“Ora, como recebestes
Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e
confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças”
(Cl 2.6,7).
A vida cristã é uma vida normal, apesar de sobrenatural. Ela tem início, desenvolvimento e finalidade. Embora haja extremos sobre esse entendimento, como alguns que pensam que a vida cristã só é composta de milagres e outros que pensam que sua vida cristã não precisa de progresso, entretanto, aprendemos por todo o ensino apostólico que há uma “normalidade espiritual” na vida do regenerado.
Paulo começa com o “receber Cristo Jesus, o Senhor”. É uma forma resumida de falar do início da caminhada. Esse início começa com a fé e a declaração mais antiga da profissão de fé da igreja: “Jesus Cristo é o Senhor” (1Co 12.3). Quando o apóstolo Pedro falou em sua segunda carta sobre o desenvolvimento da vida cristã, ele começou também com a fé. Ele disse: “Associai com a vossa fé a virtude” (2Pe 1.5).
Depois de dizer sobre “receber Cristo”, Paulo fala “assim andai nele”. Quando o crente recebe Cristo como Senhor, ele não pode mais parar. Sua nova vida “se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” (Cl 3.10). Ela é uma vida em crescimento. Paulo disse aos efésios que devemos nos renovar no espírito do nosso entendimento (Ef 4.23). Isto significa crescimento espiritual. A esse crescimento, chamamos de vida em santificação.
Depois, Paulo usa três verbos que revelam o estado da vida cristã normal: “radicados, edificados e confirmados na fé”. A saber, nossa fé deve ter uma raiz profunda, não como aquela da parábola da semente, que caiu sobre as pedras. Ela não tinha profundidade e, por isso mesmo, apesar de ter crescido, não se sustentou (Mt 13.5,6). Além de “radicados” (ou enraizados) na fé, devemos também estar “edificados” nela. Enquanto a raiz fala do começo da vida cristã, a edificação fala da jornada. Precisamos ser edificados por nossos irmãos e devemos também edificá-los. Assim, devemos também ser “confirmados” na fé. Isto é, não se pode admitir que um crente radicado e edificado, desista na sua jornada. Deve haver perseverança até o fim.
Então, Paulo diz: “tal como fostes instruídos”. Eis aqui um dos maiores problemas de muitas igrejas. Elas não instruem os novos conversos sobre uma vida realmente segura. Muitos nem mesmo sabem a importância de terem recebido a Cristo como Senhor, muito menos a de andar nEle! A instrução é o que faz o crente tomar consciência da dinâmica de sua vida cristã. Ela é normal no sentido de que precisa passar pelas etapas de crescimento e firmeza, mas é sobrenatural no sentido de que isso não provém da pessoa e sim de Deus!
Paulo conclui esse ensino, dizendo que o crescimento deve
ser “em ações de graças”. Toda a vida
cristã deve zelar pela gratidão. Assim como devemos saber que nada disso vem de
nós, senão que é dom de Deus, assim também devemos conduzir nossa vida cristã a
cada passo de crescimento em reconhecimento da nossa dependência de Deus e, por
isso mesmo, vivermos em ações de graças. Esta é a dinâmica da vida cristã
normal sobrenatural.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém.
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