“Ora, os nomes dos
doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão;
Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e
Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelote, e
Judas Iscariotes, que foi quem o traiu” (Mt 10.2-4).
Uma curiosidade sobre as listas dos apóstolos escolhidos por Jesus nos 3 Evangelhos é que o nome de Pedro aparece sempre em primeiro lugar e o de Judas em último. Essas listas estão em Mc 3.16-19; Lc 6.12-16; At 1.13, sendo esta última sem o traidor, visto que já havia se suicidado. Há pequenas alterações na ordem dos demais nomes, mas em geral bem parecida com a dos outros Evangelhos, permanecendo em todas, Pedro em primeiro e Judas por último.
A escrita grega antiga era feita em ordem de importância, por isso a lista dos apóstolos se encontra dessa forma. De fato, Pedro se destacou entre os chamados por Jesus, não só durante o ministério terreno, mas também depois da ascensão de Cristo. Ele foi o que primeiro entre os apóstolos recebeu a revelação do Cristo e confessou a Jesus como sendo o Messias (Mt 16.16). Também foi a ele que o nosso Senhor disse que havia intercedido por ele quando Satanás pediu para peneirar os 12 como trigo e que, quando se convertesse, deveria fortalecer seus irmãos (Lc 22.31,32).
Mas é digno de nota que, na época antiga, não eram os rabinos que escolhiam seus discípulos. Ao contrário, eles eram escolhidos; os candidatos a seguidores se aproximavam, lhe pediam permissão para segui-los e dependiam da sua resposta. Mas no caso de Jesus com Seus discípulos foi o contrário. Ele disse: “Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, eu os escolhi e os designei para que vão e deem fruto” (Jo 15.16).
Outra coisa interessante é que Jesus não chamou estes homens aleatoriamente. Marcos diz que “Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis, e vieram para junto dele” (Mc 3.13). Obviamente, o chamado de Jesus justamente a esses 12, obedeceu a um padrão divino, que foge à nossa razão. Jesus jamais fez coisa alguma aqui na terra que não fosse da vontade perfeita do Seu Pai Celestial! Então, esse chamado foi fruto de oração diante do Pai.
Ainda muito curioso é que estes homens eram incapazes perante a cultura religiosa da época. Eles eram pescadores, em sua maioria. Isso mostra que Jesus trouxe o evangelho para todos, não há uma classe privilegiada social, intelectual ou econômica que seja o motivo pelo qual Deus tenha escolhido alguém. Havia entre eles também pelo menos um publicano, uma profissão excomungada por todos os religiosos e completamente desprezada pela população, pois cobrava impostos dos judeus para os romanos e ainda os extorquia.
Havia pelo menos um zelote entre eles, ou seja, um homem que
havia pertencido a uma facção judaica da época que se rebelava facilmente
contra falanges romanas, matando de surpresa seus soldados. Por fim, havia
também um traidor! Como conhecemos a história, foi o homem que entregou seu
Senhor aos soldados e, depois de julgado, foi condenado à crucificação. Com
qual destes nos parecemos? Você acha mesmo que o Senhor te escolheu por ser
melhor que algum deles?
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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