segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

OS DEZ MANDAMENTOS - PARTE 04

 


Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êx 20.8).


O quarto mandamento refere-se a um dia de descanso em sete dias de trabalho. O termo “descanso” é shabat no hebraico. Assim, originou-se o nome “sábado”, aplicado ao sétimo dia. O primeiro dia da semana originou seu nome do dia em que o Senhor ressuscitou. “Domingo” vem do latim die Domini, que quer dizer “dia do Senhor”, fazendo alusão ao primeiro dia da semana, no qual nosso Senhor ressuscitou.

Um dia em sete para descansar mostrava para o povo a necessidade de confiar em Deus e não na força do seu trabalho. A mão de obra incessante, além de ser escravidão contra o próximo, reflete também uma idolatria sobre o deus dinheiro, Mamom. A produção de uma pessoa, família ou nação não depende da força humana de trabalho e sim da provisão de Deus. Descansar em um dia, portanto, deveria levar o homem a refletir sobre sua dependência de Deus e adorá-lo por isso.

O dia do descanso apontava para o descanso de Israel na terra prometida. Entretanto, como eles foram incrédulos da provisão e proteção de Deus, o Senhor jurou que não entrariam em Seu descanso (Sl 95.10,11). Esse dia então, passou a apontar para o verdadeiro descanso, que é Cristo (Sl 118.24) e para o momento em que, ao contrário dos infiéis israelitas, nós devemos exercitar nossa fé. Esse momento não se chama mais “sábado” e sim “Hoje” (Hb 4.6,7). Se “Hoje” ouvirdes a Sua voz, que diz: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados… e encontrareis descanso para a vossa alma” (Mt 11.28-30), então não endureçais o vosso coração.

Algumas pessoas ainda ficam com sua consciência pesada devido ao fato de trabalharem no dia de sábado. Mas por três vezes o apóstolo Paulo nos ensinou que não devemos nos atormentar com isso. Aos romanos, ele disse: “Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente. Quem distingue entre dia e dia para o Senhor o faz” (Rm 14.5,6). Aos gálatas, ele diz que guardar dias, meses e anos era voltar aos rudimentos fracos e pobres, de forma que ele tinha medo de ter trabalhado em vão para com eles (Gl 4.9-11). E aos colossenses ele diz que essas coisas de comida, bebida, festas e sábados eram apenas sombra, mas os crentes estão no corpo de Cristo (Cl 2.16,17).

Assim sendo, o mandamento de santificar um dia em sete lembra-nos da nossa dependência exclusiva de Deus como nosso supridor, nos dá oportunidade de nos reunirmos como igreja para um dia exclusivo de adoração, mas, sobretudo, nos mostra que o dia do verdadeiro descanso se chama “Hoje”, em qualquer dia que se pregue o evangelho e, quando alguém nele crê, entra no descanso chamado Jesus!

No mais, o resto ainda é idolatria. Tanto para os que não retiram um dia para descanso, pois confiam na força do seu braço, como para aqueles que idolatram um dia da semana, pensando que sem guardá-lo não serão salvos! Lembremo-nos sempre: não tenhamos outro deus diante do Deus verdadeiro!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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