“Quem tenho eu no céu
senão a ti? e na terra não há quem eu deseje além de ti” (Sl 73.25).
Há muito que o mundo já se esqueceu de Deus. Desde a Queda, o que lemos no relato bíblico a esse respeito é somente uma coisa: fuga! O homem foge de Deus e, do seu grito de independência de Deus, ouve-se um eco de desespero e dor. Todos os lugares para onde o homem se esquiva de Deus são lugares de escuridão, medo e incertezas. Não se pode fugir de Deus e ter paz...
Só que o grito interior que o homem deseja calar, este também ecoa até os céus, não porque Deus Se agrade dele, mas porque ele revela o que o homem era em seu estado original, um adorador, um amante de Deus. Porém, o homem sufoca esse grito junto com sua alma e, nesse suicídio espiritual, ele não tem outro lugar para passar a eternidade a não ser no inferno!
Neste sufocamento, visto que o homem não quer Deus, e ainda assim sua alma tem sede, então ele cria outros deuses. A idolatria nada mais é do que o outro grito, o grito do homem fugitivo contra o grito da sua própria alma sedenta, tentando dizer a ela que já encontrou o deus que procurava! Ele sabe que não, pois não se sacia, mas não pode admitir por causa de seu estado de tamanha distância do verdadeiro Deus...
Mas não o salvo. Este, ao ser alcançado pela misericórdia divina, passa a ter o seu amor direcionado Àquele que o salvou! Não há nada nem ninguém que possa competir com o amor verdadeiro que lhe invade a alma, que diz a ela não que encontrou o Deus a quem procurava, mas que foi encontrado por Ele! Que nem mesmo no céu, onde habitam criaturas esplendorosas e admiráveis, há alguém que possa ser o objeto de seu desejo e prazer! “Quem tenho eu no céu senão a ti”?
Nem mesmo na terra, onde há prazeres que encantam e perturbam, “não há quem eu deseje além de ti”! Aquele que foi alcançado pela graça salvadora terá Jesus como seu único e perfeito amor. Todos os demais amores, todas as experiências, todos os prazeres se lançam aos pés do Salvador e se rendem, reconhecendo que não têm nada mais a oferecer, enquanto Ele nos preenche para sempre!
Os salvos cantam com Asafe neste salmo, mas também repetem com Paulo, o apóstolo: “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.21). O viver é cheio da esperança de ver Cristo, pois fisicamente estamos longe dEle, mas o morrer é o maior lucro, porque nos levará para perto do nosso amor verdadeiro para sempre!
Quem mais você tem no céu? Há alguém que te dê maior encanto
do que Cristo aqui na terra?
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém
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