“Eis que Deus não
confia nem nos seus santos; nem os céus são puros aos seus olhos, quanto menos
o homem, que é abominável e corrupto, que bebe a iniquidade como a água!” (Jó 15.15,16).
Embora os amigos de Jó falassem coisas que eram totalmente contrárias ao pensamento divino, muitas vezes eles acertavam com algumas afirmativas. O amigo mais velho, chamado Elifaz, certamente errou ao dizer que Jó não temia a Deus (v. 4). Na NVT lemos assim: “De fato, você não tem temor a Deus e não lhe mostra reverência”. Quando, na verdade, a diagnose de Deus sobre ele era o contrário: “Ele era íntegro e correto, temia a Deus e se mantinha afastado do mal” (1.1).
Entretanto, Elifaz disse algo muito curioso sobre Deus. Ele disse que Deus não confia nos Seus santos. Aparentemente aqui, falando dos anjos. Essa verdade é muito profunda, pois revela que Deus é digno da confiança de todas as Suas criaturas, ainda que Ele não seja obrigado a confiar em nenhuma delas. Isso nos ensina que o exercício da confiança é algo apropriado às criaturas de Deus e não a Ele. Deus não tem que confiar, mas ai de nós se não confiarmos.
Quando Elifaz afirma que nem os céus são puros aos Seus olhos, esta não deve ser uma verdade que nos assuste. Afinal, foi lá mesmo, nos céus de Deus que se originou o pecado. O desejo egoísta e ambicioso de uma criatura querer ser como Deus ou até maior que Ele começou exatamente nos céus, morada de Deus. Foi quando Lúcifer disse no seu coração: “Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei” (Is 14.13). De fato, eis a razão pela qual Deus fará novos céus, além de nova terra. Os céus não são puros aos Seus olhos!
Agora ele finaliza, falando do desprezo de Deus à raça humana, no sentido de que esta é menos confiável ainda do que as criaturas celestes e da morada divina. Sim, ele diz que o homem é abominável e corrupto, ou seja, o ser humano em seu estado caído e pecaminoso é totalmente detestável diante da santidade de Deus (esta é a ideia da palavra hebraica). O homem é também corrupto. No original primitivo, a ideia desse adjetivo é que o homem é vendável, ele se entrega por algum preço.
Não há como condenar as verdades ditas por Elifaz. Ele diz que o homem bebe a iniquidade como água. E não é assim mesmo? De lá para cá nada mudou. O ser humano tem cada vez mais se satisfeito nas águas da injustiça, é o que vemos desde as cadeiras do parlamento até as cadeiras das igrejas e das universidades. Todos os setores da sociedade vão a essa fonte da iniquidade para se saciarem.
Se não houver arrependimento, até mesmo a previsão
destrutiva de Elifaz se cumprirá na vida do ímpio: “Não escapará das trevas; a chama do fogo secará os seus renovos, e ao
assopro da boca de Deus será arrebatado” (v. 30).
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Exaltada seja a Santidade de Deus e a nós pecadores suplicamos a graça e a misericórdia manifestada na obra de Jesus por nós que nos livra da Ira e nos da prazer na Santidade de Deus.
ResponderExcluirAmém! Glória ao nosso Deus!
ExcluirQue Deus nos livre de sermos achados e contados junto com aqueles que se.entregam deliberadamente às injustiças desse mundo e as servem como a água da mesma forma como.disse Elifaz.
ResponderExcluirSim, Senhor! Que Deus nos livre da perdição...
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