Isso também tem dado base para alguma discussão. Alguns
entendem que o perdão ao próximo é a condição sine qua non para recebermos o perdão de Deus. Outros já explicam
que crentes não precisam pedir perdão, uma vez que já foram justificados pela
morte de Cristo. Ainda alguns alegam a santificação completada em vida e
consequentemente dizem que não pecam, portanto, não há necessidade de pedir
perdão.
Entretanto, é lícito compreendermos algumas coisas. Jesus
não nos ensina a pedir o perdão ao Pai porque temos perdoado os outros. Ele
diz em Mateus assim como. Portanto, isso não se torna condição sine qua non. Tampouco a justificação,
que nos lava por completo (Jo 13.10) nos impede de pecarmos na caminhada
terrena (João diz em sua 1ª carta que aquele que diz que não tem pecado
engana-se a si mesmo e torna Deus mentiroso – 1.8,10). Por conseguinte, a
santificação não nos é aperfeiçoada por completo nesta vida, mas apenas por
ocasião da morte física (alma glorificada), ou da 2ª vinda de Cristo (corpo e
alma glorificados).
O versículo em Lucas nos ajuda a entender melhor o que Jesus
quis dizer. “Perdoa-nos... pois também... temos perdoado”. Isso é uma
compreensão do perdão que recebemos de Deus. Quando pensamos no perdão que nos
foi concedido por Deus através da morte de Cristo, sem que nós merecêssemos,
nosso coração se derrete e podemos assim perdoar o que quer que nos tenham
feito, pois nada se compara com o sofrimento de Cristo para nos alcançar o
perdão divino! Aqui em Lucas, ele não está obrigando Deus a nos perdoar, mas
mostrando para Ele que nós compreendemos o valor do perdão e o temos aplicado
aos que nos devem. Então nessa petição temos a certeza de que o perdão do Pai
virá a nós. Como se disséssemos: “Compreendemos Tua justificação e por isso
mesmo perdoamos a todos os que nos devem, portanto, Pai, perdoa-nos mais uma
vez”.
Dia tēs písteōs.
Pr. Cleilson
Continua...
Continua...
Nenhum comentário:
Postar um comentário