“Mas o Senhor me assistiu e me revestiu de forças, para
que, por meu intermédio, a pregação fosse plenamente cumprida, e todos os
gentios a ouvissem; e fui libertado da boca do leão. O Senhor me livrará também
de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele,
glória pelos séculos dos séculos. Amém!” (2Tm 4.17,18).
Na sua última carta, escrita da masmorra que o conduziria à morte, o apóstolo Paulo conta para seu filho na fé, Timóteo, sobre as grandes aflições e abandonos que ele sofreu de pessoas que ele contava e confiava. Demas o abandonou, Crescente foi para Galácia, Tito para Dalmácia (v. 10), Tíquico para Éfeso (v. 12), Alexandre, o latoeiro prejudicou muito a Paulo (v. 14), Erasto ficou em Corinto e Trófimo ficou doente em Mileto (v. 20).
Paulo conta também que na sua primeira defesa, ninguém o ajudou (v. 16). Provavelmente está falando de sua primeira prisão. Os judeus o haviam acusado de profanar o templo e de muitas outras coisas. Mas para não ser julgado pelo Sinédrio nem pelo governador Festo, Paulo apelou para ser julgado por César, visto que também era cidadão romano e tinha esse direito (At 25.11,12). Porém, nessa sua defesa diante do imperador, não foi apoiado por ninguém absolutamente!
Paulo então agradece a Deus por tê-lo “libertado da boca do leão” (v. 17), isto é, ele saiu de sua primeira prisão e o evangelho foi pregado aos gentios, seja por viagens missionárias, ou por cartas escritas. Que maravilha! Pela intervenção divina, Paulo recebeu sentença favorável de César, saiu da primeira prisão e cumpriu seu chamado de pregação!
Mas agora ele está preso de novo. E desta vez, ele não vê esperança de soltura. Ele disse no v. 6 a Timóteo: “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado”. Talvez, como alguns crentes de hoje, Paulo caísse em um de dois extremos: ou acreditaria piamente que Deus o livraria novamente como da primeira vez, ou ficaria extremamente amargurado por saber que sua cabeça iria rolar ao sair desta segunda prisão!
Mas qual é a palavra do apóstolo? Ele diz: “O Senhor me livrará também de toda obra maligna”. Aqui, ele já não fala da libertação física e sim da espiritual. A ideia de Satanás é destruir, mas Paulo diz que o Senhor o livraria de tal obra! De que forma Paulo seria livre desta obra do inimigo? Ele responde: “e me levará salvo para o seu reino celestial”. Eis aqui a vitória final do crente. Satanás pode receber autorização para tombar nosso corpo, mas seremos levados sãos e salvos para o reino dos céus!
Em ambas as situações, fosse de
livramento ou de morte inescapável, Paulo terminava dizendo: “A ele, glória
pelos séculos dos séculos. Amém”! Recitar que nem a morte nem a vida podem
nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus é fácil (Rm 8.38)… Se,
porém, a espada do martírio chegar ao nosso pescoço, será que ainda
recitaremos?
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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