“Ele disse: O Senhor veio do Sinai e lhes alvoreceu de
Seir; resplandeceu desde o monte Parã. Ele veio das miríades de santos; à sua
direita, havia para eles o fogo da lei” (Dt 33.2).
Assim como Jacó, próximo de sua morte abençoou seus 12 filhos, assim também Moisés, próximo de sua morte, abençoou as 12 tribos de Israel. A forma como o servo do Senhor coloca a aparição e a manifestação de Deus é terrível e gloriosa! Deus veio do Sinai! Havia o fogo da lei à Sua direita! Que poder! Que manifestação assombrosa da glória e da majestade de Deus!
Ali estava sim, o fogo da lei, pois a lei consumia. Aquele que não vivia segundo suas normas era simplesmente fulminado! O fogo da lei não tinha compaixão. A lei veio para nos mostrar que somos pecadores e, como tal, somos incapazes de agradar a esse Deus tão santo e terrível! Eis o fogo da lei, a saber, a condenação pronta e firme para os pecadores.
Porém, o autor aos Hebreus nos diz que não chegamos a este monte (Hb 12.18-24). Ali havia fogo, tempestade, som de palavras tais que os que ouviam, desejavam que não lhes fosse dito mais nada! Até mesmo um animal que pastasse ao sopé daquele monte morreria! Até mesmo o mediador da antiga aliança, Moisés, disse: “Estou apavorado e trêmulo” (v. 21)!
Mas não foi ali que chegamos, ao contrário, chegamos ao monte Sião, à cidade do Deus vivo! Chegamos à Jerusalém celestial, chegamos à igreja dos primogênitos arrolados nos céus. Somos parte deste povo que tem o nome escrito na glória! Chegamos a Deus, o Juiz de todos, chegamos aos espíritos dos justos aperfeiçoados, ou seja, somos conservos da igreja triunfante! Chegamos a Jesus, o mediador da nova aliança! Moisés tremia de medo; Jesus nos protegeu da ira de Deus e do fogo da lei! Não temos medo, pois o perfeito amor, o amor de Cristo lançou fora este medo (1Jo 4.18)!
O monte Sião, que o autor aos Hebreus fala, é um tipo do monte Calvário. Na realidade, toda essa abertura, esse livre acesso, essa aceitação que temos da parte de Deus Pai, foi por causa da morte do Seu Filho naquele monte! Foi ali que a lei caiu por terra, foi ali que as tábuas se quebraram, foi ali que a cédula de dívida que era contra nós foi rasgada e foi ali que o sangue do Cordeiro de Deus, melhor que o sangue de Abel, foi derramado! O sangue de Abel denunciava um assassino, o sangue de Jesus perdoa pecadores!
Todo aquele que confia na obra gloriosa de Cristo no monte
Calvário pode se aproximar de Deus sem medo de morrer. Afinal, Ele esteve
naquela cruz morrendo para que nós pudéssemos viver. Ele foi desamparado por
Deus a fim de que nós fôssemos aceitos por Deus! Ele Se fez pecado para que os
que nEle creem sejam feitos justiça de Deus (2Co 5.21). Aos que não creem em
Cristo, ainda lhes aguarda o monte do fogo, mas para todo o que nEle crê, há o
monte do sangue, o monte do perdão, o monte da aceitação, o monte Sião, onde a
lei não mais condena, porém, onde a graça é superabundante!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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