“Não adulterarás” (Êx 20.14).
O adultério é um relacionamento extraconjugal, uma traição matrimonial, uma prática sexual com alguém que já tem um cônjuge, cuja prática não seja com este. A definição de adultério tem sido muito relativizada no decorrer dos tempos. A sociedade sem Deus tem suprimido a verdade pela injustiça, como diz Paulo em Rm 1.18 e, por causa disso, ela tem dado outro conceito ao pecado, chamando-o de vários outros nomes para suprimir sua malignidade. E não é diferente para com o adultério.
Quando Deus instituiu o casamento entre o homem e a mulher que Ele criou, Deus estava ensinando de forma didática uma ideia do que seria o verdadeiro e final casamento, que é o de Cristo e Sua igreja. O sono profundo de Adão apontava para a morte de Cristo; a mulher tirada do lado de Adão apontava para a igreja, a esposa de Cristo, que também nasceu ali do Seu peito lancetado e ensanguentado; a queda de Eva representando a igreja quando peca, dando ouvidos à voz do diabo; e assim por diante.
O casamento tem, portanto, anúncios muito poderosos. Embora ele não vá durar por toda a eternidade, ele mostra durante um período aqui na terra o ideal e perfeito casamento entre Cristo e Sua igreja que (este sim) durará para sempre. As desavenças que existem no casamento apontam para as falhas da igreja para com Cristo e, como Ele sempre nos perdoa, assim devem também os casais se perdoarem mutuamente.
Jesus disse que se alguém olhar para outro com intenção impura no coração, já cometeu adultério (Mt 5.28). Esta raiz do adultério é, na verdade, a cobiça, da qual ninguém está livre. Isso é para que ninguém possa dizer que nunca cometeu este pecado. É chamado de adultério emocional. Entretanto, o Senhor também nos ensina a forma de nos livrar deste pecado. Ele diz: “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno” (Mt 5.29,30). Por “olho”, Ele quer dizer “desejo”; e por “mão”, Ele fala da prática.
O desejo de possuir o cônjuge alheio revela a insatisfação do coração que nunca se farta e mostra ingratidão pelo bem que recebeu do Senhor. Sendo assim, o adultério também é um pecado de idolatria, no qual a pessoa procura se satisfazer com aquilo que não é o que lhe foi dado por Deus e o coloca em Seu lugar.
O adultério, na antiga aliança, era punido com a morte do
adúltero e da adúltera (Lv 20.10). É um pecado que viola a aliança e o
juramento de fidelidade. Quando o povo de Israel servia a outros deuses, o
Senhor também chamava isso de adultério espiritual. A igreja também, muitas
vezes tem adulterado contra Cristo, mas ao contrário da pena que havia na lei,
o nosso Senhor, totalmente inocente, sem culpa, foi para a cruz, como se Ele
fosse o adúltero, sendo que somos nós, e ali pagou nossa pena, nos livrando da
condenação eterna!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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