segunda-feira, 13 de outubro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0657 - NOSSAS CONTRIBUIÇÕES E A MORTE DE CRISTO

 


Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos” (2Co 8.9).


Entre vários assuntos que faziam parte da segunda carta de Paulo aos coríntios, teve um assunto relacionado a ofertas, sobre o qual ele tratou nos caps. 8 e 9. O apóstolo trata da necessidade de alguns irmãos e da generosidade de outros. Enquanto os irmãos da Judeia passaram por necessidades, os irmãos da Macedônia se entregaram junto com seus bens a fim de supri-los!

Mas esta lição que Paulo dá aos coríntios vai além da questão financeira e da solidariedade entre as igrejas. Todas as coisas para o apóstolo Paulo tinham Cristo como o centro e sobre Ele é que tudo deveria ser coordenado. Cristo era o centro gravitacional em torno do qual todos os corpos deveriam orbitar. E “todos os corpos” significa todas as coisas, pois afinal, tudo foi feito por Ele e para Ele!

Sendo assim, o significado de uma oferta não deve ser reduzido a uma ação solidária entre irmãos. Essa ideia comunista, de igualdade de posses ou de qualquer tentativa de acabar com a desigualdade social não está no escopo do NT. Tanto Moisés, como Jesus testificaram que os pobres sempre existirão (Dt 15.11; Mt 26.11). O sábio Salomão disse que o rico e o pobre, ao se encontrarem, devem saber que a ambos fez o Senhor (Pv 22.2).

O que a Bíblia condena é a discriminação por causa da posição social, o respeito pelo que a pessoa tem, pois perante Deus todos são iguais, mas entre si, financeiramente e em vários aspectos os homens são diferentes. Tiago condena essa acepção feita na igreja (Tg 2.2-4). Há mandamentos para os ricos que o próprio Paulo ordena que Timóteo ensine à igreja (1Tm 6.17-19). Mas não há mandamento para que os crentes sejam de apenas uma classe econômica.

Como para Paulo, todas as coisas apontavam para Cristo, então as contribuições na igreja também têm esse mesmo fim. Sendo Cristo rico, Se fez pobre por amor dos crentes. Assim também os crentes devem ser desapegados, mesmo sendo ricos, também por amor uns dos outros.

Quando damos ofertas, somos parecidos com Deus, que também deu Sua oferta mais preciosa, à qual nada mais pode ser comparado neste mundo nem na história! Cristo foi a oferta de Deus para Sua igreja, ato impossível de se calcular o custo! Assim, quando contribuímos no reino de Deus, nossas ofertas devem apontar para a generosidade de Deus, que um dia nos ofertou o maior de todos os sacrifícios!

Não é à toa que Paulo diz aos filipenses que suas contribuições chegaram para ele “como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus” (Fp 4.18). Somente mais uma vez essa expressão aparece no NT inteiro e da pena do mesmo apóstolo. E diga sobre o quê ele estava falando? Da entrega de Cristo por nós na cruz (Ef 5.2). Portanto, saiba que sua oferta, para o NT, é comparada com a entrega de Cristo na cruz. Será que estamos à altura?

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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