“Mas, quando somos
julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o
mundo” (1Co 11.32 – BKJ Fiel).
Existe muito comentário no interior da igreja sobre o que significa o termo que Paulo usou aos coríntios quando falou sobre a ceia do Senhor. O termo é: “comer este pão e beber este cálice do Senhor indignamente” (v. 27). A maioria tem pensado que é participar da ceia do Senhor tendo cometido pecado aquela semana ou aquele dia.
Claro que a questão vai muito além disso e, ao contrário do que se possa imaginar, o fato de ter pecado realmente não pode impedir o crente de participar da ceia, pois Paulo diz que após ter feito o autoexame, “assim coma deste pão, e beba deste cálice” (v. 28). A ordem é para comer e beber. Se fosse uma questão de acusação da consciência, então Paulo diria para não comer nem beber.
O contexto nos mostra que os crentes de Corinto estavam participando da refeição de forma errada. Havia, de fato, uma refeição nos cultos primitivos chamados “festa agape”, ou “festa de caridade, ou fraternidade” (2Pe 2.13; Jd 12). Mas essa refeição era um compartilhamento para que todos se alimentassem em comunhão. Não simbolizava dissolução ou esbanjamento e sim “ter em comum”.
Os coríntios fizeram acepção nesse jantar. Uns comiam e bebiam demais, outros ficavam com fome (v. 21). Paulo condena essa ação, estabelece a norma doutrinária da ceia como sacramento (vs. 23-25), diz o real significado da ceia, que é proclamar a morte, ressurreição e volta do Senhor (v. 26) e condena o significado distorcido que ali acontecia (v. 27), bem como suas consequências trágicas
Portanto, comer e beber indignamente é desconsiderar o sagrado, profanando-o com glutonarias e discriminações, ou qualquer coisa que venha obscurecer o real significado espiritual da ceia. Se, ao fazermos o autoexame, encontrarmos pecado (obviamente iremos encontrar), devemos sim, confessar arrependidos e, se for contra irmãos, devemos nos dirigir a eles para nos reconciliar e então participarmos.
Mas se desconsiderarmos o sagrado e o subestimarmos com nossos desprezos pecaminosos e descasos desprezíveis, então estamos tomando a ceia para nossa condenação (v. 29). Porém, Paulo ressalta que essa “condenação” não é a condenação final e sim disciplinar. Muitos ficam fracos (espiritualmente), enfermos (fisicamente) e muitos dormem, isto é, morrem fisicamente (v. 30). Deus faz isso com alguns, para não ter que condená-los ao inferno (v. 32)! Veja que, mesmo enfraquecendo, adoecendo e até matando alguns de Seus filhos, Deus está sendo com eles misericordioso, pois os salvará no último dia!
Que duas lições importantíssimas. Primeira: pecados
aparentemente pequenos chegam até mesmo a ser pecado para a morte (1Jo 5.16); e
segunda: mesmo pecados que poderiam nos levar ao inferno, Cristo os pagou de
tal modo que Deus nos castiga, mas não nos pune!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém.
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