“O pobre que oprime
os pobres é como chuva torrencial que destrói as colheitas” (Pv 28.3).
O conceito sociológico que advoga a deposição de uma certa classe dominante para se estabelecer como governo uma classe inferior, tem defendido seu ponto de vista com base na “justiça para evitar a opressão que sofreu”, isto é, se um oprimido chegar ao poder, segundo esse conceito, ele não irá oprimir, pois já foi oprimido e sabe que isso é injusto. Ele fará de tudo para que seu governo seja justo e igualitário.
Entretanto, a Bíblia, em seus sábios conselhos diz que não é assim que acontece. Quando o pobre oprime o pobre, geralmente é quando ele chega ao poder. Há casos em que pobre oprime pobre mesmo sem estar funcionalmente acima do outro. Mas em sua maioria, um pobre oprime o outro quando, de algum modo, chega ao poder.
Alguém poderia dizer que o texto apenas sugere que isso ocorrerá caso o pobre, agora poderoso, venha realmente oprimir; mas, caso ele permaneça humilde, ele irá governar com justiça. Eis aqui outro erro, desta vez sobre a compreensão da natureza humana. Uma pessoa não é justa porque é pobre. Nossa nação assistiu isso impotente, quando pobres chegaram ao poder. O que aconteceu? Eles foram “como chuva torrencial que destrói as colheitas”, exatamente como diz o versículo! As colheitas, os impostos, os lucros do nosso país foram e estão sendo completamente devorados por eles!
O princípio bíblico é que o homem é corrupto. Seu coração, além de enganoso, é desesperadamente corrupto, de modo que nem mesmo o próprio homem o conhece (Jr 17.9). Alguém já disse que o poder corrompe, entretanto, o poder apenas revela a corrupção que já existe no coração do homem. A corrupção está instalada no coração do homem como um vírus. Basta a ocasião e ambiente adequados para que tal vírus se manifeste. Assim é a corrupção e o poder. A primeira é interna, e o segundo é somente o ambiente favorável à manifestação da primeira.
Diante do poder, o coração do homem, seja pobre ou rico, começa a expelir os gases do orgulho, daquela velha raiz do pecado original, de querer ser como Deus. Um pouco de poder apenas é o bastante para que alguém se assente como Pilatos e julgue até mesmo Jesus! Por isso que diz o verso anterior: “Por causa da transgressão da terra, mudam-se frequentemente os príncipes, mas por um, sábio e prudente, a ordem é mantida” (v. 2).
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Nenhum comentário:
Postar um comentário