quarta-feira, 29 de outubro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0667 - A IGREJA E OS RICOS

 


Se, no entanto, vocês tratam as pessoas com parcialidade, cometem pecado, sendo condenados pela lei como transgressores” (Tg 2.9 – NAA).


O cap. 2 de Tiago começa com um tratado acerca da posição social dos crentes e da maneira pela qual eles eram considerados. Na igreja cristã sempre houve ricos e pobres; a diferença em relação à sociedade é que a igreja os considera como iguais, enquanto na sociedade, as distinções são destacadas.

A igreja, entretanto, sempre teve pessoas de perverso coração (v. 4) congregando junto com os verdadeiramente salvos. A influência dos perversos chega a contaminar os crentes verdadeiros, levando-os também a fazer acepção de pessoas com base em suas posses financeiras. Porém, isto é condenável aos olhos do Senhor da igreja, o Senhor da glória (v. 1).

A forma diferenciada com que a sociedade trata os ricos coloca no pensamento da maioria deles que eles devem ser diferenciados em todos os lugares onde chegam. Todavia, nenhuma igreja deveria permitir isso. Um homem distinto e rico, ao se converter, deverá logo saber que, na igreja, ele se sentará ao lado de um pobre, de um inculto, de um enfermo e eles serão considerados iguais na irmandade.

Porém, as igrejas não fizeram isso. Elas sustentaram a ideia de acepção que a sociedade pecadora já faz, de modo a conceder às pessoas ricas na igreja, honra desmedida, bajuladora e interesseira! Tão omissas foram as igrejas nesse ensino, que os ricos mesmos começaram a escolher igrejas que só têm ricos... Muitos deles têm vergonha de congregar em igrejas onde a maioria dos membros é pobre!

Tiago diz que tal acepção é PECADO! Ele diz, no v. 8, que somente quando a igreja não faz essa acepção é que ela guarda o mandamento de amar o próximo como a si mesmo! Quando ela faz essa acepção, ela peca (v. 9). Ainda salienta que aprouve a Deus salvar mais pobres do que ricos (v. 5). Paulo também disse isso em 1Co 1.26: “Irmãos, considerem a vocação de vocês. Não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento”.

Isso não quer dizer que Deus não ama pessoas ricas. Isso fala mais sobre os ricos do que sobre Deus. É a maioria deles que não ama a Deus e sim ao dinheiro! Muitos, como o jovem rico, têm dificuldade de deixar de confiar nas riquezas para confiar unicamente no Filho de Deus!

Tiago já havia dado o sábio conselho tanto aos crentes ricos como aos pobres. Ele disse no cap. 1: “O irmão de condição humilde glorie-se na sua exaltação, e o rico, na sua humilhação, porque ele passará como a flor do campo” (vs. 9,10). Veja que ambos devem olhar para o oposto de sua posição atual. O pobre deve contemplar a exaltação que o aguarda (lembrando que o rico crente também será exaltado); já o rico deve olhar para a transitoriedade de suas riquezas. No fim das contas, ambos devem olhar para o seu futuro na glória.

Portanto, igrejas que fazem distinção entre ricos e pobres estão pecando contra o Senhor. Ricos que preferem igrejas ricas por causa de sua posição social, também estão pecando e não se converteram realmente. Preferem a glória dos homens e não a glória de Deus.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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