O reino de Deus que Jesus nos ensina a pedir que venha é o
governo de Deus que começou a ser implantado nos corações dos homens de maneira
natural e gradativa, desde que o Filho de Deus veio à terra para anunciar as
boas-novas, libertando os cativos, como Ele havia dito em Lc 4.17-21. Ele deu
mais uma prova disso aqui no cap. 11.14, quando expulsou o demônio mudo de uma
pessoa. Quando os blasfemos fingiram que não entenderam o poder do Espírito que
estava sobre Jesus e alegaram que Seu poder provinha de Belzebu, Jesus provou a
eles que expulsava demônios pelo dedo de Deus e que, portanto, o reino de Deus
era chegado sobre eles (v. 20). O reino de Deus não aceita meio termo: ou somos
a favor de Jesus, ou contra Ele (v. 23). Pode-se até estar no reino sem ser do
reino, como o próprio Mestre explicou em Mt 13.41, mas isso não prevalecerá
pela eternidade. O reino de Deus não é comida nem bebida, como pensou um dos
rabinos (cap. 14.15; ver Rm 14.17). Poderá haver isso na plenitude do reino (Lc
22.16,18), mas agora o reino de Deus é interior (17.20), ele começa de dentro
para fora. É a semente de mostarda que começa no interior da terra para depois
tornar-se visível (Mt 13.31,32). É a grande pedra do sonho de Nabucodonosor que
foi cortada sem o auxílio de mãos, ou seja, esse reino não tem intervenção
humana; é de Deus (Dn 2.34,35,44,45)! Esse reino encherá toda terra e durará
para sempre!
Agora, por que orar para que venha o reino de Deus? Há
coisas a serem feitas enquanto este reino não toma sua forma plena. Os crentes
devem almejá-lo, por isso oram para que ele venha. Os crentes devem proclamá-lo
para que ele venha na totalidade (Mt 24.14). Vidas serão salvas na proclamação
do reino, mas vidas também serão condenadas na consumação do reino. Por isso
orar para que venha o reino de Deus. Tanto para que agora vidas entrem nele,
como para que no futuro todas as injustiças sejam corrigidas e Seu reino se
torne pleno.
Dia tēs písteōs.
Pr. Cleilson
Continua...
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