“Escolham para vocês
algumas cidades que lhes sirvam de refúgio, para que, nelas, se acolha o
homicida que matar alguém involuntariamente” (Nm 35.11).
Dentre várias providências que Deus arranjou para Seu povo habitar na terra prometida, havia seis cidades, três de um lado e três de outro do rio Jordão, que serviriam para refugiar pessoas que tivessem cometido o que hoje chama-se de “homicídio culposo”, quando não há intenção de matar.
Muitos pregadores, ao tentar fazer o apontamento das coisas da antiga aliança para Cristo, se confundem e dizem que as cidades-refúgio apontam para Cristo. Entretanto, a lei acerca destas cidades dizia que nelas só se refugiariam os que mataram involuntariamente e não os homicidas “dolosos”. Estes deviam pagar o assassinato com sua própria vida (vs. 16-21). A pena de morte era sua sentença sem delongas.
O erro de apontar estas cidades para Cristo é que nós não somos pecadores involuntários! Apesar de sermos escravos do pecado, nossa natureza caída está de pleno acordo com tais ações pecaminosas. Não somos apenas vítimas da iniquidade, somos operantes da iniquidade voluntariamente!
Paulo faz um raio-X dos homens sem Cristo: “Como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus. Todos se desviaram e juntamente se tornaram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua enganam, veneno de víbora está nos seus lábios. A boca, eles a têm cheia de maldição e amargura; os seus pés são velozes para derramar sangue. Nos seus caminhos, há destruição e miséria; eles não conhecem o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos” (Rm 3.10-18).
O que aconteceu na realidade é que, assim como os assassinos dolosos deviam ser punidos com a morte, Cristo também o foi em nosso lugar! Ele é mais que as cidades-refúgio! O assassino voluntário não teria espaço nessas cidades. Eles seriam entregues aos vingadores para serem executados. Não adiantaria corrermos para Cristo, pois nossos pecados deviam ser tratados exatamente como mereciam, nas mãos do Supremo Vingador!
E foi o que Ele fez! Ele vingou nossos pecados em Seu Filho, para que os que nEle creem sejam perdoados! Cristo não é nossa cidade-refúgio. Ele foi executado em nosso lugar! Em vez de corrermos para Ele, foi o oposto que aconteceu: Ele veio até nós, assumiu nossa culpa e Se pôs voluntariamente debaixo da sentença! Assim como nós fomos voluntários em pecar, Ele foi voluntário em nos substituir!
O homicida deveria ficar na cidade-refúgio até a morte do
sumo sacerdote. Se saísse dali antes disso, poderia ser morto pelo vingador
(vs. 26-28). Nossa vida física é uma oportunidade para nos reconciliarmos com o
Vingador de todas as coisas. O Sumo Sacerdote já morreu. Jesus foi o Grande
Sumo Sacerdote que morreu e ressuscitou, garantindo que nenhum de nossos
pecados será cobrado nunca mais! Mas quem partir desta vida sem se entregar a
Ele, será vingado para sempre por seus pecados no lago de fogo!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson

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