“E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas
palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade
vos digo que, no Dia do Juízo, haverá menos rigor para o país de Sodoma e
Gomorra do que para aquela cidade” (Mt 10.14,15).
As palavras do evangelho verdadeiro (uma pena que tenha que se falar assim hoje) são tão primordiais e carregadas de tanta seriedade, que a rejeição de tais palavras submeterá os que a rejeitaram ao critério de condenação eterna no Juízo Final. Uma rejeição deliberada deveria ser respondida com um gesto simbólico da parte daqueles que pregam, ou seja, eles deviam sacudir o pó daquele lugar de seus pés, representando com isto que a responsabilidade da rejeição ficará tão somente com aquele que rejeitou.
Os fariseus já praticavam esse ato simbólico, quando saíam de uma cidade gentílica. Com isto, eles queriam dizer que não tinham nada a ver com a impureza cerimonial daqueles pagãos. Os judeus sempre faziam isto com os gentios, mas curiosamente Paulo e Barnabé fizeram isso literalmente contra os judeus, quando estes rejeitaram o evangelho que eles pregaram na Antioquia da Pisídia (At 13.51). Os gentios que haviam sido destinados para a vida eterna, ao contrário dos judeus daquele lugar, creram (v. 48).
Outra coisa muito séria que Jesus fala sobre a rejeição deliberada do evangelho é que no Dia do Juízo haverá menos rigor para Sodoma e Gomorra do que para os que o rejeitaram. Isto porque a medida do julgamento será de acordo com o conhecimento recebido. Visto que o evangelho revela mais de Deus do que qualquer outra revelação, aqueles que o rejeitam terão a maior das condenações. Como Sodoma e Gomorra não ouviram o evangelho, mas fizeram coisas dignas de condenação, sofrerão sim, na condenação eterna, porém menos do que aqueles que ouviram o evangelho e o rejeitaram. Com isto cremos que haverá graus de castigo no inferno.
Em linha reversa quanto ao assunto, podemos afirmar que aqueles que dão ouvidos ao falso evangelho também sofrerão eterna condenação, pois o “outro” evangelho, conforme avisou o apóstolo Paulo, é anátema, isto é, maldito (Gl 1.8). Nada maldito pode salvar, senão condenar. Portanto, se você dá ouvidos ao falso evangelho, está tanto em maus lençóis quanto aqueles que rejeitam o verdadeiro.
Ainda olhando por um outro ângulo, aqueles que proclamam o falso evangelho em nome do verdadeiro também serão condenados, pois estão pregando a mentira em nome da verdade. Paulo disse a Timóteo que “os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados” (2Tm 3.13). O último mal que lhes aguarda é o lago de fogo, pois esta é a parte que cabe a todos os mentirosos (dentre outros – Ap 21.8).
Por fim, o mais decepcionante de tudo isso é o não
discernimento do que é o verdadeiro e o falso. Muitos que pregam e seguem o
“outro” evangelho estão convictos de que ele é certo. E muitos que estão
ouvindo o verdadeiro não sabem diferenciar se ouvirem o falso. Infelizmente
essa ignorância também levará muitos para a condenação enquanto acham que estão
indo para o céu.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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