“Muitos samaritanos
daquela cidade creram em Jesus, por causa do testemunho da mulher, que tinha
dito: ‘Ele me disse tudo o que eu já fiz.’ Assim, quando chegou à Galileia, os
galileus o receberam, porque viram todas as coisas que Jesus tinha
feito em Jerusalém, por ocasião da festa, à qual eles também tinham
comparecido” (Jo 4.39,45). NAA.
Já conhecemos a rivalidade que os judeus tinham com os samaritanos. Por causa disso, eles nem sequer se comunicavam, não passavam na cidade um do outro e diz a história que um judeu cuspia de lado quando era inevitável passar por um samaritano.
Mas aqui em João 4, Jesus sabia que era necessário passar por Samaria (v. 3). Ele sabia que ali havia uma eleita, ao contrário do que alguns dizem por aí, que a eleição de Deus é corporativa e não envolve um indivíduo, eis aqui uma única pessoa que Jesus havia recebido do Pai e deveria Se revelar a ela. Depois de haver Se manifestado a ela, aquela mulher foi à cidade e chamou os homens para ouvirem Jesus falar (vs. 28,29). O que aconteceu ali é o que lemos no v. 39. Muitos samaritanos creram em Jesus por causa do testemunho dela.
Ironicamente, o povo judeu, ainda que do norte, na Galileia, mesmo sendo menosprezados pelos judeus do sul, ainda se consideravam judeus puros, todavia, só recebem a Jesus porque viram os sinais que Jesus tinha feito em Jerusalém, quando todos eles estavam lá, por ocasião da festa. Eis uma enorme diferença: os rejeitados recebem a Jesus pelo testemunho; os que se consideravam povo de Deus não receberiam a Jesus se Ele não houvesse feito milagres à vista deles!
Mas até hoje, as multidões se dividem entre os que creem em Jesus pela Palavra da pregação e os que O recebem por conta de um milagre. O próprio Jesus havia dito que “um profeta não tem honra na sua própria terra” (v. 44). Por isso Ele sai de Samaria, onde os homens haviam crido nEle por causa do testemunho, da palavra da mulher e vai para a Galileia, onde as pessoas não O honravam. Só o receberam porque viram Seus sinais. Tanto que Jesus volta na cidade de Caná, onde tinha transformado água em vinho. Ali, um oficial do rei que estava com seu filho doente, ao ouvir dizer que Jesus estava ali de volta, pediu que viesse curar seu filho. A resposta de Jesus foi irônica: “Se vocês não virem sinais e prodígios, de modo nenhum crerão” (v. 48).
E é assim ainda hoje. As pessoas querem sinais, não para crer, pois quem crê não precisa ver. Aliás, se estiver vendo, isso não pode ser chamado de fé. A fé é pelo ouvir, o ouvir o testemunho da Palavra da pregação e não pelo que se vê. Jesus concedeu graça ao oficial do rei, dando-lhe uma palavra. Diz o texto que ele creu na palavra de Jesus e partiu. Agora sim, creu na palavra, antes de ver seu filho são. Ao chegar em casa, seus servos disseram que seu filho estava curado. Ele se certificou de que foi na mesma hora em que Jesus pronunciou a palavra em que ele creu. Resultado: ele e toda sua casa creram (v. 53).
Ainda que o Senhor te dê algum sinal, não é por causa do
sinal que você deve crer nEle, mas sim por causa de Sua poderosa Palavra!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Aleluia.
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