“Saul e Jônatas,
queridos e amáveis, nem na vida nem na morte se separaram! Eram mais ligeiros
do que as águias, mais fortes do que os leões” (2Sm 1.23). NAA.
Foi muito trágica a história da vida do rei Saul, o primeiro rei de Israel. Talvez a vida mais desastrosa de todos os personagens do AT! Tudo que aconteceu com Saul parecia conspirar contra sua própria vida e sua salvação. Seus dilemas, medos, suas provocações, as perseguições, sua esquizofrenia, suas perturbações e no fim de tudo, o abandono de Deus que ele sofreu por causa de seus pecados, sua desobediência e sua rebelião, que o levou a consultar uma necromante e logo morreu cometendo suicídio numa batalha!
Porém, o mais inacreditável na história deste homem bipolar, era seu filho Jônatas. Este jovem, certamente herdeiro do trono de seu pai, era um rapaz equilibrado, sensato, amigo e fiel. Participou bravamente das guerras de seu pai, saía-se sempre como vencedor, homem estratégico e inteligente. Jônatas passou por bons e maus bocados na companhia de seu pai, foi quase vitimado pelo próprio pai, quando Saul fez um voto de que ninguém comeria nada até vencer os inimigos e Jônatas, não estando presente, provou depois um pouco de mel. Só não morreu mesmo por causa da interferência de outros soldados, que salvaram sua vida do seu próprio pai.
Jônatas se tornou amigo íntimo de Davi. Como todos sabemos, ajudou Davi a escapar da loucura de seu pai, conversou certa vez com Saul sobre Davi, o que o fez aplacar um pouco de sua insanidade. Numa prova de sua afeição por Davi, Jônatas lhe entregou suas armaduras, indicando que ele reconhecia que era Davi e não seu pai, aliás, nem ele mesmo, que seria o verdadeiro e escolhido rei de Israel, aquele que iria se assentar no trono da realeza, diretamente escolhido por Deus.
Jônatas é o exemplo de filho que cumpre o mandamento “honra teu pai e tua mãe”. Ele já sabia que seu pai havia sido rejeitado por Deus, devido à sua rebeldia desaforada contra Deus. Ele já havia entendido que o reino iria ser tirado de sua dinastia e passaria para seu amigo Davi, mas ainda assim, ali estava Jônatas honrando ao seu pai. O resultado de sua honra não foi que ele teve seus dias prolongados, mas sim, que morreu junto com seu pai naquela guerra estranha e lúgubre em que os filisteus derrotaram o exército de Saul.
Os filhos deveriam aprender um pouco com a vida deste jovem. A frase que ouvimos hoje é que só honrarão seus pais se eles forem bons. Entretanto, o mandamento não tem essa ressalva. Primeiro, porque ninguém é bom, a não ser Deus. E se isso fosse realmente cumprido, todos estariam honrando a Deus, que é o único bom (mas não é isso que vemos). Segundo, porque o mandamento não faz concessões. Ele diz para honrar o pai e a mãe e pronto. Não diz “se” seu pai for isso ou aquilo. As restrições são desculpas que não justificam a desobediência.
Embora Saul não aponte para Deus, Jônatas, entretanto,
aponta para Jesus em Sua obediência irrestrita ao Pai Celestial. Jesus não se
apegou ao fato de ser Deus, mas “ele se
humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2.8).
NAA.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Glória a Jesus Cristo.
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