segunda-feira, 27 de outubro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0665 - O LIVRAMENTO DAS AFLIÇÕES E A ADORAÇÃO A DEUS

 


No dia da minha angústia, clamo a ti, porque me respondes” (Sl 86.7).


Todo ser humano passa por angústias. Isso é fruto do mundo caído que Adão nos legou. Uns passam por angústias maiores, outros por menores, mas todos os filhos dos homens são afligidos. Essa regra é democrática.

Nos momentos angustiosos, os seres humanos reagem de formas distintas, principalmente sobre onde vão buscar ajuda. Alguns buscam inebriantes e narcóticos, outros se voltam para os profissionais psicoterápicos, outros não resistem à dor e atentam contra a própria vida, mas muitos se voltam para as religiões.

Davi, que também passava por situações calamitosas, disse no seu cântico, que no dia da sua angústia clamava ao Senhor, porque Ele sim, respondia. Ele descartou a pluralidade religiosa, quando disse: “Não há entre os deuses semelhante a ti, Senhor; e nada existe que se compare às tuas obras” (v. 8).

Embora o clamor religioso pareça fornecer algum tipo de refúgio, não passa de alternativa paliativa. Somente dá a impressão de que o homem se descarrega de seu problema. No entanto, quando se clama ao Senhor, o único Deus verdadeiro, a situação é real. Deus tem qualidades próprias que são reconhecidas por Seus adoradores (v. 5 – “Deus bom e compassivo; abundante em benignidade”).

No v. 15, Davi relembra a Deus os mesmos atributos com os quais Deus Se revelou a Moisés na peregrinação (Êx 34.6,7). Ele sabe que, independente da aflição, sua vida está na decisão de Deus. Ele diz: “Preserva a minha alma... salva o teu servo que em ti confia” (v. 2); “compadece-te de mim” (v. 3); “alegra a alma do teu servo” (v. 4); “escuta a minha oração” (v. 6). A oração mostra os verbos em forma de súplica, o que nos leva à conclusão que o poder de resolver está na mão de Deus.

O ensino que Davi nos traz nesta oração é que Deus pode usar o sofrimento como nosso professor. Além disso, somente Deus pode inclinar o coração do homem para o temor do Seu nome (v. 11)! O Deus a quem o crente clama em seus momentos de angústia é um Deus pessoal e, ao mesmo tempo, soberano. Ele Se relaciona com nossa aflição, mas somente Ele é quem decide se vai ou não levar o homem ao temor do Seu nome.

Os crentes de hoje deveriam aprender que em seus momentos de dor e tristeza, eles têm um Deus pessoal e presente a quem clamar. Deveriam aprender a elogiar a Deus mesmo em tempos de tribulação, como vemos neste salmo. Deveriam pelo menos conhecer alguns atributos de Deus para, na hora da oração, usá-los como palavras de adoração e exaltação.

Se fomos criados para o louvor de Sua glória, não é porque estamos sendo afligidos que vamos deixar de enaltecê-lo em nossas orações. Nosso clamor não é somente por livramento, mas acima de tudo para a manifestação da glória de Deus.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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