“A fé que tens,
tem-na para ti mesmo perante Deus. Bem-aventurado é aquele que não se condena
naquilo que aprova” (Rm 14.22).
Tem coisas que achamos que é pecado e de fato elas são; há outras coisas que pensamos não ser pecado e, de fato, elas não são; há ainda outras coisas que julgamos ser pecado e não são e, por fim, há coisas que pensamos não ser pecado e elas são. Ainda nesse meio do que parece ser um jogo do que é e o que não é pecado, tem ainda aquela questão da consciência, do foro íntimo, do subjetivo, a saber, coisas que são pecado para uma pessoa e não para outra.
Para definir bem entre essas coisas, nós temos duas ferramentas, basicamente: a consciência e a Palavra de Deus. Como dizia Lutero, nossa consciência deve estar cativa à Palavra de Deus, ou seja, embora nossa consciência possa nos avisar sobre algo que é ou não pecado, todavia, nada pode prevalecer sobre o que diz a Palavra de Deus.
Nossa consciência é também um detector de coisas certas e erradas, porém, como sabemos, a consciência é uma das faculdades do homem que foi manchada pelo pecado, assim como as emoções e as decisões. Sendo assim, nossa consciência pode nos deixar aquém, ou nos levar além sobre detectar acertadamente sobre se algo é ou não pecado. Às vezes ela nos acusa sem que aquilo seja pecado e outras vezes, por insistência no pecado, ela fica cauterizada e não diz mais nada a respeito.
Paulo usa como exemplo duas coisas: restrição alimentar e guarda de dia. Para algumas pessoas, essa questão é subjetiva e ele se sente pecando quando come certos alimentos, ou quando não guarda algum dia. Paulo diz que isso é questão de consciência. Observe que na lei, no AT, isso era mandamento e não consciência. Mas depois que Jesus veio e morreu por nós, isso virou coisa de consciência, de foro íntimo e não de Palavra ou mandamento de Deus.
Ele diz no v. 2: “Um crê que de tudo pode comer, mas o fraco come legumes”. E no v. 5: “Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente”. Quanto a estas coisas, não devemos nos julgar. Algumas pessoas ainda não estão maduras o suficiente para compreender que isto não influencia em nada mais depois da morte de Cristo. Por outro lado, os que entendem isso, não devem julgar os que ainda guardam.
Porém, quando essas coisas de foro íntimo, começam a ser colocadas como doutrina, aí a questão já é diferente. O apóstolo Paulo diz que isto é heresia e um falso evangelho que quer usar de algo já ultrapassado para tentar completar a obra eficaz de nosso Senhor. Que seja combatido, que seja anátema e maldito (Gl 1.8)!
Se você guarda um dia ou se restringe de comer alguma coisa,
que seja para a glória de Deus e não para salvação! Se acha que isso vai
garantir sua salvação, você está crendo num falso evangelho e, portanto,
afrontando a obra de Cristo! Você está pondo a Palavra de Deus cativa à sua
consciência, e isso é maior pecado do que quebrar seus princípios pessoais.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém.
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