serdes santos")

- Quando Paulo utiliza essa expressão: "...aos que de antemão conheceu...", obviamente está se referindo a um grupo de pessoas; note bem que a expressão está no plural. Paulo está dizendo que Deus, em sua presciência, "conheceu" de antemão que um grupo de pessoas aceitaria a Palavra, e por essa razão, foi predestinado para a salvação. Deus disse em Is 46:10 - "...eu sou Deus, e não há outro semelhante à mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam". O versículo não sugere que Deus "determinou" quem seria ou não salvo, mas que a Igreja como um todo, seria transformada conforme à imagem do Seu Filho. Quem será a imagem do Filho de Deus? A Igreja, lavada no sangue do Cordeiro. Em outras palavras, a Igreja está predestinada para ser conforme a imagem do Filho de Deus.

Exatamente por se tratar da Igreja, Paulo escreveu: "...a fim de que seja primogênito entre muitos irmãos". Jesus é o primogênito da Igreja (o termo primogênito significa: o mais alto dentro de uma hierarquia); por isso Jesus é o primogênito da Igreja.

- Quando Paulo estava preso, escreveu uma carta para a Igreja que estava em Éfeso. Veja o que está escrito em Ef 1:1 - "Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus". Ele estava escrevendo uma carta para os santos de Éfeso. Paulo fez questão de enfatizar que essa carta era para os cristãos que haviam permanecido "fiéis".

- Agora veja o que ele escreveu em Ef 1:4,5 - "Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácido da sua vontade".

- Paulo era parte da Igreja, por isso usou o plural "...nos escolheu...", porque ele era a Igreja, e estava escrevendo para a Igreja. Paulo diz ainda: "...assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo". Quer dizer, a Igreja foi escolhida "...em Cristo..." antes da fundação do mundo. No versículo 5 Paulo diz: "...nos predestinou para ele..." Quem está predestinado para Cristo? A Igreja; Ele comprou a Igreja com o seu próprio sangue. A Bíblia diz que a Igreja é a noiva de Cristo, ou seja, ela está predestinada para o noivo.

- Observe ainda o que Paulo disse no versículo 4 - "...assim como nos escolheu nele". O que isto quer dizer? Isto significa que a Igreja foi escolhida porque ela é o Corpo de Cristo e Cristo é o cabeça da Igreja. Na verdade, quem foi eleito, quem foi escolhido, foi Jesus. A Igreja, como Paulo disse, foi escolhida nEle. Veja o que está escrito em 1 Pe 2:4-6 - "Chegando-vos para Ele, a Pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Pois isso está na escritura: eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nele crêr, não será de modo algum envergonhado".

- Quem é a pedra que vive? A pedra rejeitada? É Jesus! Para Deus, pedra eleita e preciosa! Cristo é que foi eleito! Nós, o Corpo de Cristo, a Igreja do Senhor, somos também eleitos, mas eleitos em Cristo. E eu pergunto: Quem é a Igreja? A Igreja do Senhor são todos aqueles que crêem. Veja o que o apóstolo Paulo fala no final do versículo 6: "...eis que ponho em Sião uma pedra eleita e preciosa; e quem nele crêr, não será de modo algum envergonhado".

Então, quando a Bíblia fala de "predestinados", está se referindo àqueles que foram lavados no sangue de Cristo; predestinados "em Cristo", como Igreja do Senhor, desde antes da fundação do mundo. Qualquer pessoa pode, então, ser um "predestinado". Basta crêr e confessar a Cristo como Salvador. Por que razão Jesus precisou morrer? Não foi para nos salvar? Salvar a quem? Salvar aqueles que não estavam salvos! Se todos os que deveriam ser salvos já estivessem definidos, Jesus não precisaria morrer! Eles já estavam salvos pelo decreto de Deus! E se a salvação fosse unicamente uma conseqüência do decreto de Deus, por que então Deus não salvou a todos os homens? A Bíblia diz que Ele quer salvar a todos os homens (1 Tm 2:4). Por que é que Deus não salvou a todos? Porque a salvação é para "todos os que crêem". Então predestinados, são todos aqueles que crêem. Eleitos, são todos aqueles que crêem; eleitos em Cristo, como Corpo de Cristo.

- Rm 8:32 - "Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?" (O Filho de Deus foi entregue por todos nós).

- Rm 11:32 - "Porque Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos".

- Tt 2:11 - "Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora (trazendo salvação) a todos os homens".

- Jo 12:32 - (Jesus disse: "E eu, quando for levantado da Terra (crucificação) atrairei (a quem?) todos a mim mesmo". Os calvinistas ensinam que somente os predestinados são "atraídos" para cumprirem o decreto de Deus e serem salvos, mas Jesus disse que na crucificação atrairia não a alguns, mas a todos os seres humanos.

- 1 Jo 2:2 - "E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro". João estava escrevendo para a Igreja do Senhor; mas fez questão de esclarecer: "Ele é a propiciação pelos nossos pecados, mas não é só pelos nossos (da Igreja), mas também pelos pecados do mundo inteiro".

Se há possibilidade de salvação para todos os seres humanos, fica claro que todos os seres humanos podem vir a crer, desde que tenham vontade. Quem quiser crer, será salvo; porque a graça de Deus se manifestou trazendo salvação a todos os homens. Entretanto, quem não crer, está rejeitando a graça de Deus e perde a salvação. O ensinamento bíblico deixa claro que o homem tem direito de escolher o seu caminho, ou seja, Deus deu ao homem o livre-arbítrio. Em Gênesis, o primeiro livro da Bíblia (capítulo 3), a possibilidade da tentação é uma demonstração de que o homem tinha o direito de escolher entre a obediência e a transgressão.
O CRENTE TAMBÉM PODE PERDER SUA SALVAÇÃO? SIM, POIS SE A BÍBLIA NOS ALERTA A VIGIAR É PORQUE PODEMOS PERDÊ-LA.

Apocalipse 3.11 Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
Se neste versículo a bíblia ensina guarda o que tens, para que ninguém tome a sua coroa é porque podemos perdê-la, isto é obvio não é?

A seguir vou citar versículos diferentes que provam em cada caso que a predestinação não é bíblica. Vejam a seguir alguns capítulos e versículos.

II reis 20 NAQUELES dias adoeceu Ezequias mortalmente; e o profeta Isaías, filho de Amós, veio a ele e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás. Então virou o rosto para a parede, e orou ao SENHOR, dizendo: Ah, SENHOR! Suplico-te lembrar de que andei diante de ti em verdade, com o coração perfeito, e fiz o que era bom aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo. Sucedeu, pois, que, não havendo Isaías ainda saído do meio do pátio, veio a ele a palavra do SENHOR dizendo: Volta, e dize a Ezequias, capitão do meu povo: Assim diz o SENHOR, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que eu te sararei; ao terceiro dia subirás à casa do SENHOR. E acrescentarei aos teus dias quinze anos, e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e ampararei esta cidade por amor de mim, e por amor de Davi, meu servo.

Por causa do pecado de ezequias Deus já havia PRATICAMENTE determinado que ele iria morrer, Deus mondou dizer: (Morrerás), ou seja determinou que iria morrer e ponto final, mas por causa do seu arrependimento Deus o perdoou e acrescentou mais quinze anos. Ou seja onde esta a predestinação? Ezequias se arrependeu e o arrependimento é a chave para deixar de ser apenas chamado por Deus e ser escolhido por ele.

josué 24:15 Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.

Mais uma vez ele deixa o livre arbítrio, mande que escolhessem por qual caminho andar.
Vamos ao próximo versículo?

Jeremias 18 No momento em que falar contra uma nação, e contra um reino para arrancar, e para derrubar, e para destruir, Se a tal nação, porém, contra a qual falar se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe.

Quer mais do que este versículo para provar que não existe a predestinação para salvação? Olha só o próprio Deus falando que se continuassem a pecar então o seu fim seria a morte, porém se deixassem de pecar então ele mudaria de idéia com relação a destruição do povo e não lhes daria castigo algum. Ou seja, mais uma vez ninguém estava predestinado a morrer, era uma escolha, eles optavam em fazer o bem e ter a salvação, ou continuar pecando e morrer perdendo sua salvação.
Dei muitas provas dentro da bíblia provando que Deus esta sempre a espera do arrependimento do pecador, todos podemos ser salvos, e após chamados quando fazemos por merecer Deus nos escolhe e assim também temos direito a salvação.

Como ser escolhido por Deus?

Vou fazer aqui uma comparação, quando você é chamado para trabalhar em uma empresa nunca significa que ficará fixo nesta empresa não é? Sempre a empresa estipula alguns meses de experiência e dependendo do seu trabalho você é escolhido a ficar na empresa sendo registrado e tendo seu lugar garantido. Porém é obvio que se você depois de ser escolhido começar a fazer seu serviço relaxadamente você também corre o risco de perder o seu emprego não é? Por isto o empregado deve ter cuidado para estar sempre seguindo as normas da empresa não correndo o risco de perder o seu emprego.
Da mesma forma somos nós, todos somos chamados por Deus, mas isto não significa que todos somos escolhidos por ele, mas a pergunta é: Como ser escolhido por ele? É muito simples, viva uma vida correta perante Deus, seja um homem e mulher de oração, seja um homem e uma mulher fiel a ele, então ele observando a sua fidelidade vai te escolher e fazer grandes coisas na sua vida. Agora o que tenho a dizer aos que já foram escolhidos por Deus tome cuidado, guardas o que tem para que ninguém tome sua coroa Apocalipse 3.11, vigiai e orai para não caíres em tentação, (Mateus 26:41) pois existe alguém rugindo como um leão tentando tragar a quem possa.

No demais todos que querem ser salvos, lute e não tire os olhos de cristo caso contrario poderá ser chamado mas não escolhido.

QUAL A RAZÃO DE PAULO TER MANDADO AS MULHERES ESTAREM CALADAS NA IGREJA? (1Co 14.34,35)



Durante longos séculos tem havido debate sobre o que o apóstolo Paulo quis dizer com o texto de 1Coríntios 14. Há até mesmo a defesa de que estes versículos não se coadunam com o contexto e que, portanto, algum copista deve tê-lo acrescentado a esse texto da carta. Leia aqui essa defesa.

Há também outras propostas para a interpretação desses versículos além desta acima. Alguns defendem que as mulheres profetizavam apenas fora das reuniões e que, portanto, esta ordem de Paulo refere-se apenas aos cultos públicos, onde, então elas eram proibidas de se manifestar em profecia, ou em qualquer outra manifestação. Isto dizem, porque no capítulo 11 de 1Coríntios Paulo havia dito que as mulheres podiam profetizar, desde que sua cabeça estivesse coberta (como um sinal de submissão a seu marido). Embora Calvino fosse contra essa interpretação, pois, segundo ele, “as mulheres não têm o direito de profetizar, nem mesmo com suas cabeças cobertas”. Ele diz que Paulo, “ao desaprovar uma coisa aqui [que é proibir que as mulheres profetizem sem o véu], não significa que está aprovando a outra ali [que é permitir que profetizem com o véu]”.[1] Calvino faz essa interpretação baseado na crença de que Paulo continuaria seu argumento justamente no capítulo 14, onde diz que as mulheres deveriam estar caladas nas igrejas. Entretanto, ele vê a ordem aqui como se referindo a ensinamento e exercício de autoridade na igreja. Pois é incompatível que uma irmã (que é submissa a um dos membros da igreja – seu marido) exerça autoridade sobre toda a igreja! O reformador de Genebra, no entanto, não está sendo chauvinista (opa, quase calvinista), pois apesar de sua época ser machista, ele ainda vê o apóstolo Paulo sendo aberto para com as mulheres, muito mais que os judeus, porque entre estes se dizia: “É melhor queimar a Torah, do que ensiná-la a uma mulher”, ou “Quem ensina a Torah a sua filha ensina-lhe obscenidades” (Rabi Eliezer), enquanto que Paulo ainda dizia que as mulheres poderiam aprender ou inquirir alguma coisa em particular com seu marido, ou obviamente com algum profeta ou mestre da igreja, caso não obtivesse resposta em casa.

Outra sugestão diz o seguinte: Paulo estava proibindo palavras indiscretas por parte das mulheres. Partindo para o texto grego, o verbo que o apóstolo usa aqui é o verbo “laléō”, que significa “palrear, chilrear”, usando palavras sem sentido, ao contrário de “légō”, que mostra uma fala mais sensata. No entanto, essa diferença existe no grego clássico. No “koiné”, o grego comum, usado na linguagem do Novo Testamento não se pode afirmar essa diferenciação. Neste caso, “laléō” pode se referir ao “emprego dos órgãos da fala”, “légō”, ao “sentimento proferido” e “fēmi”, às “palavras ditas” [2].

Há uma interpretação desse trecho de 1Coríntios que afirma o seguinte: Paulo estava  citando um ditado que havia na sua época, o qual era proferido na igreja de Corinto, que proibia as mulheres de falar. Esta interpretação diz que o apóstolo não endossou a afirmação desse ditado, pelo contrário, a combateu. [3] De acordo com essa visão, isso explica o tom de ironia e perguntas de retórica que Paulo faz no v. 36. Como se ele dissesse: “Vocês dizem que mulher não pode falar na igreja. Mas por acaso, a palavra de Deus se originou no meio de vocês? Quem é que diz isso? Vocês não estão com a razão!” Mas parece que o contexto imediato não respalda essa tese, pois carece de sentido lógico de argumento.

Outra proposta para o entendimento desse trecho tem sido divulgada da seguinte forma: Paulo estava permitindo que homens e mulheres profetizassem (1Co 11.4,5), mas apenas os homens podiam julgar e atestar as profecias. As mulheres deveriam permanecer caladas nas igrejas, a fim de que os homens, ou as autoridades da igreja tivessem condição de efetuar o julgamento das profecias que eram dadas tanto por homens, quanto por mulheres. A base para essa proposta é apoiada pelo contexto imediato, quando, em 1Coríntios 14.29 a seguir diz: “Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem, etc.” Aqui se coloca a conclusão de que as mulheres deveriam permanecer em silêncio, enquanto as autoridades eclesiásticas se punham a julgar as profecias. Esta interpretação está próxima do significado, pois é amparada pelo contexto imediato. Um pequeno problema que ela tem que enfrentar é o fato do versículo 31 dizer: “Porque todos podereis profetizar, um após o outro, para todos aprenderem e serem consolados”, uma vez que Paulo não permitia o ensino feminino na igreja. Então a pergunta é: se a mulher não pode ensinar na igreja, como ela pode profetizar (1Co 11.5) de maneira que todos aprendam (1Co 14.31)?

Outra interpretação diz que essa afirmativa de Paulo era por causa da instrução mais limitada das mulheres, o que as levava a fazer perguntas inoportunas. No mundo antigo era comum os ouvintes interromperem os mestres com perguntas, mas isso era considerado rude se as perguntas refletissem ignorância do assunto (Plutarco).[4] Então, pelo fato das mulheres serem menos instruídas que os homens, Paulo propõe uma solução de curto prazo e uma de longo prazo para o problema. A de curto prazo é que as mulheres parassem com perguntas desconcertantes; a de longo prazo é que fossem instruídas em casa com seus maridos.

Ainda outra interpretação diz respeito a que Paulo apenas estava exortando a igreja a respeitar as normas culturais de sua época a respeito das mulheres em público, para que a igreja permanecesse eficaz em atrair pessoas a Cristo. A força desta interpretação toma sentido quando se leva em conta as considerações que Paulo faz sobre a escravidão, por exemplo (1Tm 6.1,2), onde o apóstolo dá conselhos aos escravos para que sejam submissos, sem no entanto defender a instituição da escravatura. Entretanto, essa questão da mulher permanecer calada nas igrejas carrega um peso maior, pois Paulo não usa o argumento "para que o nome de Deus e a doutrina não sejam blasfemados" como ele o faz em 1Timóteo! Aqui em 1Coríntios, o argumento que Paulo usa é "como também a lei o determina" (1Co 14.34)! O que nos leva a pensar que Paulo queria que isso fosse visto como doutrina, pois ainda ele diz no v. 37: "Se alguém se considera profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo"!

Depois faremos algumas considerações.

Dia tēs písteōs.

Pr. Cleilson


[1] CALVINO, João – 1 Coríntios – Ed. Paracletos – 2ª ed. 2003 – S. B. Campo/SP
[2] TAYLOR, W. C. – Dicionário do NT Grego – Juerp – 3ª ed. 2001 – Rio de Janeiro/RJ
[3] HAWTHORNE, Gerald F., MARTIN, Ralph P., REID, Daniel G. – Dicionário de Paulo e suas cartas – Vida Nova, Paulus, Loyola – 2008 – São Paulo/SP (citando KEENER, C. S.).
[4] Idem.

Mulheres Pastoras: Uma Ampliação Do Debate



Uma página do Códice Vaticano, do século IV, com uma nota marginal (entre as colunas 1 e 2), na qual um copista medieval critica acerbamente um predecessor por ter alterado o texto: “Insensato e desonesto, deixe o texto antigo, não o altere!”
A proposta do texto que se segue é exatamente a de ampliar o debate sobre a separação de mulheres ao ministério pastoral. Para implementar tal proposição, defendo ser necessário percorrermos um caminho para trás com vistas à solução, se for possível, dos problemas que envolvem uma das Escrituras prediletas daqueles que são antagônicos ao ministério pastoral feminino.
Do debate teológico, até a consolidação de convicções teológicas, há lacunas que não podem ficar sem ser ocupadas por colunas enrijecidas. Se assim não for, argumentos que aparentam ser irretorquíveis, na verdade, não passam de autênticos “calcanhares de Aquiles”.

Todo estudante das Escrituras mais criterioso sabe que os originais do Novo Testamento não existem (ainda não foram encontrados). Por alguma razão, Deus ainda mantêm os autógrafos velados. Igualmente, deve saber o dedicado estudante da Bíblia que os manuscritos do Novo Testamento existentes possuem alguns enganos que são produtos da ação copista. É muito natural que no processo de transcrição dos Textos Sagrados, alguns enganos, ora deliberados, ora não, tenham marcado as Escrituras.
Por essa razão, algumas passagens bíblicas são disputadas como sendo, ou não, textos inspirados. Por exemplo: o texto da mulher adúltera (Jo 7:53-8:11), o texto “pentecostal” de Mc 16:9-20 e a passagem trinitariana de 1Jo 5:7-8. Contudo, a despeito da existência das variantes textuais, é bom destacar aqui o que disse Frederick Kenyon: “Nenhuma doutrina fundamental da fé cristã depende de algum texto controvertido [...]” (apud McDowell, 1996, p. 57).
Também faz parte do universo de passagens disputadas, o texto de 1 Coríntios 14:34-35. Este, igualmente àqueles já citados, é um dos que estão sob uma nuvem de dúvidas quanto à sua legitimidade como uma Escritura inspirada. Essa referência é um dos alicerces argumentativos dos críticos que se opõem ao ministério pastoral feminino e é o objeto de análise deste texto que apresento.
“As mulheres se mantenham caladas. Elas não têm permissão de falar; devem permanecer submissas, como diz a lei. Se elas desejam instruir-se sobre algo, interroguem seus maridos em casa. É vergonhoso para uma mulher falar na igreja”.
De acordo com Erhman (2006, p. 193), esses versículos “não foram originalmente escritos por Paulo”. Ele explica que ambos não se encontram em alguns manuscritos (três gregos e em alguns testemunhos latinos) depois do versículo 33 e sim depois do 40. Por conta disso, alguns pesquisadores inclinam-se à defesa de uma origem dos versículos 34 e 35 a partir de uma nota marginal, fruto da pena de um copista.
Erhman faz uma observação pertinente quanto ao contexto imediato dos versículos em questão. Ele sugere que há uma desconexão entre eles e que isso pode apontar para um indício da não autoria paulina dos versículos 34-35. Do versículo 26 até o 33, o assunto predominante é a ordenação do culto quanto ao ato de profetizar. Em uma análise mais cuidadosa, pode ser visto que o assunto é abruptamente interrompido pela questão da ação das mulheres dentro da igreja (vv 34-35) para ser retomado nos versículos 36-40.
Lendo o capítulo 14 em sua inteireza, parece que o Dr. Erhman tem razão. Dá para perceber uma aparente falta de sentido na presença dessa orientação dada à Igreja a respeito das mulheres nesse contexto. Parece que há um desvio de raciocínio que não é apenas estranho ao contexto imediato, mas também é estranho à clara orientação dada por Paulo às mulheres no capítulo 11:2-16. O sentido de coerência estrutural do texto tão presente no capítulo deixa de existir quando o mesmo se vale dos versículos 34 e 35.

Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas, porque Deus não é de confusão, e, sim, de paz. Como em todas as igrejas dos santos,
Conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina. Se, porém, querem aprender alguma coisa, interroguem, em casa, a seus próprios maridos, porque para a mulher é vergonhoso falar na igreja.
Porventura a palavra de Deus se originou no meio de vós, ou veio ela exclusivamente para vós outros? (33-36).
Agora, vejamos como dando continuidade ao versículo 33, apenas o 36 e 37:
Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas, porque Deus não é de confusão, e, sim, de paz. Como em todas as igrejas dos santos.
Porventura a palavra de Deus se originou no meio de vós, ou veio ela exclusivamente para vós outros?
Se alguém se considera profeta, ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo.
Diante dessa comparação, parece que Erhman tem razão quando diz que sem os versículos 34-35, “a passagem parece fluir coerentemente como uma discussão do papel dos profetas cristãos”.
Alguns dos opositores do ministério pastoral feminino podem, de imediato, lançar dúvidas sobre o pensamento do Dr. Erhman por ser ele um teólogo de linha liberal. Eu, particularmente, não sou liberal, mas acredito que de “Nazaré pode vir alguma coisa boa” sim. E essa questão levantada por Erhman, parece-me, em alguma instância, ser procedente. Eu não sou um erudito, em qualquer aspecto que seja. Eu não sou um pesquisador, um estudioso da Crítica Textual. Mas, também não sou um tolo para levantar esse debate aqui apenas evocando um teólogo liberal.
Para minha supresa, em minha breve pesquisa, Erhman indica, para uma análise mais aprofundada do assunto, o trabalho de Gordon Fee: The First Epistle to the Corinthians. Grand Rapids: Eardmans, 1987. Ele indica esse teólogo pentecostal, e nada liberal, como alguém que defende a não autoria paulina dos versículos 34-34. Eu não tive acesso à obra do Dr. Fee, mas, Wayne Grudem sim, e em sua Teologia Sistemática ele atesta que Gordon Fee realmente pensa como diz Ehrman [cf. p.799-800].
O Dr. Champlin, ao comentar 1 Coríntios 14:34-35, diz:
“Nesta passagem há uma importante variante textual, relacionada ao problema com que nos defrontamos. Segundo o texto ocidental [...] a tradição latina em geral [...] os versículos trigésimo quarto e trigésimo quinto aparecem depois do versículo quarenta. Isso tem levado alguns estudiosos a especularem que, originalmente, esses versículos seriam uma glosa escribal, posta à margem, não fazendo parte da composição paulina de forma alguma. Da margem, finalmente, passaram para o próprio texto, na posição comum em que se encontram, ma maioria dos manuscritos, embora tivessem entrado no texto ocidental imediatamente após o versículo quadragésimo [...] Isso seria uma instância de uma não-interpolação ocidental, ou seja, um lugar onde o texto ocidental, contrariamente a todas as demais tradições textuais, exibe um texto mais curto, representante do original, ao passo que as outras tradições contêm um ornato qualquer, que aumentou a extensão do texto” (p. 230, 1985).
Concluindo, ninguém pode dizer que 1 Coríntios 14:34-35 não está envolvido em uma nuvem de suspeições quanto à sua legitimidade como uma Escritura autenticamente paulina e, portanto, inspirada. Mesmo que se dê pouca, ou muita importância ao fato, na minha opinião, seria de bom alvitre que os inimigos do ministério pastoral feminino, ao usarem esta passagem, se lembrassem que é possível que eles estejam fundados em um texto que fora introduzido no capítulo por mãos não apostólicas.
Talvez, recordar-se disso quando se está pregando para uma platéia alheia ao debate que circunda o texto, não faça sentido, mas, ao gravitar pelo universo do debate acadêmico em si, é conditio sine qua non que eles estejam bem munidos de argumentos que façam parecer “palha” as justificativas de Erhman e Fee, consubstanciadas, em parte, pelo comentário de Champlin, caso contrário…
Por Pr. Zwinglio Rodrigues
Referências:
ERHMAN, Bart D. O que Jesus disse? O que Jesus não disse? São Paulo: Prestígio, 2006.
GRUDEM, Wayne.
 Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999.
CHAMPLIN, Russel N.
 O Novo Testamento Interpretado Versículo Por Versículo. São Paulo: Milenium, 1985.
McDOWELL, Josh.
 Evidência Que Exige um Veredito – vol. 1. São Paulo: Candeia, 1996.