Teolatria

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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Batismo de João, de Jesus e da Igreja. Qual a diferença? - PARTE 1

O BATISMO DE JOÃO
João Batista batizava para arrependimento de pecados. O seu batismo era um ritual de purificação para a entrada no reino dos céus que ele tanto pregava. Não que entrasse, mas quem aceitava seu batismo já tinha pelo menos um quê de arrependimento. 

Havia, sim alguns critérios para participar do batismo de João. Por exemplo, ele conclamava as pessoas ao arrependimento (Mt 3.2), ordenava a repartição de bens acumulados (Lc 3.10,11), cobrava justiça social (Lc 3.12,13), corrigia o comportamento das autoridades (Lc 3.14), enfim, ele era o cumprimento da palavra de Isaías (Is 40.3-5), que dizia acerca das veredas do Senhor; elas deviam ser aplainadas, ou seja, deveria haver uma correção para que o Messias iniciasse Seu glorioso ministério. 

Decerto João está pensando sobre o reino dos céus como uma organização de Deus a ser estabelecida no mundo, mas, à parte e antes de qualquer manifestação visível da soberania de Deus. Então, esta expressão significa a maneira de vida dos que se deixam dirigir por Deus em tudo.

João entendia a chegada do reino de maneira dupla, entretanto concomitante. Restauração misturada com juízo. Por isso ele exigia dos candidatos que produzissem frutos de arrependimento, caso contrário jamais fugiriam da ira vindoura (Mt 3.7,8). Corretamente, ele já entendia a questão da filiação de Abraão. Não bastava ser hebreu, tinha que produzir fruto (Mt 3.9,10). Paulo explanaria isso mais tarde com maior clareza (Rm 2.28,29; 9.6-8; Gl 3.7,26-29).

O batismo com fogo que João proclamava era, com certeza, em seu pensamento, a execução do juízo sobre os impenitentes (v. 11,12).

Então, seu batismo nas águas era uma forma exterior de revelar o interior dos batizandos: que de fato haviam se arrependido e estavam passando por um rito de purificação para ficarem aptos a entrar no tão proclamado reino dos céus.

Resumo: o batismo de João era para provar o arrependimento de pecados, para que os batizados pudessem entrar no reino dos céus que o Messias viria proclamar. Este batismo não serve como exemplo para o batismo cristão, pois os cristãos entram no reino não pelo batismo, mas quando recebem a Jesus, nascendo de novo.


Dia tēs písteōs.


Pr. Cleilson

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