“Daí em diante, Jesus começou a pregar, dizendo:
Arrependei-vos, porque o reino do céu chegou” (Mt 4.17 – A21).
Em meio a tanto tipo de pregação que se passa por evangelho, torna-se urgente que o povo de Deus saiba exatamente o que é o verdadeiro e com ele tenha muita profundidade, a fim de saber separá-lo do falso. O príncipe do engano descobriu uma ótima forma de arrebentar com o verdadeiro evangelho, a saber, acrescentando muita coisa que não pertence a ele, bem como retirando o que é próprio do evangelho.
Para começar, o evangelho fala de arrependimento de pecado. Por que isto? Porque o homem já nasceu no pecado e, dessa forma, se não nascer de novo não pode entrar no reino de Deus (Jo 3.3,5). Em outras palavras, o homem não tem que se arrepender somente dos pecados (plural) que ele comete; ele tem que se arrepender de ter nascido! É porque ele nasceu no pecado (singular), que ele comete pecados (plural).
Se o homem não se arrepende disso e diz que se arrepende só dos pecados que ele cometeu, isso não é o que o verdadeiro evangelho exige. Seria como você tentar matar uma árvore cortando só os galhos. O verdadeiro evangelho vai na raiz da árvore! Se os frutos são ruins (plural) é porque a árvore é ruim desde a raiz (singular). Assim o homem: ele comete pecados (plural) porque nasceu no pecado (singular). É aí que o arrependimento tem que entrar.
Mas o que é o arrependimento? Em primeiro lugar, ele é o reconhecimento dessa situação de pecado que estamos falando. Se o indivíduo não reconhece tal situação de falência espiritual, ele jamais pode se arrepender. Esse é o fator racional. Para haver reconhecimento, tem que haver humildade e isso é uma qualidade que não temos visto mais ultimamente. Numa sociedade de banca, o que mais as pessoas querem é mostrar o que não são. Então, se não se reconhecerem pecadoras, nada feito.
Em segundo lugar, arrependimento é sentir o peso amargo na consciência. Esse é o fator emocional. Veja, não é a pessoa sentir apenas o peso de ter brigado com a mãe; a tristeza de ter mentido para um amigo; o desapontamento de ter traído o cônjuge; é muito mais que isso – é sentir a profunda tristeza de ter nascido em oposição a Deus, que é santo, enquanto nós nascemos pecadores. Devemos raciocinar sobre nossa condição a esse ponto!
Terceiro, o arrependimento deve nos levar humilhados Àquele a quem ofendemos, ou seja, a Deus. Aqui fala da decisão. Devemos nos rastejar sim diante dEle e Lhe suplicar Seu perdão! E mais que isso, devemos reconhecer que não o merecemos! Ele vai dar por causa de Sua graça, mas não merecemos ser perdoados jamais. Mesmo assim, aproxime-se dEle em nome do Filho dEle e peça o perdão da raiz maldita do pecado da qual nascemos.
Por último, para sabermos se nos arrependemos, devemos nos
afastar das antigas práticas. Elas nos denunciavam como pecadores. Agora
perdoados, devemos ter outras práticas que nos revelem modificados perante o
mundo. Mas existe outra coisa que nos mostra o que é o verdadeiro evangelho – a
fé em Cristo. Sobre isso, falaremos na próxima parte.
Día tes písteos
Pr. Cleilson
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