“De novo concebeu e
deu à luz um filho; então, disse: Esta vez louvarei o Senhor. E por isso lhe
chamou Judá; e cessou de dar à luz” (Gn 29.35).
Conhecemos a história de Jacó e seu tio Labão, como Jacó trabalhou por 7 anos em troca de Raquel, para obtê-la como esposa e como seu tio lhe deu a mais velha, alegando que seria vergonhoso para ela ver sua irmã mais nova casar-se primeiro. Conhecemos que Jacó, mesmo sendo trapaceado por seu tio, ainda trabalhou mais 7 anos por causa de Raquel, visto que a amava muito.
O inesperado da história era que Raquel não pudesse dar à luz filhos. Sua irmã gerou filhos a Jacó, mas Raquel era estéril (v. 31). Aquele sentimento de disputa e rivalidade não existia somente no coração de Raquel, mas também de Lia, sua irmã. A cada filho que ela gerava, dava-lhe um nome correspondente à situação, mas sempre tendo Jacó como o centro.
Ao lhe nascer o primeiro filho, ela deu-lhe o nome de Rúben, que quer dizer “eis um filho”! A intenção de Lia ao dar este nome à criança era ter o amor de seu marido (v. 32). Quando o segundo filho lhe nasceu, ela lhe deu o nome de Simeão, que quer dizer “o que é ouvido”. A intenção era dizer que Deus estava do lado dela nessa disputa com sua irmã (v. 33). No v. 34, o seu terceiro filho foi chamado Levi, que quer dizer “junto”, porque, segundo ela, “esta vez se ajuntará meu marido comigo, porque três filhos lhe tenho dado”.
Somente ao nascer-lhe o quarto filho é que ela lhe deu um nome voltado para Deus e não para Jacó. O nome Judá significa “louvor” e suas palavras foram: “Esta vez louvarei ao Senhor” (v. 35). Em outras palavras, das outras vezes ela havia “louvado” a Jacó e não ao Senhor!
Essa tentativa de agradar a homens, de receber o elogio das pessoas é algo antigo. Para Lia, não era somente vergonhoso que sua irmã mais nova se casasse primeiro, mas também era vergonhoso que Jacó não a amasse. E para escapar a essa vergonha, o nome de cada filho era uma tentativa de usar Deus como um meio para obter um fim, o amor e a atenção de seu marido. Somente com Judá é que ela teve seu sentimento voltado para o louvor a Deus.
Nós também somos pegos em nosso utilitarismo, quando usamos aquilo que Deus nos dá para chamarmos a atenção dos homens e obtermos o seu louvor. Muitas vezes usamos nossos dons para impressionarmos, seja o dom de falar, de cantar, de servir, ou algum outro dom. No entanto, nossos dons não são nossos, assim como os filhos, eles vieram de Deus. Devem ser usados para o louvor a Deus e não aos homens.
Será que nossos dons são usados para a glória de Deus, ou
será que queremos com eles chamar a atenção dos membros da igreja e seus
líderes? Será que ficamos chateados quando não somos amados como gostaríamos,
quando não somos reconhecidos ou aceitos como pensamos que deveríamos ser? Ou
continuaremos usando aquilo que Deus nos deu para que Seu nome continue sendo
louvado, independente do reconhecimento ou aceitação do homem?
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém.
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