Teolatria

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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0413 - A PERFEIÇÃO DE DEUS TINHA EM VISTA SEU AMOR POR NÓS

 


O caminho de Deus é perfeito; a palavra do SENHOR é provada; ele é escudo para todos os que nele se refugiam” (2Sm 22.31).


Deus em Sua perfeição é impressionante! A mente humana fica muitíssimo abaixo de sondar o que seria essa tal perfeição para fazer uma declaração à altura. Deus é perfeito no Seu ser, Ele é perfeito em Suas palavras e Suas obras também são perfeitas.

Por ser Deus perfeito, Ele é o único que pode avaliar a perfeição das coisas. No que diz respeito a tudo o que Ele criou, Ele avaliou e disse que era bom. No final de Sua criação, a avaliação perfeita das obras perfeitas do Deus perfeito foi a seguinte: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn 1.31).

Somente Deus também pode definir o que é perfeito. Não há ninguém que seja semelhante a Ele em nenhum de Seus atributos, inclusive a perfeição, portanto, não pode haver ninguém que diga que algo que veio da parte dEle seja imperfeito, pois nós mesmos viemos dEle e, sendo infinitamente inferiores, jamais teríamos qualquer condição padronal de julgar Sua perfeição. No caso de Deus em relação às Suas criaturas, a perfeição é para ser admirada e jamais julgada.

Mesmo nós sendo seres imperfeitos por causa do pecado, ainda conseguimos conceber a perfeição. Por exemplo, dizemos que algo poderia ser melhor do que como está naquele momento. Como sabemos que aquilo poderia ser melhor? Porque temos instintivamente um padrão de perfeição que nivela as coisas para cima, de modo que sabemos que algo não está perfeito. Sabemos que não somos perfeitos, por exemplo, porque existe alguém perfeito a quem nos comparamos. Este é Jesus, o Varão Perfeito.

Mas talvez, uma coisa que nunca poderíamos imaginar é que a perfeição de Deus visasse o amor dEle em nos resgatar do pecado. De que forma? Assim: que sendo nós imperfeitos, a perfeição de Deus exige que nenhum de nós passe no padrão moral exigido de Deus e assim seríamos todos condenados por nossos pecados. Mas, sendo Ele perfeito, e vindo em carne, vivendo uma vida perfeita, Ele faz isso por amor dos imperfeitos, para assumir o nosso lugar como condenado naquela cruz. Eis aí o amor da perfeição.

Quem imaginaria que a perfeição de Deus resultaria em uma ação de amor que salvaria os imperfeitos? Sim, a perfeição de Deus foi o padrão que Ele usou para cobrar dos homens que vivessem segundo a Sua vontade, porém, nenhum de nós conseguiu! Cristo, entretanto, conseguiu! Ele viveu uma vida perfeita que agradou a Deus, mas não para Si mesmo, pois sempre foi perfeito. Ele viveu a perfeição por nossa causa, por amor de nós.

Ao morrer pela nossa imperfeição, Ele, o Cordeiro perfeito de Deus, agradou ao Pai, satisfez Suas justas exigências do alto padrão moral e santo, e concedeu aos que nEle creem a Sua própria perfeição. Dessa forma, Deus nos vê perfeitos como Cristo, não porque sejamos, mas porque reconhecemos que não somos e nos tornamos totalmente dependentes unicamente de Seu Filho Perfeito para a nossa salvação! A perfeição de Deus sempre teve em vista Seu amor por nós!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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