“Peço que ele ilumine
os olhos do coração de vocês, para que saibam qual é a esperança da
vocação de vocês, qual é a riqueza da glória da sua herança nos
santos e qual é a suprema grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos,
segundo a eficácia da força do seu poder” (Ef 1.18,19 – NAA).
Por causa da fé e do amor que a igreja de Éfeso tinha, Paulo dava graças a Deus. Era uma fé na Pessoa certa, diz o v. 15: “no Senhor Jesus”; e o amor era para com as pessoas certas: “para com todos os santos”. Mas o apóstolo não queria que a igreja ficasse apenas no nível da fé e do amor. Ele orava para que eles conhecessem mais sobre sua vida espiritual (v. 17). Ao contrário de muitos pastores de hoje, que preferem que suas igrejas sejam ignorantes, cegas e sem critério, para que seja fácil manipular...
Além da fé e do amor, Paulo queria que a igreja tivesse os olhos do coração iluminados (v. 18) para saberem mais três coisas importantes: a) qual a esperança da sua vocação; b) qual a riqueza da glória da Sua herança nos santos; e c) qual a suprema grandeza do Seu poder sobre os que creem (v. 19). Essas três coisas levariam os efésios a um nível de espiritualidade altíssimo e eles seriam cheios do verdadeiro conhecimento de Deus.
Sobre o primeiro aspecto, Paulo fala da esperança da vocação. Por esperança entendemos que se refere a promessas escatológicas. Quase sempre o NT fala de “esperança” associada a bênçãos futuras, como ressurreição dos mortos (At 24.15; 1Ts 4.13), segunda vinda de Cristo (Tt 2.13), glorificação (Rm 5.2), vida eterna (Tt 3.7), etc. Sobre “vocação” entendemos o chamado para a salvação (Ef 4.4). O chamado para a salvação não é algo incerto, mas pleno de segurança e segurança eterna!
O segundo desejo de Paulo era que a igreja compreendesse a riqueza da glória da Sua herança nos santos. Cristo tem os santos como herança do Pai e esta herança será glorificada. Porém, os santos não entendem a profundidade disso. Deus está dando a igreja para Seu Filho de presente, mas não dará imperfeita, e sim, como disse no cap. 5.26,27, Cristo nos purificou para nos apresentar a Si mesmo como “igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito”!
A terceira petição de Paulo é para que a igreja conheça a suprema grandeza do Seu poder sobre nós, os que cremos. Para que tenhamos uma ideia do poder que Deus exerceu para que nós crêssemos em Seu Filho, Paulo dá um exemplo de quando outra vez Deus usou esse poder: “Ele exerceu esse poder em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nas regiões celestiais” (v. 20). Consegue imaginar isso? Você só creu em Cristo porque Deus exerceu em você o mesmo poder que Ele aplicou para ressuscitar Seu Filho!
Se toda igreja soubesse um pouco mais além da fé e do
amor... Será que ao menos isso sabemos? Mas se fôssemos além, seríamos levados
a um grau de comunhão tão profundo com o nosso Deus, que nosso conhecimento
dEle seria pleno! Claro que jamais saberemos tudo sobre Deus, pois Ele é
inesgotável. Mas certamente seríamos tão cheios quanto poderíamos ser deste
conhecimento.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson