“Porque nós não
estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus. Pelo
contrário, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da
parte do próprio Deus” (2Co 2.17 – NAA).
No mercado evangélico atual, as igrejas atuam como lojas, os pregadores como vendedores, os tocadores e cantores como entretenedores, que chamam a atenção do público, que são os consumidores e os produtos são os mais diversos possíveis, desde a adulteração da Palavra para agradar os consumidores, até os eventos que ocorrem dentro dos templos, como desfiles, standups, combates em octógonos, palestras motivacionais, shows e outras mercadorias sem fim.
Tanto os falsos crentes como os verdadeiros, tanto os falsos pregadores como os verdadeiros, todos no cristianismo, sem exceção, elogiam o apóstolo Paulo. Curiosamente, porém, a maioria esmagadora não suportaria ouvir um só sermão deste apóstolo. Paulo atravessou as eras cristãs se mostrando um verdadeiro apóstolo do cristianismo e hoje é reconhecidamente o maior cristão de todos os tempos. Mas na sua época não foi assim. Os falsos apóstolos em Corinto tentavam desmentir Paulo.
Os crentes de hoje, apesar de dizerem que amam o apóstolo Paulo, pregam a falsidade usando suas cartas. Suas mentes estão muito corrompidas, de maneira que não sabem que estão adulterando as cartas do apóstolo do nosso Senhor (embora outros muitos saibam sim). Entretanto, veja o contexto em que Paulo disse que ele não era como os outros, que adulteravam a Palavra de Deus.
O contexto é simplesmente o efeito duplo do evangelho. Paulo diz nos vs. 14,15 que ele era para com Deus o bom perfume de Cristo tanto nos que se salvam como nos que se perdem. Este perfume é a manifestação do conhecimento de Deus em todo lugar onde Paulo passava. Ele diz que Deus sempre o conduzia em triunfo quanto a isso, ou seja, se as pessoas aceitassem o evangelho ou não, Paulo sempre era triunfante com isso, porque, segundo ele, o evangelho tem realmente cheiro de vida e cheiro de morte. O resultado não importa.
Ele não negociava a mensagem de Deus para iludir os que se perdem, dizendo coisas belas, que eles gostam de ouvir, para dar a impressão de que eles não se perderiam. De jeito nenhum! Paulo deixava claro que perdido é perdido e salvo é salvo. Ele anunciava o mesmo evangelho. Para os salvos, ele surte efeito de salvação e para os perdidos, ele surte efeito de condenação. Simples. Não há o que dizer para agradar. Ele falava com sinceridade, em Cristo e na presença de Deus. E mais que isso, ele falava da parte do próprio Deus. Ele tinha o aval de Deus para dizer o que dizia.
É óbvio que os falsificadores da Palavra de Deus hoje não
dizem estas coisas. Eles querem que o evangelho salve as duas classes. Eles
querem ser melhores que Paulo e, no fim, são adulteradores da Palavra. Mas o
evangelho é isso mesmo que Paulo disse – cheiro de vida para os salvos e cheiro
de morte para os condenados. Não adianta arrebanhar condenados, dizendo a eles
que são salvos se no último dia eles serão condenados. Mas não serão só eles,
como também o serão aqueles que os enganaram.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém
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